14 março 2022

O racismo afeta o desenvolvimento das crianças negras

 





De acordo com estudo da Universidade de Harvard, através de seu Núcleo Ciência para a Infância, "o estresse provocado pela discriminação racial 'pode ter um efeito significativo de desgaste no cérebro em desenvolvimento e em outros sistemas biológicos', o que provoca danos na aprendizagem, no comportamento, na saúde mental e física de meninos e meninas", alerta Luana Tolentino em artigo publicado recentemente no saite da revista CartaCapital.


Ela conta a experiência negativa que teve em seu primeiro dia de aula na antiga 1ª série do Ensino Fundamental. Quando chegou à nova escola, muito maior que a sua, de educação infantil, estava cheia de boas expectativas. Porém quando localizou a sala de aula destinada à sua turma, e entrou, viveu a experiência bastante perturbadora de ter sido chamada em voz alta de "macaca" por um de seus coleguinhas. Tinha consciência que o termo tinha a ver com sua cor de pele. Assustada, temia que ele acabasse agredindo-a fisicamente de uma forma ou de outra. Começava ali sua trajetória pessoal, não só no Ensino Fundamental, mas no Médio, de manifestações racistas por parte de seus colegas de escola. "Piadinhas, risos abafados, processos de exclusão relacionados à minha cor", exemplificou a articulista.


Tolentino afirma que sua autoestima foi bastante prejudicada, o que a levou a um complexo de inferioridade. A cartilha produzida pelo núcleo de estudos acima referido alerta para o fato de que tal problema afeta o desenvolvimento infantil de milhões de crianças negras, muitas vezes com sérias consequências futuras, como a existência de doenças crônicas na fase adulta.


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