07 março 2022

O bebê do Congresso

 





Na revista Piauí de fevereiro, uma pequena matéria na seção Esquina tendo como título O casal federal, que conta a história de Hugo, um bebê até então com sete meses de idade, filho de Glauber Braga, 39 anos e Sâmia Bonfim, 32 anos, ambos deputados federais pelo Psol - ele em quarto mandado pelo RJ e ela, em primeiro mandato, por SP.

Hugo tornou-se um assíduo frequentador do Congresso, pois está em fase de amamentação e a mãe não tem outra alternativa a não ser levá-lo junto para o trabalho. Débora Cruz, sua assessora na Câmara, auxilia-a nos cuidados com o bebê. Volta e meia ela é vista transitando com o carrinho da criança pelos corredores do Congresso. 

Dezembro passado, os dois tinham um projeto para relatar em uma reunião da Comissão de Educação da Câmara, já atrasados para uma consulta no pediatra. Solicitaram ao presidente da sessão uma inversão de pauta para que pudessem sair mais cedo, só que um deputado do Novo-MG não aceitou e mudança e os pais com o bebê chegaram atrasados à consulta.

Hugo ganhou esse nome por sugestão do pai, em homenagem ao ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, escolha que não era de muito agrado por parte da mãe. Ocorreu então que ela ficou sabendo Nahuel Moreno, revolucionário argentino que idealizou o morenismo, da mesma corrente socialista  da deputada, também se chamava Hugo... Seu nome virou uma dupla homenagem.

Em função de Hugo, os pais incorporaram à militância socialista questões ligadas à maternidade. Os dois são autores de um projeto de lei que cria o Estatuto da Parentalidade, que dá daria direito a seis meses de licença tanto para a mãe como para o pai.

Com alguns meses de vida, Hugo já andou de avião mais do que a grande maioria dos brasileiros. Está presente em reuniões de gabinete e naturalmente passa boa parte do tempo dormindo. Os pais o consideram um esquerdista de primeira. Segundo eles, o bebê chora quando vê um bolsonarista. "Da última vez, o Hugo estava no elevador, sorrindo, até que entrou uma figura simbólica da extrema direita. Foi só olhar para ela que ele começou a berrar: "Uááá!", contou a pai orgulhoso do rebento. "Na primeira vez você acha que é exagero de pai e mãe. Mas quando acontece de novo..."



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