De Dornelles a Dorneles...

 

Na internet passei a adotar meu sobrenome do meio, o materno, como identificação, já que muitos esperantistas, principalmente de outras regiões, começaram a usar quando se referiam a mim. Meu pai também era conhecido pelo sobrenome do meio: Sr. Garcia, o Garcia. Penso que há uma razão de ordem fonética quanto a isso: tanto Garcia quando Dorneles são mais sonoros do que Soares. O hiato não ajuda muito...

Um probleminha que enfrento quando me perguntam meu nome por alguma razão qualquer, como preenchimento de alguma nota fiscal, por exemplo, é que costumeiramente me perguntam se é com dois eles ou não. Muitas vezes já vou logo dizendo: "com um só ele e Cesar sem acento". Aliás, um parêntese: não dá pra admitir que pessoas que trabalhem em cartórios sejam tão ignorantes ou tão descuidadas quando trabalham com registros como certidões de nascimento. Custa pesquisar sobre a grafia correta de nomes de pessoas? Custa. Mas enfim, fazer o quê? Desleixo é que não falta por aí. Fechar parêntese.

Em relação ao meu Dorneles com um ele só, certa vez uma tia minha já falecida, por sinal minha tia preferida, irmã de minha mãe, contou-me em Alegrete (onde fui para nascer...) uma curiosa história sobre o porquê de a família ter deixado de usar dois eles. Segundo ela, foi pela simples razão de que o pessoal começou achar que dois eles era coisa de quem não sabia escrever... Talvez não tenha sido exatamente esse o motivo de algo ocorrido há mais de cem anos, mas enfim, fica o registro pitoresco.