28 março 2022
A elitização do futebol, a decadência do espetáculo
10 dezembro 2021
Grêmio rebaixado para a Segunda Divisão
22 novembro 2021
Antiracismo: O futebol não pode estar fora da luta
09 agosto 2021
Paris promete renovações nos Jogos Olímpicos de 2024
05 agosto 2021
Jogos de poder por trás dos bastidores das Olimpíadas
24 junho 2021
UEFA Euro 2020 | Todos os jogos das Oitavas de Final
26 de junho, sábado
País de Gales x Dinamarca (13h, Amsterdã)
Itália x Áustria (16h, Londres)
27 de junho, domingo
Holanda x República Tcheca (13h, Budapeste)
Bélgica x Portugal (16h, Sevilha)
28 de junho, segunda-feira
Croácia x Espanha (Copenhague, 13h)
França x Suíça (Bucareste, 16h)
29 de junho, terça-feira
Inglaterra x Alemanha (Londres, 13h)
Suécia x Ucrânia (Glasgow, 16h)
14 abril 2021
Bobby Fischer: o enxadrista que quebrou a hegemonia da URSS no jogo
O jogo de xadrez, surgido na Índia (com um pequeno elefante em vez do bispo), chegou à Rússia no século 9 através da Sibéria. Acabou tornando-se uma das coqueluches da aristocracia russa. A imperatriz Catarina 2ª chegou a disputar uma partida com o rei sueco Gustavo 4º em 1796. Um mero detalhe: jogaram com um tabuleiro gigante, onde as peças eram representadas por seres humanos. Lênin, em seu exílio siberiano de três anos, jogou partidas de xadrez por correspondência. O regime soviético popularizou o jogo por suas qualidades lógicas e racionais para que servisse como demonstração de superioridade intelectual frente a outros povos. Em 1948, o russo Mikhail Botvinnik venceu o 1º Campeonato Mundial promovido pela FIDE-Federação Internacional de Xadrez. Iniciava um longo período hegemonia de títulos mundiais somente interrompida em 1972 quando o desafiante norte-americano Bobby Fischer, 28 anos, venceu Boris Spassky, campeão mundial desde 1969 pela URSS, numa série de partidas realizadas em Reykjavik, Islândia, em que o placar final foi 12,5x8,5 em favor do estadunidense.
Robert James Fischer, conhecido como Bobby Fischer, nasceu em Chicago em 1943 e tinha como mãe uma suíça de família de judeus-poloneses que fugiu para os EUA durante a Guerra e o criou sozinha, junto com a irmã mais velha. O pai era um biofísico alemão de que Bobby veio a tomar conhecimento dele somente aos 9 anos de idade. Já morando em Nova York, aos 15 anos de idade, tornou-se o mais jovem Grão-Mestre até então, tipo faixa preta do xadrez. Aos 21 anos, venceu uma simultânea contra 50 oponentes e venceu 47. Um gênio! Para ter direito a desafiar o campeão mundial, numa série de partidas, Fischer teve que vencer o Torneio de Candidatos, uma espécie de Copa do Mundo do xadrez, que é disputado por de 8 a 16 enxadristas, na base do mata-mata com direito a quartas, semifinais e final.
"Em 1992, Fischer e Spassky jogaram uma edição comemorativa da final de 1972. O confronto aconteceu na Iugoslávia - que, na época, estava no meio de uma guerra que desmembrou o país. Um problema: a presença de Fischer violaria um embargue das Nações Unidas, gerando um quiprocó diplomático com os EUA." (Superinteressante) O campeão mundial de 1972 desobedeceu às determinações de seu país em respeitar o embargo, venceu a disputa ganhando alguns milhões de dólares e nunca mais retornou aos Estados Unidos em função de uma ordem de prisão contra ele. Foi preso no Japão e depois de um ano contra a extradição para os EUA, conseguiu asilo diplomático na própria Islândia que o consagrou mundialmente, vindo a falecer em 2008, aos 64 anos.
Referências:
BATTAGLIA, Rafael. O gambito do rei. Superinteressante, São Paulo, fev. 2021.
BOBBY FISCHER. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bobby_Fischer. Acesso: 14 abr. 2021.
LISTA DOS CAMPEÕES MUNDIAIS DE XADREZ. In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_Campeonatos_Mundiais_de_Xadrez. Acesso: 14 abr. 2021.
Foto:
Ainda sobre o jogo de xadrez:
https://cesardorneles4.blogspot.com/2020/10/machado-de-assis-gostava-de-jogar-xadrez.html
https://cesardorneles4.blogspot.com/2020/12/minha-maior-vitoria-no-jogo-de-xadrez.html
03 março 2021
As maiores goleadas da História
1 149 x 0 - AS Adema x SOE, em Antananarivo, Madagascar (2002). Como protesto pela arbitragem, todos os gols foram contra!
2 36 x 0 - Arbroath x Bon Accord, na Escócia (1885)
3 34 x 0 - Dundee Harp x Aberdeen Rovers, na Escócia, no mesmo dia que a anterior.
4 31 x 1 - Austrália x Samoa Americana, na Austrália (2001)
5 30 x 0 - Taiti x Ilhas Cook, no Taiti, 1971.
Referência:
Lista: qual foi o jogo de futebol com maior goleada? Superinteressante, São Paulo, n. 424, p. 60, fev. 2021. Oráculo.
01 fevereiro 2021
Chile 1X0 URSS. O "mais triste gol da história do Chile"
11 de setembro de 1973. Golpe militar no Chile. No dia seguinte, caminhões e ônibus conduziram para o Estádio Nacional uma quantidade de detidos, não só chilenos, mas estrangeiros de quase 40 nacionalidades, acusados de subversão, que acabará atingindo a soma de 7 mil pessoas. Assim, vestiários acabaram virando salas de interrogatório ou celas tão superlotadas que não havia espaço para todos dormirem ao mesmo tempo.
Para 21 de novembro estava marcado o segundo jogo, no estádio, entre as seleções do Chile e da URSS pelas eliminatórias da Copa do Mundo que viria a realizar-se na Alemanha. Os chilenos precisavam de uma vitória. Ao mesmo tempo, era necessário mostrar ao mundo que o Chile voltara à normalidade. Assim, no dia em que representantes da FIFA fizeram uma vistoria do estádio, a maior parte dos presos foram trancafiados nos vestiários. Após examinarem o gramado, concluíram que a situação do estádio era tranquila. Aconteceu, porém, que a URSS de Brejnev ameaçou boicotar o jogo.
A milicada chilena, por precaução, convidou o Santos para substituir a Seleção Russa caso fosse necessário. Alguma partida deveria sair. Resultado: os jogadores do Chile entraram em campo sem adversário presente, deram alguns passes e fizeram aquele que é conhecido como o gol mais triste da história do Chile. Após isso, realizou-se a partida contra o Santos, sem Pelé: 5x0 para o time brasileiro.
Video pri la golo:
SIMON, Roberto. O Brasil contra a democracia. Piauí, Rio de Janeiro, jan. 2021, p. 16.
21 dezembro 2020
Melhores na tabela: Brasileirão, Premier League e La Liga | Gaúchos nas séries B/C/D
Brasileirão - Série A
1º - São Paulo (53 pts.)
2º - Flamengo (48)
3º - Atlético MG (46)
4º - Internacional (44)
Premier League
1º - Liverpool (31 pts.)
2º - Leicester City (27)
3º - Manchester United (26)
4º - Everton (26
La Liga
1º - Atlético Madrid (29 pts.)
2º - Real Madrid (29)
3º - Real Sociedad (26)
4º- Villarreal (25)
Gaúchos nas séries B/C/D:
Série B - Juventude (4º), Brasil (14º)
Série C - Ypiranga (4º - Grupo B)
Série D - Caxias (3º - Grupo A8), Pelotas (5º - Grupo A8)
15 dezembro 2020
Na tabela | Clubes gaúchos nas séries B/C/D
Juventude - 3º
Brasil - 13º
Série C
Ipiranga (Erexim) - 4º grupo B
Série D
Caxias - 3º grupo A8
Pelotas - 5º grupo A8
14 dezembro 2020
Os 4 melhores na tabela | Brasileirão, Premier League (inglês) e La Liga (espanhol)
1º - São Paulo
2º - Atlético-MG
3º - Flamengo
4º - Palmeiras
Premier Ligue
1º - Tottenham Hotspur
2º - Liverpool
3º - Leicester City
4º - Southhampt
La Liga
1º - Real Sociedad
2º - Atlético Madrid
3º - Real Madrid
4º - Villarreal
18 novembro 2020
Treinadores estrangeiros não se acertam com a mentalidade dos clubes brasileiros
Recentemente dois treinadores estrangeiros, Eduardo Coudet (Internacional) e Domènec Torrent (Flamengo) desligaram-se de seus respectivos clubes mesmo fazendo ótimas campanhas na Série A do Campeonato Brasileiro. O fato é, como bem salientou o cronista esportivo Leonardo Oliveira, em jornal local: "Não adianta importarmos ideias estrangeiras se pensarmos o futebol com cabeça nacional."
13 novembro 2020
Por que Gilberto Gil tornou-se gremista...
Estou assistindo pela HBO à série O Negro no Futebol Brasileiro, que também pode ser vista por inteiro no YouTube. A série, como não poderia deixar de ser, destaca o racismo e o preconceito sofridos ao longo das décadas por jogadores negros e pardos, a ponto de terem motivado a profissionalização do futebol no Brasil ter sido motivada, além de outras razões, para evitar-se o constrangimento de se ter negros no quadro social dos clubes, já que nos primórdios do amadorismo, os jogadores eram igualmente sócios dos clubes que eram fundados. Como atleta profissional, ganhando seu salário, passaram a serem apenas empregados das instituições... No episódio 2, além de jogadores veteranos e pesquisadores continuarem a falar sobre o assunto, Gilberto Gil também dá seu depoimento. Como nota engraçada, em meio à questão racial, o grande cantor e compositor da MPB conta que certa vez, encontrando-se em Porto Alegre, teve a oportunidade de assistir a um gre-nal, no qual o Grêmio ganhou por 1x0, gol marcado por num baiano. Um jornalista aproveitou a oportunidade para entrevistá-lo depois do jogo, ainda no estádio, e uma das perguntas foi sobre o motivo de Gil declarar-se gremista. Diga-se de passagem, o Grêmio, fundado por pessoas de origem alemã (1903), tem um expressivo passado de não admissão de jogadores de cor negra. Gil respondeu, após dar uma olhada para o céu bem azul ainda visível: Sou gremista porque o céu é azul, a lua é branco e eu sou preto... Uma referência bem-humorada às cores do Grêmio.
Torcedores de futebol já não são tão fiéis como antes...
Se dependesse de meu pai, eu seria gremista até hoje e meu irmão, colorado... Mas quando atingi a adolescência, eu mesmo, como bom leonino, escolhi meu clube para torcer, o Sport Club Internacional. Atualmente, porém, minhas preferências clubísticas recaem igualmente sobre o Liverpool Football Club e na Itália, alimento simpatias pelo Nápoles, ou seja, a Società Sportiva Calcio Napoli. Acompanho mais de perto as partidas do clube da cidade do Beatles principalmente pelo fato de que sou um admirador do futebol inglês e seu campeonato nacional que é considerado o melhor do mundo.
Surpreendente? Nem tanto. Sigo a tendência moderna em que a fidelidade a um único clube está virando coisa do passado, segundo artigo de tempos a atrás do excelente jornalista Nirlando Beirão, que infelizmente veio a falecer tempos depois. Sua matéria Réquiem para o torcedor fiel foi publicada em CartaCapital em sua edição de 16/jan/2019.
Segundo ele o fenômeno se deve à globalização do esporte graças a uma massiva exposição na TV de competições futebolísticas internacionais, principalmente as europeias, de qualidade visivelmente superior àquelas que ocorrem no Brasil. Nirlando menciona o pensamento de Alan Tapp, professor de marketing da British Business School: o amor ao time talvez não se modificou, mas a intensidade sim. Um exemplo para ilustrar o fato: a comunidade de torcedores brasileiros do Chelsea, clube londrino, no Facebook, seguida por quase 50 mil pessoas: https://www.facebook.com/ChelseaBrasil/
05 novembro 2020
Vasco da Gama, o clube que se opôs ao racismo no futebol 100 anos atrás
31 outubro 2020
FUTEBOL | Os últimos dias de Messi no Barcelona
A era de Messi como jogador do Barcelona muito provavelmente está chegando ao fim. Seu contrato com o clube catalão termina em 30 de junho de 2021 e ele já expressou publicamente seu desejo de não continuar servindo a tradicional camiseta com listras azuis e vermelhas do time. Em agosto passado pediu para sair, numa equivocada interpretação particular de seu contrato. O jogador entendia que poderia procurar outro clube logo ao final da temporada, o que não se efetivou. O clube afirmou que tinha respaldo jurídico para negar o pedido. Uma rescisão do contrato valeria uma multa de 700 milhões de euros e em razão disso Messi voltou atrás, até pelo fato de que um processo jurídico poderia levar meses para acabar.
O fato é que o jogador, que chegou ao Barça com a idade de 12 anos, vindo do Newell's Old Boys, está descontente com o clube que o projetou internacionalmente. O clube não vai bem em termos de gestão e isso se expressa em termos de decisões, como o gasto de milhões de euros em contratações de jogadores que não surtiram o resultado esperado, sem falar na perda de titulares como Puyol, Xavi, Alves e Iniesta e mais recentemente Luis Suárez.
Em 2021 talvez venhamos a ter Lionel Messi no Manchester City, algo que ele considera como uma das alternativas.
Referência:
PUNTI, Jordi. Adeus à espreita. Piauí, Rio de Janeiro/São Paulo, out. 2020, p. 90.
24 setembro 2020
E o Estadão deu o troco...
1973: a Seleção Brasileira faz uma série de amistosos, nada animadores, pelos campos europeus, com vistas à Copa na Alemanha no ano seguinte. Os jogadores se incomodam com os jornalistas e divulgam um manifesto afirmando que não mais darão entrevistas à imprensa nem prestarão qualquer informação. O jornal O Estado de S. Paulo dá o troco, passando a omitir o nome dos atletas em suas páginas. A escalação do Brasil para uma partidas contra a Escócia sai assim: "Goleiro do Palmeiras, lateral direito do Corinthians, zagueiro central do Palmeiras..."
21 julho 2020
Quem é melhor? Messi ou Maradona? Tostão responde
Em entrevista ao jornal Zero Hora em sua edição de fim de semana, o ex-jogador Tostão ao ser indagado sobre quem seria melhor, se Messi ou Maradona, respondeu que depende de como se analisa a questão. Para Tostão, Maradona fazia coisas espetaculares, um verdadeiro artista em campo, mais do que Messi. Mas acabou dizendo que optaria por Messi, pela sua regularidade em termos de qualidade genial. Há mais de ele vem jogando em altíssimo nível, fazendo gols e dando passes, argumentou.
18 julho 2020
Opinião: A volta precipitada do futebol
Marcada para quarta-feira 22 a volta do futebol com direito a um gre-nal em Caxias do Sul, na retomada do Campeonato Gaúcho em seus momentos derradeiros. A partida em Porto Alegre. de portões fechados, foi liberada pelo governador e vetada pelo prefeito da capital. O fato é que vivemos um momento de grande pressão para a volta do futebol, inclusive com a participação de público, ainda que de forma restrita e com cuidados especiais nestes tempos em que se ensaia um novo normal. Considero tudo muito prematuro. Em relação ao gre-nal, por exemplo, assim como outros jogos a serem programados, o fato é que mesmo sendo jogos de portão fechado, o fato é que estimularão acúmulo de pessoas em bares e até mesmo em residências particulares. Afinal, quem é que não gosta de reunir familiares e amigos para assistir a um jogo, ainda mais um clássico. Algo não aconselhável neste momento em que sequer se atingiu o pico da pandemia no país. E quando voltarem os jogos com presença de torcedores nos estádios? Todos de máscaras e observando um distanciamento de um, dois metros, um do outro? Pago pra ver? As pessoas vão resistir a um abraço no amigo ao seu lado na hora de um gol de seu time? Vão gritar xingando o árbitro mantendo a máscara, apenas para dar dois exemplos. Pois sim!