30 dezembro 2020

A guerra na Síria e o efeito danoso nas crianças

 


1.300 crianças de Damasco, na Síria, nos últimos 9 anos, foram analisadas como o objetivo de examinar-se o impacto da guerra em sua saúde mental. O resultado é catastrófico, como não poderia deixar de ser:

53% apresentam quadro de estresse pós-traumático.

61% têm problemas moderados/severos de saúde mental.

62% relataram dificuldades de controlar a raiva.

Vale lembrar que 40% das crianças perderam alguém próximo e 50% mudaram-se de casa por força das circunstâncias.


Referência:

ELER, Guilherme. As marcas da guerra. Superinteressante, São Paulo, dez. 2020. Supernovas.


29 dezembro 2020

2021 | Calendário de uma página

 



Calendário 2021 - 1 página 📆
Autor: Humberto Bortolossi
Versão adaptada: @portalmath

Os romanos (1): "Um navio brilhou no céu"

 




Tomar leite? Vestir calça na Roma Antiga? Coisas de bárbaros! O uso de calças que começou a se disseminar com o tempo teve que ser proibido por decreto pelo imperador Honório, no final do século 4º d.C.

Os gauleses inventaram um sabonete à base de gordura animal e cinzas. Os romanos, tal como os gregos, faziam uso de azeite e esponja durante o banho.

"Sonhar que está morto ou sendo crucificado é previsão de casamento para os solteiros", Artemidoro de Daldis em sua obra Sobre a Interpretação dos Sonhos

"Algo que parecia um navio brilhou no céu..."; "Algo que parecia um grande frota foi avistada no céu em Lanúvio, perto de Roma" (citado por Tito Lívio, em sua História de Roma).

Referência:
MCKEOWN, J.C. O livro das curiosidades romanas: histórias inusitadas e fatos surpreendentes do maior império do mundo. Belo Horizonte: Gutenberg, 2011.

25 dezembro 2020

As tradições natalinas e o advento do Papai Noel via Coca-Cola

 



O antropólogo britânico Daniel Miller, formulador da Teoria do Natal, chama a atenção para o fato de que as tradições natalinas mesclaram influências culturais de povos diversos. Assim, da tradição alemã, temos o corte de pinheiro - perdendo força para o espírito de respeito e preservação da Natureza. Os holandeses contribuíram com o preenchimento de meias. Os cartões natalinos surgiram na Inglaterra e a manjedoura surgiu na Itália.

Por outro lado, o professor de estudos de mídia George Mckay, atenta para o surgimento da figura do simpático velhinho que todos conhecemos  como Papai Noel, na versão usada inicialmente como garoto-propaganda a serviço da Coca-Cola Company há cem anos atrás. Um personagem em última análise a serviço do consumismo engendrado pelo Capitalismo e que se transformou no símbolo maior do Natal festejado no mundo inteiro, um dos elementos do festival de consumo que nos EUA ainda inclui o Halloween e o Dia de Ação de Graças. Enfim, Papai Noel tomou conta da festa em homenagem ao aniversariante ilustre ...


Referência:

DESLANDES, Gabriel. Coca-colonização da cultura: como o Natal se americanizou em todo o mundo. Disponível em: https://revistaopera.com.br/2019/12/19/coca-colonizacao-da-cultura-como-o-natal-se-americanizou-em-todo-o-mundo/ . Acesso em: 25 dez 2020.


A diferença

A diferença entre a galinha e o político é que o político cacareja e não bota o ovo.

(Millôr Fernandes)

21 dezembro 2020

Nomes & profissões

 



Como seria se as pessoas tivessem o nome de acordo com sua profissão? Poderia ser o seguinte:

Iná Lemos - pneumologista
Ester Elisa - enfermeira
Ema Thomas - traumatologista
Inácio Filho - obstreta

Oscar A. Melo - confeiteiro
Elma Madeira - babá
Armando Faria Casagrande - engenheiro
Ana Lisa - psicanalista

P. Lúcia - fabricante de bichinhos
Marcos Dias - fabricante de calendários
Olavo Pires - balconista de lanchonete
Décio Machado - lenhador

H. Lopes - professor de hipismo
Oscar Romeu - dono de concessionária
Olavo Lino - professor de música
K. Godói - proctologista

Eudes Penteado - cabeleireiro
Passos Dias a Guiar - motorista de táxi
Édson Fortes - baterista
Sara Dores da Costa - reumatologista

> Autor desconhecido

Hospedar da bicicreta

 



A professora para o Joãozinho:

- Me diga um verbo.

- Prástico!

- Em primeiro lugar, não é "prástico", é "plástico". E "plástico" não é verbo. Zero! Marquinhos, agora você. Me diga um verbo.

- Bicicreta!

- Não é "bicicreta", é "bicicleta", que também não é verbo. Zero também! Paulinho, sua vez.

- Hospedar!

- Muito bem, verbo "hospedar". Agora construa uma frase usando esse verbo.

- Hospedar da bicicreta é de prástico!


Melhores na tabela: Brasileirão, Premier League e La Liga | Gaúchos nas séries B/C/D


Brasileirão - Série A

1º - São Paulo (53 pts.)

2º - Flamengo (48)

3º - Atlético MG (46)

4º - Internacional (44)

Premier League

1º - Liverpool (31 pts.)

2º - Leicester City (27)

3º - Manchester United (26)

4º - Everton (26

La Liga

1º - Atlético Madrid (29 pts.)

2º - Real Madrid (29)

3º - Real Sociedad (26)

4º- Villarreal (25)

Gaúchos nas séries B/C/D: 

Série B - Juventude (4º), Brasil (14º)

Série C - Ypiranga (4º - Grupo B)

Série D - Caxias (3º - Grupo A8), Pelotas (5º - Grupo A8)

20 dezembro 2020

A Era de Aquário | O fim da civilização baseada no egoísmo

 



A Era de Aquário não tem data específica para começar. Trata-se de um processo, assim como a passagem da noite para o dia. Mas há historicamente falando, muitas hipóteses, dentre elas as de que teria dado seu pontapé inicial por ocasião da Revolução Francesa ou por ocasião dos efervescentes anos 60 do séc. 20. O fato é de que astrologicamente falando vivemos o processo de mudanças, o fim de uma era marcada pelo individualismo excessivo.

Aquário rege a mente, a introspecção, a preocupação como o coletivo. Serão tempos de avanços inimagináveis no campo da Ciência, no campo do conhecimento do Espírito, no campo da construção de uma sociedade humana em que a preocupação com o bem-estar de todos será a tônica maior. Tudo que não satisfaz realmente as necessidades humanas, será jogado para escanteio.

A queda desta Civilização baseada no materialismo, no dinheiro e nos privilégios de toda ordem será inevitável.

Kardec e a Astrologia

 


Espíritas não acreditam em astrologia... Tomam por base "O Livro dos Espíritos", em que Kardec (e não os espíritos da Codificação...) posiciona-se contrário a ela. Vale lembrar, porém, que o Prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail, eminente educador francês da época, chegando até mesmo a participar com valiosas ideias sobre a reforma da educação em seu país, era um homem de seu tempo, e em muitos aspectos estava alinhado com o pensamento científico da época, o que de nenhum modo desmerece seu notável valor como pesquisador da realidade do Espírito. De qualquer forma, não é o caso de tomar-se todos seus posicionamentos pessoais como uma verdade inquestionável. Vide por exemplo o fato de ter-se influenciado pelas ideias de "raça" do meio científico da época e seus desdobramentos, nada recomendáveis, para dizer o mínimo.

19 dezembro 2020

Aconteceu no tribunal (1)

 




Rola por aí a reprodução de diálogos oriundos de uma suposta obra chamada Desordem no Tribunal, que segundo dizem jamais foi encontrada em livrarias ou saites, e que reúne diálogos tidos como verdadeiros de taquígrafos em dias de trabalho nos tribunais... Vejamos alguns:

Advogado: Qual é a data do seu aniversário?

Testemunha: 15 de julho.

Advogado: Que ano?

Testemunha: Todo ano.


Advogado: Então a data de concepção do seu bebê foi 8 de agosto?

Testemunha: Sim, foi.

Advogado: E o que estava fazendo nesse dia?


Advogado: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?

Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...


Advogado: Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, ok? Que escola você frequenta?

Testemunha: Oral.


Advogado: Sobre esta foto sua... o senhor estava presente quando ela foi tirada?

"Niggaz Place", uma barbearia com nome equivocado

 


Numa galeria no centro de São Paulo, há uma barbearia com nome deveras discutível: Niggaz Place. Sim, em inglês, língua que dá status a qualquer estabelecimento, de acordo com o pensamento vigente. Só que muito provavelmente os donos não sabem, mas  nigga, variação de nigger, que significa negro na língua de Shakespeare, tem um sentido fortemente pejorativo, muito mais até do que seu mais próximo correspondente em português: crioulo. E tem mais: seus proprietários são negros, votaram em Bolsonaro e se assumem como pessoas de direita. Então tá. 


Referência:

FRANCISCO, Flavio Thales; MACEDO, Márcio. A direita negra. Piauí, Rio de Janeiro/São Paulo, dez. 2020, p. 30.

Tempo de Travessia

 




15 dezembro 2020

Na tabela | Clubes gaúchos nas séries B/C/D

 


Série B

Juventude - 3º

Brasil - 13º

Série C

Ipiranga (Erexim) - 4º grupo B

Série D

Caxias - 3º grupo A8

Pelotas - 5º grupo A8

14 dezembro 2020

Os 4 melhores na tabela | Brasileirão, Premier League (inglês) e La Liga (espanhol)

 


Brasileirão

1º - São Paulo

2º - Atlético-MG

3º - Flamengo

4º - Palmeiras


Premier Ligue

1º - Tottenham Hotspur

2º - Liverpool

3º - Leicester City

4º - Southhampt


La Liga 

1º - Real Sociedad

2º - Atlético Madrid

3º - Real Madrid

4º - Villarreal

Racismo nos EUA e no Brasil: comparações

 


Para André Salata, professor do programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, "a identidade racial  nos Estados Unidos, por uma série de motivos, faz com que esse conflito racial tenda a ser mais aberto. Portanto, isso cria condições políticas mais favoráveis para justificar esse tipo de política". Para ele, numa comparação com o fenômeno social no Brasil, chama a atenção para o fato de que "nos EUA, o conflito racial é muito mais forte. Isso gera um senso de comunidade mais arraigado. A marca das relações raciais no Brasil sempre foi a miscigenação. Isso dificulta um pouco o senso de comunidade".


Referências:

COLLAR, Antônio; FERREIRA, Wendel. Lições contra o racismo. Zero Hora, Porto Alegre, Porto Alegre, 12-13 dez. 2020.

COLLAR, Antônio; FERREIRA, Wendel. Na NBA, boicote sem medo. Zero Hora, Porto Alegre, Porto Alegre, 12-13 dez. 2020.

13 dezembro 2020

Velhinha de 42 anos é vítima de ônibus desgovernado

 



Jornal do Commercio, de Manaus,, em sua edição de 4 de agosto de 1960.

Crime no hipermercado: seis indiciados

 


O espancamento que resultou em morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, ocorrido no último 19 de novembro, no estacionamento do hipermercado  Carrefour, na loja situada no bairro Passo d'Areia, em Porto Alegre, conta com seis indiciados por homicídio classificado como doloso. A investigação cujo inquérito finalizou-se na última quinta-feira 10, atribuiu motivo torpe para o crime em função do racismo estrutural existente na sociedade.

Além do ex-PM temporário, do segurança da empresa terceirizada, da fiscal da loja do hipermercado, que atualmente encontram-se presos, foram indiciados igualmente e solicitadas as prisões de mais três pessoas: mais dois funcionários do Carrefour e mais um funcionário de empresa de vigilância. Para a delegada Nadine Anflor, chefe da Polícia Civil, "foi uma reação desproporcional e que com base nas provas, envolveu um conjunto de circunstâncias sociais e comportamentais que evidenciaram o motivo torpe para o cometimento do crime".


Referência:

GULARTE, Jennifer; MARTINS, Cid. Seis indiciados por homicídio. Zero Hora, Porto Alegre, 12-13 dez. 2020. 


11 dezembro 2020

Minha maior vitória no jogo de xadrez

 



Meu pai ensinou os filhos, meu irmão e eu, a jogar xadrez. Ele inclusive jogava por correspondência com um velho amigo que morava no Interior. No colégio agrícola que frequentei, sobre o qual já escrevi uma postagem, eu representava minha turma, juntamente com um colega meu, no campeonato anual, promovido pelo grêmio estudantil, na categoria jogo de xadrez. Por três anos conseguimos o título de campeão da escola. Numa partida final de que me lembro até hoje, jogada no salão de festas da escola, tendo como árbitro um professor, por pura falta distração (não jogava tão bem assim...), perdi a dama. Perdi! - foi o que pensei na hora. Mas seguiu-se o jogo. Para minha sorte, meu adversário, colega de outra turma, tinha suas limitações tanto quanto as minhas. Então aconteceu o milagre... Fui empurrando os peões em frente e acabei encurralando o rei de meu adversário até um glorioso xeque-mate. Isso acabou me garantindo a vitória, para mim espetacular e inesquecível...


08 dezembro 2020

Jogos de linguagem: romance sem a letra "e", capítulos com palavras iniciadas só com uma letra...

 


Lipograma é um antigo recurso literário que constitui-se da supressão de uma ou mais palavras de um texto. O romance La Disparition (O Sumiço, na versão em português), com mais de 300 páginas do escritor francês Georges Perec (1936-1982) fornece um exemplo da prática: não contém nenhuma palavra com a letra "e", justamente aquela é a mais usada na língua francesa.

Uma passagem da obra, como a título de exemplificação: "Ia sucumbindo. A cada dia ficava uns cinco quilos mais magro. À vista, sua mão não passava de um coto agora."

É dele, aliás, a criação de um palíndromo (texto possível ser lido igualmente de trás para frente) com  1.247 palavras!

Um outro colega seu, o escritor americano Gilbert Adair, em seu romance Alphabetical Africa, os capítulos começam inicialmente apenas com palavras começadas por "a": "Ainda a África: Albert aparece, animado, analisa a arte africana, a angústia africana - ah, adiante ataca a arquitetura Ashtanti...", de pois com "b" e assim por diante.


Referências:

LODGE, David. A arte da ficção. Porto Alegre: LP&M, 2017. Coleção LP&M Pocket, v. 879. 

LOSNAK, Marcos. Leitura - O misterioso desaparecimento das letras. Folha de Londrina. Londrina, 03 mai 2016. Disponível em: https://www.folhadelondrina.com.br/folha-2/leitura---o-misterioso-desaparecimento-das-letras-945181.html. Acesso: 08 dez 2020.


04 dezembro 2020

Humboldt e Euclides da Cunha: visões opostas sobre a Amazônia: encantamento e desprezo

 



Alexander von Humboldt (1769-1859), naturalista e explorador prussiano, e Euclides da Cunha (1866-1909), escritor e jornalista brasileiro, autor de Os Sertões, em dois depoimentos sobre seu contato com a Amazônia, apresentam diferentes pontos de vista sobre ela.

Humboldt, provavelmente seu mais extraordinário explorador, em carta ao irmão expressa seu encantamento o com o que viu na Amazônia venezuelana: "Corremos de um lado para o outro feito bobos." Seu companheiro de viagem, um botânico de viagem, escreveu sobre seu primeiro contato com a floresta afirmando que "enlouqueceria se as maravilhas não acabassem logo".

Por outro lado, Euclides da Cunha, em viagem à Amazônia para chefiar expedição de demarcação da fronteira entre o Brasil e o Peru, em seu livro póstumo À Margem da História, que trata do ano em que viveu na grande floresta, utiliza termos como "desapontamento", referindo-se ao rio Amazonas, "monotonia", para a paisagem, "desordem" (natureza), "imperfeita" (a flora), "monstruosa" (a fauna), "desprezível", referindo-se a um pássaro e, como se não bastasse, classificou a natureza como "incompleta".

Visões distintas sobre a grande selva, uma de encantamento, outra de desprezo...


Referência:

SALLES, João Moreira Salles. Arrabalde: parte I - A floresta difícil. Piauí, Rio de Janeiro/São Paulo, nov. 2020, p. 44.

Imagem:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Acervo_Museu_do_Senado_(20349015646).jpg Acesso em: 25 nov 2020

02 dezembro 2020

As bases do racismo estrutural brasileiro


Estudiosos da questão explicam que as bases do racismo brasileiro se assentam nos quase quatro séculos em que a escravidão africana vigorou. No decorrer dos períodos Colonial e Imperial, a escravidão posicionou, de maneira indivisível, os negros e brancos em mundos diferentes. Com a assinatura da Lei Áurea, em 1888, passaram a vigorar mecanismos menos explícitos de tentativa de subordinação da população negra.

> Guilherme Justino, na reportagem Uma questão estrutural, publicada no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, na edição de 28-29/nov/2020.