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28 março 2022

A elitização do futebol, a decadência do espetáculo

 




Até décadas atrás, havia no estádio Beira-Rio, por exemplo, a chamada coreia, uma faixa na parte inferior da arquibancada na qual as pessoas de menor poder aquisitivo pagavam um preço menor e podiam com isso assistirem aos jogos, mesmo que de pé. No Maracanã, havia a chamada geral, com igual propósito. Com o advento das arenas e transformações arquitetônicas dos grandes estádios para se adaptarem a uma nova mentalidade de geração de rendas, o futebol se elitizou, em nome de um negócio mais lucrativo e que possibilitasse a manutenção dos salários estratosféricos do plantel, além de outras motivações.

"Com a ascensão exponencial do capitalismo em escala global, a lógica de espetacularização se alastrou em diferentes em diferentes setores sociais onde fosse encontrado espaço para desenvolvimento de um sistema mercadológico. O futebol foi um deles", escreveu a jornalista Joana Berwanger em matéria recente para o Sul21, saite gaúcho de notícias e opinião.


Se antes todas as classes sociais estavam representadas em dia de jogo, hoje isso não acontece mais. Uma verdadeira segregação, em nome da exploração financeira pura e simplesmente que faz com que a identidade popular do esporte esteja atualmente seriamente prejudicada. Para quem procura enfrentar as adversidades da vida ganhando apenas um salário mínimo e às vezes nem isso, o valor dos ingressos, gastos com transporte e alimentação tornam a ida aos estádios e arenas algo inviável. 

Além do mais o futebol praticado em campo hoje em dia já não possui mais o brilhantismo de antes. Como disse Eduardo Galeano, em seu livro Futebol ao Sol e à Sombra (2004), o futebol atualmente "não é organizado para ser jogado, para impedir que se jogue", frase lembrada pela articulista. Disso resulta na situação de se ter valores de ingresso com preços abusivos para assistir-se a um espetáculo cada vez menos atraente e ainda sob o risco de ser agredido por participantes de torcidas organizadas ansiosos por extravasarem seus instintos de violência. Até quando?


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Mosaico | Ana Terra/ A menor rua de Porto Alegre/ Ideias regadas a vinho/ Cabeças Pensantes


10 dezembro 2021

Grêmio rebaixado para a Segunda Divisão



O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, na noite de ontem. embora tenha ganho do Atlético Mineiro em casa, foi rebaixado para a Segunda Divisão do futebol brasileiro, pela terceira vez. Vale lembrar que anteriormente cinco clubes dirigidos por Valter Mancini, seu atual treinador, já tinham tido o mesmo destino. Mas enfim, das 38 rodadas do Brasileirão, o "Imortal" permaneceu 37 delas na zona de rebaixamento. Nem o Cruzeiro conseguiu tal proeza. Como se não bastasse, como disse um comentarista esportivo de rádio, por que será que os jogadores gremistas em geral só resolveram jogar bem apenas nas últimas partidas? Aí tem coisa. Mas enfim, minhas sinceras condolências aos coirmãos. Por outro lado, parabéns ao Juventude, de Caxias do Sul, que conseguiu se manter na Série A por mais um ano ao vencer o Corinthians em casa por 1x0. Segundo as más línguas, o time paulista não veio mesmo para ganhar o jogo...
Que ideia! :-)

22 novembro 2021

Antiracismo: O futebol não pode estar fora da luta

 




Entrevistas de jornal (vide fonte) com Marcelo Carvalho - diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Sebastião Arcanjo (Tiãozinho) - presidente da Associação Atlética Ponte Preta (Campinas, SP), único negro de clubes das séries que disputam as séries A e B, e Marco Aurélio de Oliveira (Marcão), treinador do Fluminense, também negro, dão conta da necessidade de o futebol dar sua parcela de contribuição na luta contra o racismo estrutural existente no Brasil desde o período colonial.

Para Marcelo Carvalho, o futebol é extremamente racista, algo facilmente detectável em função de atos de teor racista contra jogadores, mas em outras situações, como o fato de não termos negros em posição de destaque ligados ao futebol, fora de campo. Lembra que isso acontece em outros setores importantes da sociedade. Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF e Alceu Collares, ex-governador gaúcho, são dados por ele como exemplos de exceção à regra. Difundiu-se ao longo do tempo a ideia de que negros não têm capacidade intelectual, são malandros, preguiçosos. Para Carvalho, "a grande parcela das pessoas nos locais em que acontece um ato racista acha que é apenas um insulto, um xingamento". Segundo ele, o futebol pode se envolver na luta contra o racismo com ações de combate, muito além de postagens e camisetas. Os clubes deveriam criar espaços para a promoção de palestras e debates sobre racismo, até mesmo dentro da própria instituição, por exemplo. Isso faria com que seus atletas se sentissem mais protegidos e seguros para abordarem o tema. Para ele, a luta contra o racismo "é luta por direitos civis, é progressista, humanitária".


Sebastião Arcanjo (Tiãozinho), ex-deputado estadual, presidente da Ponte Negra, é uma figura de destaque no enfrentamento do racismo nos meios futebolistas. Para ele, além das ações punitivas contra atos racistas, para uma política a longo prazo deveríamos adequar o currículo escolar, valendo-se de uma pedagogia mais inclusiva que levasse em conta a pluralidade cultural deste país, o que significaria dar mais visibilidade à importância da cultura negra na formação do país, diria eu. Para Tiãozinho, é importante que no engajamento na luta contra o racismo, haja a participação de brancos. Cita o exemplo o caso George Floyd, nos EUA, em que "jovens brancos estavam na linha de frente para os outros pudessem se manifestar".

Marco Aurélio de Oliveira (Marcão), um dos poucos treinadores negros do futebol brasileiro, atualmente no comando da equipe do Fluminense, vê com simpatia iniciativas de seu clube atual, bem como as do Bahia, em prol de um trabalho de conscientização frente à questão. De qualquer forma, sempre tem a impressão de que "tem de fazer tudo em dobro". Vê na capacitação cada vez maior dos treinadores negros um elemento valioso  para enfrentarem as questões raciais.

Fontes
Entrevistas de Marcelo Carvalho, Sebastião Arcanjo e Marco Aurélio de Oliveira publicadas no caderno de esportes de Zero Hora, de 20-21/nov/2021

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Por que não temos mulheres e heróis negros?

09 agosto 2021

Paris promete renovações nos Jogos Olímpicos de 2024

 



Os Jogos Olímpicos de 2024, já anunciados por ocasião da cerimônia de encerramento do evento em Tóquio, serão em Paris, pela terceira vez. A edição de daqui a três anos marcará o centenário de um deles.



As modalidades esportivas serão desenvolvidas em vários pontos da cidade, privilegiando aqueles de natureza turística, incluindo-se ainda a região metropolitana. Marselha, no sul da França, será a subsede das competições de futebol e de vela. Numa política de economia de gastos, Paris aproveitará o máximo possível as estruturas esportivas já existentes. As disputas de medalhas do surfe ocorrerá em Teahupo'o, na ilha do Taiti, na Polinésia Francesa. Ondas gigantes... O breakdance fará sua estreia nas Olimpíadas.


A
abertura dos jogos se dará às margens do rio Sena, ao contrário da tradicional abertura num estádio, lembrando o ocorrido por ocasião dos Jogos Olímpicos de Verão da Juventude em 2018, inaugurados junto ao Obelisco de Buenos Aires. O encerramento será no Stade de France.


Os
Jogos Paralímpicos usarão o mesmo logotipo das Olimpíadas tradicionais, sem diferença de cores ou design, sob a inspiração do lema de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa.

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05 agosto 2021

Jogos de poder por trás dos bastidores das Olimpíadas

 



A matéria "Jogos de Poder" presente na edição de agosto da revista Aventuras na História, assinada por Alexandre Carvalho, apresenta fatos históricos a respeito das ligações entre os Jogos Olímpicos e a os interesses políticos, algo que nem sempre vem a público, afinal o que interessa à mídia em geral é promover o grande evento e faturar o máximo que puder em sua cobertura.

Apesar do COI-Comitê Olímpico Internacional pregar a neutralidade política de seu seu grande evento, o fato é que a política sempre foi condutora de suas ações. "Na realidade, as Olimpíadas são completamente políticas. As marchas, as bandeiras, os hinos nacionais, as alianças com patrocinadores privados, a exploração dos trabalhadores por trás das marcas de roupas esportivas, o tratamento dos povos indígenas e da classe trabalhadora, a escolha das cidades anfitriãs - é tudo política. Dizer que as Olimpíadas transcendem a política é invocar uma fantasia", afirma o norte-americano Jules Boykoff, ex-jogador de futebol profissional que se tornou Ph.D em Ciência Política e autor do livro "Power Games: A Political History of the Olympics", inédito em português, citado no texto.
Nacionalismos exacerbados, Guerra Fria, boicotes, intromissão do COI nas políticas locais, censura e até mesmo violência contra contestadores sempre marcaram presença na realização dos jogos.

Por trás da figura costumeiramente idealizada de seu criador, o barão francês Pierre de Courbertin, em discurso proferido em 1935 manifestou-se da seguinte forma: "Ao esculpir seu corpo por meio do exercício como o escultor faz com uma estátua, o atleta antigo honrava os deuses. Ao fazer algo semelhante, o atleta [moderno] honra seu país, sua raça e sua bandeira." Ao mesmo tempo em que via no esporte um elemento para assegurar a paz mundial, via na prática esportiva uma excelente preparação para uma guerra eventual: "O jovem esportista certamente está mais bem preparado para a guerra do que seus irmãos destreinados". A própria ideia de que somente esportistas amadores poderiam participarem das competições precisa ser compreendida no real sentido dado por ele. Amadores não incluía camponeses e operários, no sentido aristocrático do termo de sua época. "Um elitismo disfarçado de imperativo moral", observa o autor da matéria. Somente nos anos 80 é que o tal amadorismo foi deixado de lado e os profissionais do esporte tiveram vez em definitivo.

Certamente que o ideal de congraçamento não incluía o sexo feminino nas primeiras edições do certame. Em 1900, por ocasião das Olimpíadas de Paris, a situação começou a mudar nesse sentido. Mulheres foram admitidas a participarem em duas modalidades: tênis e golfe, contra a vontade do Barão Coubertin. Para ele, 

"a glória da mulher vem merecidamente do número e da qualidade das crianças que ela produziu. Suas maiores realizações estão em encorajar os filhos à excelência em vez de buscarem recordes para si mesmas."

Além do mais, a ideia de hierarquia entre raças e etnias, de grande prestígio em sua época, era igualmente esposada pelo idealizador dos jogos: 

"A teoria propondo que todas as raças humanas tenham direitos iguais impediria qualquer progresso. A raça superior tem todo direito de negar à raça inferior certos privilégios da vida civilizada."

Uma afirmação que Hitler assinaria em baixo. A grandiosa Olimpíada realizada em Berlim, em 1936, tinha justamente o objetivo de evidenciar a superioridade da "raça ariana", mas faltou combinar com o jovem atleta negro norte-americano Jesse Owens, que acabou conquistando quatro medalhas de ouro. Hitler tratou de buscar uma justificativa para o fato:

"As pessoas cujos antecedentes vieram das selvas eram primitivas. Seus físicos eram mais fortes do que os dos civilizados brancos e, portanto, devem ser excluídos dos jogos futuros."

Lamentavelmente, o que mais decepcionou o atleta exitoso foi a reação do governo de seu próprio país: não foi recebido na Casa Branca. "O Presidente [Franklin Roosevelt] nem sequer me mandou um telegrama." Embora tenha sido recebido festivamente em Nova York, com direito a desfilar pelas ruas em meio a uma chuva de  papel-picado, quando entrou no luxuoso hotel Waldorf Astoria para ser homenageado, foi instruído a entrar pelo elevador de serviço.



Para não me alongar em muito nessa postagem, seguem-se de maneira mais sucinta menção a alguns fatos ocorridos posteriormente por ocasião da realização dos jogos olímpicos, que ilustram a matéria:

- Em 1968, na Cidade o México, dois atletas negros norte-americanos foram expulsos dos jogos após subirem no pódio em função de suas medalhas de ouro e bronze nos 200m rasos e fazerem a saudação black power, em protesto contra o racismo em seu país.

- Atentado terrorista em Munique, 1972. 11 atletas israelenses sequestrados pelo Setembro Negro, grupo terrorista palestino. Troca de tiros no aeroporto com os policiais teve um desfecho trágico: os atletas foram abatidos pelos sequestradores. Comoção geral, falta de clima para dar prosseguimento às Olimpíadas? Que nada! O espírito comercial falou mais alto.

- Guerra Fria entre os EUA e a URSS. Jogos usados como plataforma política entre os dois "contendores", com direito a boicotes ao evento por ambos os lados, arrastando países apoiadores dos dois blocos no ato de natureza política.

- As exigências do COI para que um país conquiste o direito de sediar seu megaevento que envolve marketing e mídia implica um gasto excessivo de verbas públicas, que muitas vezes teriam um melhor destino se fossem usadas efetivamente para a melhoria das condições de vida da população. Foi o que aconteceu com o Brasil em 2016, com a construção de estádios que acabaram se tornando verdadeiros elefantes brancos, como é o caso de Manaus, a título de exemplo, e promessas não cumpridas, como a despoluição da Baía de Guanabara, em que nas provas de regatas, "atletas tinham que parar seus barcos para descolar sacos de lixos presos".

24 junho 2021

UEFA Euro 2020 | Todos os jogos das Oitavas de Final

 



26 de junho, sábado

País de Gales x Dinamarca (13h, Amsterdã)

Itália x Áustria (16h, Londres)

27 de junho, domingo

Holanda x República Tcheca (13h, Budapeste)

Bélgica x Portugal (16h, Sevilha)

28 de junho, segunda-feira

Croácia x Espanha (Copenhague, 13h)

França x Suíça (Bucareste, 16h)

29 de junho, terça-feira

Inglaterra x Alemanha (Londres, 13h) 

Suécia x Ucrânia (Glasgow, 16h)

14 abril 2021

Bobby Fischer: o enxadrista que quebrou a hegemonia da URSS no jogo

 



O jogo de xadrez, surgido na Índia (com um pequeno elefante em vez do bispo), chegou à Rússia no século 9 através da Sibéria. Acabou tornando-se uma das coqueluches da aristocracia russa. A imperatriz Catarina 2ª chegou a disputar uma partida com o rei sueco Gustavo 4º em 1796. Um mero detalhe: jogaram com um tabuleiro gigante, onde as peças eram representadas por seres humanos. Lênin, em seu exílio siberiano de três anos, jogou partidas de xadrez por correspondência. O regime soviético popularizou o jogo por suas qualidades lógicas e racionais para que servisse como demonstração de superioridade intelectual frente a outros povos. Em 1948, o russo Mikhail Botvinnik venceu o 1º Campeonato Mundial promovido pela FIDE-Federação Internacional de Xadrez. Iniciava um longo período hegemonia de títulos mundiais somente interrompida em 1972 quando o desafiante norte-americano Bobby Fischer, 28 anos, venceu Boris Spassky, campeão mundial desde 1969 pela URSS, numa série de partidas realizadas em Reykjavik, Islândia, em que o placar final foi 12,5x8,5 em favor do estadunidense.

Robert James Fischer, conhecido como Bobby Fischer, nasceu em Chicago em 1943 e tinha como mãe uma suíça de família de judeus-poloneses que fugiu para os EUA durante a Guerra e o criou sozinha, junto com a irmã mais velha. O pai era um biofísico alemão de que Bobby veio a tomar conhecimento dele somente aos 9 anos de idade. Já morando em Nova York, aos 15 anos de idade, tornou-se o mais jovem Grão-Mestre até então, tipo faixa preta do xadrez. Aos 21 anos, venceu uma simultânea contra 50 oponentes e venceu 47. Um gênio! Para ter direito a desafiar o campeão mundial, numa série de partidas, Fischer teve que vencer o Torneio de Candidatos, uma espécie de Copa do Mundo do xadrez, que é disputado por de 8 a 16 enxadristas, na base do mata-mata com direito a quartas, semifinais e final.

"Em 1992, Fischer e Spassky jogaram uma edição comemorativa da final de 1972. O confronto aconteceu na Iugoslávia - que, na época, estava no meio de uma guerra que desmembrou o país. Um problema: a presença de Fischer violaria um embargue das Nações Unidas, gerando um quiprocó diplomático com os EUA." (Superinteressante) O campeão mundial de 1972 desobedeceu às determinações de seu país em respeitar o embargo, venceu a disputa ganhando alguns milhões de dólares e nunca mais retornou aos Estados Unidos  em função de uma ordem de prisão contra ele. Foi preso no Japão e depois de um ano contra a extradição para os EUA, conseguiu asilo diplomático na própria Islândia que o consagrou mundialmente, vindo a falecer em 2008, aos 64 anos.


Referências:

BATTAGLIA,  Rafael. O gambito do rei. Superinteressante, São Paulo, fev. 2021.

BOBBY FISCHER. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bobby_Fischer. Acesso: 14 abr. 2021.

LISTA DOS CAMPEÕES MUNDIAIS DE XADREZ. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_Campeonatos_Mundiais_de_Xadrez. Acesso: 14 abr. 2021.


Foto:

Bundesarchiv_Bild_183-76052-0335,_Schacholympiade,_Tal_(UdSSR)_gegen_Fischer_(USA).jpg: Kohls, Ulrichderivative work: Karpouzi, CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, via Wikimedia Commons

Ainda sobre o jogo de xadrez:

https://cesardorneles4.blogspot.com/2020/10/machado-de-assis-gostava-de-jogar-xadrez.html

https://cesardorneles4.blogspot.com/2020/12/minha-maior-vitoria-no-jogo-de-xadrez.html


03 março 2021

As maiores goleadas da História

 





1 149 x 0 - AS Adema x SOE, em Antananarivo, Madagascar (2002). Como protesto pela arbitragem, todos os gols foram contra!

2 36 x 0 - Arbroath x Bon Accord, na Escócia (1885)

3 34 x 0 - Dundee Harp x Aberdeen Rovers, na Escócia, no mesmo dia que a anterior.

4 31 x 1 - Austrália x Samoa Americana, na Austrália (2001)

5 30 x 0 - Taiti x Ilhas Cook, no Taiti, 1971.


Referência:

Lista: qual foi o jogo de futebol com maior goleada? Superinteressante, São Paulo, n. 424, p. 60, fev. 2021. Oráculo.

01 fevereiro 2021

Chile 1X0 URSS. O "mais triste gol da história do Chile"

 



11 de setembro de 1973. Golpe militar no Chile. No dia seguinte, caminhões e ônibus conduziram para o Estádio Nacional uma quantidade de detidos, não só chilenos, mas estrangeiros de quase 40 nacionalidades, acusados de subversão, que acabará atingindo a soma de 7 mil pessoas. Assim, vestiários acabaram virando salas de interrogatório ou celas tão superlotadas que não havia espaço para todos dormirem ao mesmo tempo. 

Para 21 de novembro estava marcado o segundo jogo, no estádio, entre as seleções do Chile e da URSS pelas eliminatórias da Copa do Mundo que viria a realizar-se na Alemanha. Os chilenos precisavam de uma vitória. Ao mesmo tempo, era necessário mostrar ao mundo que o Chile voltara à normalidade. Assim, no dia em que representantes da FIFA fizeram uma vistoria do estádio, a maior parte dos presos foram trancafiados nos vestiários. Após examinarem o gramado, concluíram que a situação do estádio era tranquila. Aconteceu, porém, que a URSS de Brejnev ameaçou boicotar o jogo. 

A  milicada chilena, por precaução, convidou o Santos para substituir a Seleção Russa caso fosse necessário. Alguma partida deveria sair. Resultado: os jogadores do Chile entraram em campo sem adversário presente, deram alguns passes e fizeram aquele que é conhecido como o gol mais triste da história do Chile. Após isso, realizou-se a partida contra o Santos, sem Pelé: 5x0 para o time brasileiro. 


Video pri la golo:
https://www.youtube.com/watch?v=Fb5KpkSajpw

Referência:

SIMON, Roberto. O Brasil contra a democracia. Piauí, Rio de Janeiro, jan. 2021, p. 16.

21 dezembro 2020

Melhores na tabela: Brasileirão, Premier League e La Liga | Gaúchos nas séries B/C/D


Brasileirão - Série A

1º - São Paulo (53 pts.)

2º - Flamengo (48)

3º - Atlético MG (46)

4º - Internacional (44)

Premier League

1º - Liverpool (31 pts.)

2º - Leicester City (27)

3º - Manchester United (26)

4º - Everton (26

La Liga

1º - Atlético Madrid (29 pts.)

2º - Real Madrid (29)

3º - Real Sociedad (26)

4º- Villarreal (25)

Gaúchos nas séries B/C/D: 

Série B - Juventude (4º), Brasil (14º)

Série C - Ypiranga (4º - Grupo B)

Série D - Caxias (3º - Grupo A8), Pelotas (5º - Grupo A8)

15 dezembro 2020

Na tabela | Clubes gaúchos nas séries B/C/D

 

Série B

Juventude - 3º

Brasil - 13º

Série C

Ipiranga (Erexim) - 4º grupo B

Série D

Caxias - 3º grupo A8

Pelotas - 5º grupo A8

14 dezembro 2020

Os 4 melhores na tabela | Brasileirão, Premier League (inglês) e La Liga (espanhol)

 


Brasileirão

1º - São Paulo

2º - Atlético-MG

3º - Flamengo

4º - Palmeiras


Premier Ligue

1º - Tottenham Hotspur

2º - Liverpool

3º - Leicester City

4º - Southhampt


La Liga 

1º - Real Sociedad

2º - Atlético Madrid

3º - Real Madrid

4º - Villarreal

18 novembro 2020

Treinadores estrangeiros não se acertam com a mentalidade dos clubes brasileiros

Recentemente dois treinadores estrangeiros, Eduardo Coudet (Internacional) e Domènec Torrent (Flamengo) desligaram-se de seus respectivos clubes mesmo fazendo ótimas campanhas na Série A do Campeonato Brasileiro. O fato é, como bem salientou o cronista esportivo Leonardo Oliveira, em jornal local: "Não adianta importarmos ideias estrangeiras se pensarmos o futebol com cabeça nacional."


Treinadores estrangeiros trazem na bagagem suas convicções sobre como treinar um time e dificilmente abrirão delas para se sujeitarem aos interesses imediatistas dos dirigentes de clubes, no bagunçado contexto do futebol profissional jogado no Brasil. Não aceitam a postura dos treinadores nacionais, que muitas vezes têm que renunciar às suas convicções de como treinar um time e prepará-lo para as competições, fazendo concessões para manter-se no cargo. A falta de autonomia é tão grande que treinadores da série A mantém-se em média seis meses no cargo, lembra o cronista, em meio ao contexto de um calendário irracional e o imediatismo que norteia a política dos clubes.

13 novembro 2020

Por que Gilberto Gil tornou-se gremista...

 


Estou assistindo pela HBO à série O Negro no Futebol Brasileiro, que também pode ser vista por inteiro no YouTube. A série, como não poderia deixar de ser, destaca o racismo e o preconceito sofridos ao longo das décadas por jogadores negros e pardos, a ponto de terem motivado a profissionalização do futebol no Brasil ter sido motivada, além de outras razões, para evitar-se o constrangimento de se ter negros no quadro social dos clubes, já que nos primórdios do amadorismo, os jogadores eram igualmente sócios dos clubes que eram fundados. Como atleta profissional, ganhando seu salário, passaram a serem apenas empregados das instituições... No episódio 2, além de jogadores veteranos e pesquisadores continuarem a falar sobre o assunto, Gilberto Gil também dá seu depoimento. Como nota engraçada, em meio à questão racial, o grande cantor e compositor da MPB conta que certa vez, encontrando-se em Porto Alegre, teve a oportunidade de assistir a um gre-nal, no qual o Grêmio ganhou por 1x0, gol marcado por num baianoUm jornalista aproveitou a oportunidade para entrevistá-lo depois do jogo, ainda no estádio, e uma das perguntas foi sobre o motivo de Gil declarar-se gremista. Diga-se de passagem, o Grêmio, fundado por pessoas de origem alemã (1903), tem um expressivo passado de não admissão de jogadores de cor negra. Gil respondeu, após dar uma olhada para o céu bem azul ainda visível: Sou gremista porque o céu é azul, a lua é branco e eu sou preto... Uma referência bem-humorada às cores do Grêmio. 

Torcedores de futebol já não são tão fiéis como antes...

 


Se dependesse de meu pai, eu seria gremista até hoje e meu irmão, colorado... Mas quando atingi a adolescência, eu mesmo, como bom leonino, escolhi meu clube para torcer, o Sport Club Internacional. Atualmente, porém, minhas preferências clubísticas recaem igualmente sobre o Liverpool Football Club e na Itália, alimento simpatias pelo Nápoles, ou seja, a Società Sportiva Calcio Napoli. Acompanho mais de perto as partidas do clube da cidade do Beatles principalmente pelo fato de que sou um admirador do futebol inglês e seu campeonato nacional que é considerado o melhor do mundo.

Surpreendente? Nem tanto. Sigo a tendência moderna em que a fidelidade a um único clube está virando coisa do passado, segundo artigo de tempos a atrás do excelente jornalista Nirlando Beirão, que infelizmente veio a falecer tempos depois. Sua matéria Réquiem para o torcedor fiel foi publicada em CartaCapital em sua edição de 16/jan/2019.

Segundo ele o fenômeno se deve à globalização do esporte graças a uma massiva exposição na TV de competições futebolísticas internacionais, principalmente as europeias, de qualidade visivelmente superior àquelas que ocorrem no Brasil. Nirlando menciona o pensamento de Alan Tapp, professor de marketing da British Business School: o amor ao time talvez não se modificou, mas a intensidade sim. Um exemplo para ilustrar o fato: a comunidade de torcedores brasileiros do Chelsea, clube londrino, no Facebook, seguida por quase 50 mil pessoas: https://www.facebook.com/ChelseaBrasil/

05 novembro 2020

Vasco da Gama, o clube que se opôs ao racismo no futebol 100 anos atrás

 




Fundado em 1898, no Rio de Janeiro, por um grupo de imigrantes portugueses e seus descendentes, o Club de Regatas Vasco da Gama foi o primeiro grande clube brasileiro a admitir jogadores negros na modalidade futebol, numa época em que o esporte era visto como um jogo de elite e o racismo contra desportistas de cor negra era a tônica. Tanto é que Flamengo, Fluminense e Botafogo vetavam jogadores afrodescendentes em seus plantéis, ao contrário do Vasco, com jogadores pobres, operários sendo que boa parte deles eram negros ou mulatos. 

Em 1923, ano de sua estreia na 1ª divisão do campeonato carioca, sagrou-se campeão pela primeira vez. Para se verem livres do Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo, juntamente com outros clubes, criaram uma nova entidade, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos, e impuseram ao Vasco da Gama a necessidade de se desfazer de 12 jogadores seus, considerados de "profissão duvidosa", todos negros, para que pudesse participar dela. Assim, em 1924 realizaram-se paralelamente dois campeonatos de futebol na cidade, sendo que os vascaínos sagraram-se bicampeão pela liga original - a Liga Metropolitana de Desportes Terrestres. Em 1925 o clube venceu resistências e pôde dessa foram integrar-se à associação fundada pelos seus principais rivais, sob a condição de jogar sempre num campo à parte...

A propósito: sobre o assunto, a série da HBO O negro no futebol brasileiro, episódio 1, trata da questão envolvendo o Vasco.

Referência:
CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMAIn: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Club_de_Regatas_Vasco_da_Gama. Acesso em: 05 out. 2020.

31 outubro 2020

FUTEBOL | Os últimos dias de Messi no Barcelona

 



A era de Messi como jogador do Barcelona muito provavelmente está chegando ao fim. Seu contrato com o clube catalão termina em 30 de junho de 2021 e ele já expressou publicamente seu desejo de não continuar servindo a tradicional camiseta com listras azuis e vermelhas do time. Em agosto passado pediu para sair, numa equivocada interpretação particular de seu contrato. O jogador entendia que poderia procurar outro clube logo ao final da temporada, o que não se efetivou. O clube afirmou que tinha respaldo jurídico para negar o pedido. Uma rescisão do contrato valeria uma multa de 700 milhões de euros e em razão disso Messi voltou atrás, até pelo fato de que um processo jurídico poderia levar meses para acabar.

O fato é que o jogador, que chegou ao Barça com a idade de 12 anos, vindo do Newell's Old Boys, está descontente com o clube que o projetou internacionalmente. O clube não vai bem em termos de gestão e isso se expressa em termos de decisões, como o gasto de milhões de euros em contratações de jogadores que não surtiram o resultado esperado, sem falar na perda de titulares como Puyol, Xavi, Alves e Iniesta e mais recentemente Luis Suárez.

Em 2021 talvez venhamos a ter Lionel Messi no Manchester City, algo que ele considera como uma das alternativas.


Referência:

PUNTI, Jordi. Adeus à espreita. Piauí, Rio de Janeiro/São Paulo, out. 2020, p. 90.


24 setembro 2020

E o Estadão deu o troco...


 1973: a Seleção Brasileira faz uma série de amistosos, nada animadores, pelos campos europeus, com vistas à Copa na Alemanha no ano seguinte. Os jogadores se incomodam com os jornalistas e divulgam um manifesto afirmando que não mais darão entrevistas à imprensa nem prestarão qualquer informação. O jornal O Estado de S. Paulo dá o troco, passando a omitir o nome dos atletas em suas páginas. A escalação do Brasil para uma partidas contra a Escócia sai assim: "Goleiro do Palmeiras, lateral direito do Corinthians, zagueiro central do Palmeiras..."

21 julho 2020

Quem é melhor? Messi ou Maradona? Tostão responde



Em entrevista ao jornal Zero Hora em sua edição de fim de semana, o ex-jogador Tostão ao ser indagado sobre quem seria melhor, se Messi ou Maradona, respondeu que depende de como se analisa a questão. Para Tostão, Maradona fazia coisas espetaculares, um verdadeiro artista em campo, mais do que Messi. Mas acabou dizendo que optaria por Messi, pela sua regularidade em termos de qualidade genial. Há mais de ele vem jogando em altíssimo nível, fazendo gols e dando passes, argumentou.


18 julho 2020

Opinião: A volta precipitada do futebol



Marcada para quarta-feira 22 a volta do futebol com direito a um gre-nal em Caxias do Sul, na retomada do Campeonato Gaúcho em seus momentos derradeiros. A partida em Porto Alegre. de portões fechados, foi liberada pelo governador e vetada pelo prefeito da capital. O fato é que vivemos um momento de grande pressão para a volta do futebol, inclusive com a participação de público, ainda que de forma restrita e com cuidados especiais nestes tempos em que se ensaia um novo normal. Considero tudo muito prematuro. Em relação ao gre-nal, por exemplo, assim como outros jogos a serem programados, o fato é que mesmo sendo jogos de portão fechado, o fato é que estimularão acúmulo de pessoas em bares e até mesmo em residências particulares. Afinal, quem é que não gosta de reunir familiares e amigos para assistir a um jogo, ainda mais um clássico. Algo não aconselhável neste momento em que sequer se atingiu o pico da pandemia no país. E quando voltarem os jogos com presença de torcedores nos estádios? Todos de máscaras e observando um distanciamento de um, dois metros, um do outro? Pago pra ver? As pessoas vão resistir a um abraço no amigo ao seu lado na hora de um gol de seu time? Vão gritar xingando o árbitro mantendo a máscara, apenas para dar dois exemplos. Pois sim!