27 fevereiro 2023

1942: Porto Alegre vai às ruas contra o Eixo | Vire-se a página de omissão | Tempos de reestatização | E mais.

 


Quando se descobriu que a informação era um negócio, a verdade deixou de ser importante.

> Ryszard Kapuscinski
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1942: Porto Alegre 
vai às ruas contra o Eixo

Em 18 de janeiro de 1942, em plena Segunda Guerra, os porto-alegrenses se reuniram em grande número no Largo dos Medeiros*, à época o coração da cidade, para protestarem contra o atentado a navios brasileiros no litoral nordestino por submarinos do Eixo, até então constituído apenas por Alemanha e Itália, no qual foram afundadas seis embarcações, resultando na morte de quase 600 tripulantes e passageiros. 

Getúlio Vargas até fazia sua política de neutralidade em relação ao conflito, numa posição cada vez mais insustentável. Quando o comício, organizado por intelectuais, estudantes e sindicalistas, se encerra, ocorre uma passeata até o Correio do Povo, Liga de Defesa Nacional, Central de Polícia, Rádio Farroupilha e Palácio Piratini, sede do governo estadual. Tudo numa boa, sem maiores incidentes. Porém, alguns manifestantes organizam uma nova passeata, concentrando-se em frente a estabelecimentos de origem alemã. Crescem os sentimentos de indignação. 

De repente, um menino joga uma pedra na vidraça da Confeitaria Woltmann, imitado por outros participantes. Outros estabelecimentos são atingidos por pedradas. Cai a noite e a multidão de dispersa. No dia seguinte, a Rua da Praia é tomada novamente por um grande número de manifestantes, com os ânimos cada vez mais acirrados. Os ataques se reiniciam, agora mais violentos. Reinado Langer, proprietário da Casa Lyra, tem a infeliz ideia de gritar "Viva a Alemanha!". As prateleiras  da loja vêm abaixo, frascos de perfumes caríssimos "espatifam-se na calçado ou são embolsados por saqueadores". O dono da loja se escapa de ser linchado. A loja Guaspari é invadida e "muitos saíram de terno novo"... 

Mais estabelecimentos são atingidos: o Laboratório Bayer, a Krahe, a Lindolfo Bohrer, a Tschiedel, a Hermann, as confeitarias Schramm, Neugebauer e Woltmann, o restaurante Ghilosso. Diante da ameaça de ver seu negócio sofrer a violência da turba, um comerciante grita: Eu sou judeu! Eu sou judeu! A quebradeira se espalha por outras ruas centrais e novas depredações se sucedem, até mesmo do Cine Vera Cruz. Mais tarde, a turba se dirige à zona norte da cidade, com o mesmo propósito. À tarde o Exército decide intervir... Três dias depois, Getúlio Vargas declara guerra contra 
o Eixo.

* Local entre a Rua da Praia (Rua dos Andradas) e a Rua da Ladeira (Rua General Câmara)

fonte Rua da Praia, um passeio no tempo, de Rafael Guimarães (Libretos)



Vire-se a página de omissão |

O Brasil precisa encarar esse momento [relativo à tragédia no litoral norte paulista] para remodelar a forma como lida com os mais pobres. Não é justo uma criança nascida em uma favela ser sentenciada a morrer soterrada. Temos que tirar a favela da lama. (...) Não podemos aceitar que mais um evento como esse enterre e humilhe pessoas. O Brasil tem que virar a página de omissão e desprezo aos pobres. É o momento de reduzir desigualdades e salvar o planeta de uma catástrofe climática.

> Edu Lyra, fundador da Gerando Falcões, ONG que promoveu campanha de doações para as vítimas da catástrofe no litoral norte de SP, em entrevista à Folha de S. Paulo de 26/fev/23. Selecionado pelo Fórum Econômico Mundial como um dos 15 jovens que podem mudar o mundo.


Tempos de reestatização |

Nas últimas duas décadas, 312 cidades em 36 países do mundo reestatizaram os serviços de abastecimento de água para a população e saneamento, dentre elas, Paris, Berlim, La Paz e Buenos Aires. A realidade demonstra via de regra que privatizar só tornam os serviços piores. O caos em linhas do metrô de São Paulo é um exemplo gritante das últimas semanas.

fonte Por água abaixo, reportagem de Mariana Serafini em CartaCapital de 01/mar/23.





Do dicionário de porto-alegrês |

Nunca vi mais gordo = Comentário que se faz para dizer que desconhece em absoluto
determinada pessoa.
Pega-ratão = Armadilha, armação.
Se fazer de morto = Bancar o sonso, 
o desentendido.



25 fevereiro 2023

THEO WIEDERSPAHN: o arquiteto alemão que redesenhou o centro de Porto Alegre

 



Memorial do Rio Grande do Sul, antiga sede central dos Correio e Telégrafos.
Apresenta um estilo eclético, mas com forte influência do barroco alemão. Construído sob a responsabilidade do engenheiro Rudolph Arons e do arquiteto Theo Wiederspahn. (1913)


Em 23/fev estive visitando a Pinacoteca Aldo Locatelli, no Paço Municipal de Porto Alegre, também conhecido como Prefeitura Velha, juntamente com duas amigas ex-colegas, atraídos pela exposição Arquiteto Theo Wiederspahn em Porto Alegre, um olhar contemporâneo sobre projetos e obras de 1908 a 1952 em seu último dia e que contou com a visitação de mais de 4 mil pessoas. Theodor Alexander Josef  Wiederspahn, seu nome completo, nasceu em Wiesbaden, Alemanha (1878) e veio a falecer em Porto Alegre, em 1952. Foi arquiteto, engenheiro e construtor alemão naturalizado brasileiro, tendo se fixado em 1908 no Rio Grande do Sul.


Theo Wiederspahn
 
Pode-se dizer que graças a ele, prédios hoje considerados históricos da região central da capital gaúcha sofreram, em maior ou menor grau, a influência da arquitetura alemã, tais como a antiga sede dos Correios e Telégrafos (vide foto acima), o MARGS - Museu de Artes do Rio Grande do Sul, antiga sede da Delegacia Fiscal da Fazenda, o edifício Ely, a antiga cervejaria Bopp (hoje Shopping Total), o antigo hotel Majestic (atualmente Centro de Cultura Mário Quintana), além de prédios em outras localidades do Estado, totalizando um total estimado em mais de 500 trabalhos.

Vejamos algumas fotos da exposição, que ilustram seu trabalho como arquiteto:


Memorial do Rio Grande do Sul


Antiga cervejaria Bopp, depois Brahma


Edifício Ely





Última: residência de Wiederspahn em Porto Alegre


Eu e minhas amigas Maria Júlia e Rosalina


Imagem do Memorial do Rio Grande do Sul:
 Ricardo André Frantz (User:Tetraktys), CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, através da wiki Wikimedia Commons



Mais |

23 fevereiro 2023

PAMPA gaúcho ameaçado | No escurinho do cinema | Quem amou mais Pelé? | "Não sabem o que perderam."


Quantos países chegaram a 23 edições 
do Big Brother? Talvez isso explique em parte 
o estado mental a que chegamos.

> Juremir Machado da Silva
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No escurinho do cinema |

Esses dias, uma senhora que já tinha visto o filme falou em alto e em bom tom para a amiga, a respeito de um personagem que aparecia pela primeira vez na tela:
- Esse aí que eu te disse que tem outra mulher e que vai ser assassinado pelo próprio filho, imagina a desgraça.
Um celular tocando ou recebendo mensagens é outra coisa que nunca falta nas salas de cinema, nem nos melhores espetáculos.

> Claudia Tajes, em sua crônica O que dona Célia diria, publicada no caderno Doc de Zero Hora de 18-19/fev/22



Ameaça ao pampa gaúcho |

O pampa* gaúcho cobre mais de 2% do território brasileiro, mas contém 9% da biodiversidade conhecida, com a presença já identificada de mais de 12,5 espécies já identificadas, o que inclui plantas, animais, fungos e outros micro-organismos. Além das planícies de campos, contém florestas, banhados e butiazais. 

"Os dados demonstram que o Pampa possui diversidade alta não só no grupo de plantas campestres, onde já havia um bom conhecimento antes, mas também em muitos outros grupos", segundo William Dröse do Departamento de Botânica da UFRGS, que participou de uma pesquisa recente sobre o bioma.

 Muitas espécies de formigas, por exemplo, "nem foram descritas ainda", acrescenta o pesquisador. Infelizmente a alta diversidade do bioma vem sofrendo perdas consideráveis  nos últimos tempos, notadamente em função do avanço das monoculturas de arroz e soja. Com isso, já se perdeu mais da metade do bioma original. Bianca Otto Andrade, outra pesquisadora envolvida na pesquisa, alerta para a importância da conservação da biodiversidade nas políticas públicas, ainda mais levando-se em conta as mudanças climáticas.

* Pampa significa planície no aimará e no quéchua. O termo campanha ("campanha gaúcha"...) vem do latim tardio campania, de igual sentido.

fontes Estudo aponta presença de mais de 12,5 mil espécies no bioma Pampa, matéria publicada no saite sul.21.com.br em 19/fev/23 e https://pt.wikipedia.org/wiki/Pampa




O Brasil amou Pelé
menos do que o mundo? |

Em sua matéria O rei que o Brasil não soube amar, publicada na última edição da revista Piauí, o jornalista Marcos Caetano esboça sua sensação e tese segundo as quais o Mundo soube valorizar mais a figura de Pelé do que seu próprio país. Como argumentação, entre outras coisas, valeu-se até mesmo de comparação de manchetes de jornais por ocasião de sua morte. "Pelé morreu, se é que Pelé morre" foi a manchete de capa de O Estado de São Paulo. De uma maneira mais lacônica, a Folha de S. Paulo notificou: "Morre Pelé". O Globo: "Pelé eterno". Na imprensa europeia, por outro lado, o jornal italiano Domani anunciou: "È morto Pelé, l'uomo che inventò il Brasile" ("Morreu Pelé, o homem que inventou o Brasil"). O francês L'Equipe: "La fin d'un monde" ("O fim de um mundo"). Não deixaram por menos.

"Vocês não sabem 
o que perderam" |

Na mesma edição da revista, Marcela Mora y Araujo, jornalista e escritora argentina, em "O minuto 122'43'', discorre sobre o peso do significado que teve para os argentinos, grandes amantes do futebol, com conquista da Copa do Catar, em meio à série crise econômica que assola o país. Conta em um dado momento que seu irmão e alguns amigos fizeram uma pequena enquete com pessoas escolhidas ao acaso nas ruas sobre o que seria mais importante: a melhoria da economia ou a conquista do certame. Em parte das respostas, estava implícita a seguinte ideia: "Quanto pode durar a melhora da economia? Já a Copa é para sempre." Num grande cemitério, alguém pendurou uma faixa com os seguintes dizeres: "Vocês não sabem o que perderam".



Humor |

Procura-se: Emissora de linha editorial fascista interessada em nossas opiniões isentas. Somos um pool de comentaristas conhecidos pela diversidade. Tratar com Augusto, Guilherme, Caio ou Consta em demitidos@velha-pan.ex-gov.br

> Classificados The Piauhy Herald, revista Piauí de fev/23



20 fevereiro 2023

REVISTA Nova escandalizou meio mundo | A solidão do bebê | 8 de janeiro: aniquilação de símbolos. E mais.

 



A revista Nova 
escandalizou meio mundo |

A revista Nova, da Abril, chegou às bancas de revista em 1973, como versão brasileira da norte-americana Cosmopolitan (1965), que revolucionou as revistas femininas nos EUA. Nova igualmente causou frisson, pois abordava temas até então tabus. "Antes as revistas para mulheres falavam de marido, de filho, de decoração, de jardim, de culinária. A mulher não existia. Veio a pílula anticoncepcional e as coisas mudaram" - comentou a jornalista Fatima Ali, que dirigiu a revista por dezessete anos, ao ser ouvida para uma matéria publicada na Piauí de fevereiro.

Nova escandalizou um público mais conservador ao mencionar, pela primeira vez, o orgasmo em sua capa ou apresentar afirmações do tipo "mulher solteira pode ter sexo". Em plena Ditadura, duas edições da revista foram apreendidas nas bancas. Era demais para o regime obscurantista. A publicação sofria zombarias até mesmo de jornalistas homens, como o consagrado Telmo Martins, que a chamava de "o Kama Sutra das estenodatilógrafas", ou seja, secretárias que transavam com o chefe, como lembrou Fatima Ali.


Que tempos são estes
em que temos que defender o óbvio?

Berthold Brecht
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Secos & Molhados | 

Em inglês, o plural de fish (peixe) é fish mesmo, mas quando se refere a mais de uma espécie é fishes. Línguas... Pra que simplificar quando se pode complicar? *** "pix mudou a vida das crianças que vendem doces na rua", disse Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, feliz da vida ao constatar o quanto há crianças com espírito empreendedor neste país. ***  PIBs de cada região: Sudeste: 3,9 trilhões de reais, Sul: 1,3, Nordeste: 1,07, Centro-Oeste: 795 milhões, Norte: 478 milhões.



A solidão do bebê | 

A solidão se manifesta no bebê quando busca companhia na audição de sua própria voz ao produzir os primeiros sons, no choro sentido para chamar atenção dos pais ou quaisquer outras pessoas ao redor e, mais tarde, um pouco maior, quando conversa com amiguinhos imaginários.

> Leandro Karnal, em seu livro O dilema do Porco Espinho: como encarar a solidão. (Planeta)



8 de janeiro: aniquilação de símbolos |

A paródia involuntária da tomada da Bastilha protagonizada pelos terroristas do 8 de janeiro convoca a barbárie para aniquilar os símbolos de um novo país que se imaginou a contrapelo da matriz colonial. Chamar de "reintegração de posse" a destruição que se serviu até das pedras portuguesas do chão é querer arrasar um projeto de nação que, embora combalido, resiste e se transforma desde então. Projeto esse que não só se consubstancia nos palácios como em suas obras de arte e objetos.

> Alexandre Benoit e Francesca Angiolillo em seu artigo A tropa do atraso e a capital da esperança, publicado em Quatro Cinco Um nº 66

Etimológicas |

Açougue - Vem do árabe as-suq, que tinha o sentido de mercadofeira.

Administração - Vem do latim minus, que significa menos. De minus derivou-se minor (menor), que por sua vez resultou na criação de minister, para designar servos e criados. Com o tempo, ganhou a conotação de sacerdote: servo de Deus, servo religioso, com a conotação de "desempenhar um cargo importante", "servir a uma personalidade importante", no sentido de "administrar". O ad- foi acrescentado  por ter a ideia de "junto": administrar: "servir junto a".



02 fevereiro 2023

FOI genocídio sim! | Os indígenas do RS | Naturismo: questão cultural | Língua não é múmia | Malafaia, o que é um "falso profeta"?



O esquecimento do extermínio
faz parte do extermínio.
Jean-Luc Godard
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JUSTIÇA |
Foi genocídio sim!

Diz a artigo 6º do Estatuto de Roma, de 1998, que criou o Tribunal Penal Internacional, ao qual o Brasil também aderiu: "Entende-se por genocídio qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, praticado com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal: a) homicídio de membros do grupo; b) ofensas graves à integridade física ou mental; c) sujeição intencional do grupo a condições de vida com risco a provocar a sua destruição física, total ou parcial; d) imposição de medidas destinada a impedir nascimentos no seio do grupo; e) transferências, à força, de crianças do grupo para outro grupo." A lei brasileira de nº 2889 de 1956 tem praticamente o mesmo perfil.

Fonte O mais grave dos crimes, artigo de Deisy Ventura, professora titular da USP, coordenadora do doutorado em Saúde Global da Faculdade de Saúde Pública, e publicado no saite A Terra é Redonda em 29/jan/23.



 HISTÓRIA | Os povos indígenas
do Rio Grande do Sul

Na região da Serra andavam os guaianás, do grupo Gê, também chamados de coroados, de quem descendem hoje os kaigangues, esses que vocês veem vendendo artesanato. No centro do estado viviam os Tapes, da Nação Guarani. No litoral e na região da Lagoa dos Patos se encontravam os Carijós e os Arachanes, também Guaranis, e no sul os Charruas e Minuanos, guerreiros ferozes e bons cavaleiros, descendentes de um povo muito antigo, chamados de "homens dos cerritos".

> Roberto Fonseca, historiador, em sua obra História do Rio Grande do Sul para jovens.




COSTUMES |
Uma mera questão cultural

Há uma passagem em O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo, em que os da terra ficam escandalizados quando uma família de imigrantes alemães vão tomar banho no rio e com a maior naturalidade se desnudam. Era demais para a cultura de raiz ibérica, marcada por um forte obscurantismo religioso. Em Paris, por exemplo, li sobre isso tempos atrás, as pessoas tiram toda a roupa para se refrescarem no Sena, num dia quente de verão, sem nenhum problema, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Claro, tudo é uma mera questão cultural. Não apreciar a prática por formação pessoal, algo de foro íntimo, é uma coisa. Por outro lado, pretender cercear ou até mesmo tentar proibir que os outros a pratiquem tem um nome: intolerância.


LINGUÍSTICA | "Língua não é múmia."*

As línguas mudam. O tempo todo surgem modos alternativos de dizer alguma coisa, formas mais velhas vão desaparecendo, destronadas por novas variantes. E essa mudança, assim que começa a ocorrer, é sempre percebida como desvio, como aberração a ser evitada a qualquer custo. Mas o fato incontornável é que muito do que hoje é tido como refinado, elevado e sofisticado em algum momento foi visto como um desvio simplório e grosseiro da norma-padrão.

> Caetano W. Galindo, em seu livro Latim em pó: um passeio pela formação do nosso português (Companhia das Letras)

* Luis Fernando Verissimo


Dê-me um cigarro/ Diz a gramática/ Do professor e do aluno/ E do mulato sabido/ Mas o bom negro e o bom branco/ da Nação Brasileira/ Dizem todos os dias/ Deixa disso camarada/ Me dá um cigarro. (Oswald de Andrade, em Pronominais).




Secos & Molhados |
 
E eu perguntaria para um desses pastores tipo Malafaia, de modo educado e respeitoso: Pastor, o que seriam os "falsos profetas" de que nos fala a Santa Bíblia? *** Há os ignorantes porque a vida não lhes deu a oportunidade de aprender e outros porque o orgulho não deixa. Tudo sabem... *** Há milhares de anos, povos provenientes da região do Pacífico descobriram a América. O resto é eurocentrismo. *** Uns estão convictos de que a Terra seja plana; outros veem o sol nascer quadrado. Por falar nisso, sempre fui um péssimo desenhista. O máximo que posso fazer, de maneira convincente, é desenhar com régua a Terra plana vista de lado: ______ *** Algarve, nome que se dá à região sul de Portugal e a um bairro de Alvorada, cidade vizinha de Porto Alegre, p. ex., vem do árabe Al-gharb ("o oeste"). *** Há milhares de anos, povos oriundos da região do Pacífico descobriram a América. O resto é eurocentrismo.


Aos leitores |

O blogueiro entrará de "férias" e assim sendo a próxima postagem do Cem Ideias vai demorar mais tempo do que o costume para ser lançada. Está programada para 20/fev, segunda-feira. Inté!