Acabo de ler o livro Imperador Cidadão, do brazilianista Roderick J. Barman, sobre Dom Pedro 2º, depois de uma interrupção na leitura por um bom tempo. Pelo visto, ele tinha razão: para o imperador, o jovem país ainda era muito imaturo para a ideia de transformar-se numa república. As primeiras décadas do novo regime, fruto de um golpe militar, confirmou isso: a chamada República velha não disse a que veio. Aliás, o Brasil continua com suas imaturidades gritantes até hoje. Isso não quer dizer, porém, que eu tenha simpatias pelo monarquismo, para mim algo obsoleto há muito tempo.
Pelo visto, estudos de ordem espiritualista, seja de que corrente for, não implicam necessariamente a obtenção de uma consciência política. Conhecidíssimo divulgador da doutrina espírita, por exemplo, demonstrou isso recentemente, sem falar nos milhares de adeptos que muitas vezes enchem suas páginas no Facebook de mensagens edificantes e na hora do voto para presidente optaram por indivíduo cujo comportamento e atitudes de nenhum modo refletem o que Doutrina dos Espíritos prega, para dizer o mínimo.
Fala-se tanto no 11 de Setembro como o maior ato terrorista de história, algo devidamente propagandeado pela poderosa máquina de propaganda política do Império, o que inclui Hollywood. O que dizer então das duas bombas atômicas despejadas em Hiroshima e Nagasaki, numa situação inclusive de guerra vencida, que vitimou milhares de civis entre eles mulheres, idosos e crianças?
Leio na coluna de Aldo Fornazieri em CartaCapital que segundo pesquisa recente do Datafolha nível de confiança por parte da população em relação às instituições diminui cada vez mais. Nas pesquisas de setembro, o você-sabe-quem está com apenas 22% de aprovação. O Congresso, 13%, o STF, 25%, as Forças Armadas, com 76%, mas em declínio.
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