28 abril 2024

1870: A volta dos Voluntários da Pátria | NADA me aborrece | OBRAS não prioritárias | CULTURA do efêmero





Construímos muros demais
e pontes de menos.

Isaac Newton




1870: A volta 
dos Voluntários da Pátria |
 
A Semana Illustrada saúda, como toda a imprensa e a população da Corte, os bravos voluntários da patria, cuja brilhante recepção e verificou na noite de 23 do corrente. Durará ainda muito tempo na memória deste povo aquella noite de enthusiasmo e glória. Todos, desde o augusto príncipe que rege este paiz, até o último cidadão, - se os ha ultimos no enthusiasmo e no direito ás glorias patrias, - todos cumpriram o seu dever. A cidade vestia as suas mais bellas galas; flutuavam por toda a parte as bandeiras nacionaes e amigas; o povo enchia as ruas; a janellas estavam atopetadas de formosissimas damas. Reinava em todos o enthusiasmo e a ancia de contemplar o primeiro punhado de heróes que voltava ao seu paiz.

> Fragmento de notícia publicada no jornal carioca Semana Illustrada de 23/mai/1870 e reproduzida em sua totalidade no romance Um farol no pampa, de Leticia Wierzchowski (Bertrand Brasil, 2017).





Competições esportivas internacionais: 
obras não prioritárias


No livro Soccernomics (um neologismo, algo como "Futeconomia"), Simon Kuper e Stefan Szymanski) examinaram as contas de competições esportivas internacionais realizadas em diversos países. Concluíram que, na maior parte das vezes, o investimento público excede em muito o privado, o incremento de turistas é pouco relevante e as obras não atendem às prioridades locais.

Fonte | Vai ter COP, reportagem de Roberto Andrés publicada em Piauí de abr/23.

Comentário | A Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 que o digam. Gastos públicos para reforma de estádios seguem deficitários e as obras de infraestrutura nas cidades sedes muito pouco contribuíram para a melhoria de vida urbana, apesar de centenas de milhares de pessoas removidas de suas casas, lembra o texto. Será este o tipo de legado da COP-25 em Belém do Pará? Espera-se que não.




Cultura do efêmero |

A cultura do consumo, cultura do efêmero, condena tudo ao desuso midiático. Tudo muda ao ritmo vertiginoso da moda, posta ao serviço da necessidade de vender. As coisas envelhecem num piscar de olhos, para serem substituídas por outras coisas de vida fugaz. Hoje a única coisa que permanece é a insegurança, as mercadorias, fabricadas para não durar, resultam ser voláteis como o capital que as financia e o trabalho que as gera.

> Eduardo Galeano em O Império do Consumo, artigo reproduzido em https://www.revistaprosaversoearte.com s/d e publicado originalmente em CartaCapital de 30/dez/10.




Nada me aborrece |

Obrigado, Senhor! Enquanto uns reclamam da vida e da crise, eu estou aqui sentado em um sofá que custa 6.000 reais, com um ar condicionado que custa 2.000,00 ligado, assistindo a um filme e uma TV Full HD de 58" que custa 8.000,00 e nada me aborrece, nem mesmo os funcionários da Casa Bahia me olhando de cara feia, querendo que eu saia da loja.

> Autor ignorado


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Particularidades do sotaque nordestino




2 comentários:

  1. Cem Ideias arrasou mais uma vez cheio de muitos fatos de nossa história até o humor e de alta classe.

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  2. Anônimo21:22

    Matéria muito bom

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