Humboldt, provavelmente seu mais extraordinário explorador, em carta ao irmão expressa seu encantamento o com o que viu na Amazônia venezuelana: "Corremos de um lado para o outro feito bobos." Seu companheiro de viagem, um botânico de viagem, escreveu sobre seu primeiro contato com a floresta afirmando que "enlouqueceria se as maravilhas não acabassem logo".
Por outro lado, Euclides da Cunha, em viagem à Amazônia para chefiar expedição de demarcação da fronteira entre o Brasil e o Peru, em seu livro póstumo À Margem da História, que trata do ano em que viveu na grande floresta, utiliza termos como "desapontamento", referindo-se ao rio Amazonas, "monotonia", para a paisagem, "desordem" (natureza), "imperfeita" (a flora), "monstruosa" (a fauna), "desprezível", referindo-se a um pássaro e, como se não bastasse, classificou a natureza como "incompleta".
Visões distintas sobre a grande selva, uma de encantamento, outra de desprezo...
Referência:
SALLES, João Moreira Salles. Arrabalde: parte I - A floresta difícil. Piauí, Rio de Janeiro/São Paulo, nov. 2020, p. 44.
Imagem:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Acervo_Museu_do_Senado_(20349015646).jpg Acesso em: 25 nov 2020
Considerando que muitos de nós brasileiros, não colocariam uma visita ao AM em seu roteiro de viagem,os estrangeiros assim não pensam, haja vista a quantidade de transatlânticos que lá chegam o tempo todo. Tomara que um dia a visão de Humboldt possa sobrepujar a de Euclides da Cunha e venhamos a visitar mais os estados amazônicos e sua fantástica floresta Amazônica. Isto dito por quem já o fez. Fica a dica!
ResponderExcluirPois é...
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