Recentemente dois treinadores estrangeiros, Eduardo Coudet (Internacional) e Domènec Torrent (Flamengo) desligaram-se de seus respectivos clubes mesmo fazendo ótimas campanhas na Série A do Campeonato Brasileiro. O fato é, como bem salientou o cronista esportivo Leonardo Oliveira, em jornal local: "Não adianta importarmos ideias estrangeiras se pensarmos o futebol com cabeça nacional."
Treinadores estrangeiros trazem na bagagem suas convicções sobre como treinar um time e dificilmente abrirão delas para se sujeitarem aos interesses imediatistas dos dirigentes de clubes, no bagunçado contexto do futebol profissional jogado no Brasil. Não aceitam a postura dos treinadores nacionais, que muitas vezes têm que renunciar às suas convicções de como treinar um time e prepará-lo para as competições, fazendo concessões para manter-se no cargo. A falta de autonomia é tão grande que treinadores da série A mantém-se em média seis meses no cargo, lembra o cronista, em meio ao contexto de um calendário irracional e o imediatismo que norteia a política dos clubes.
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