O cara que inventou a roda não tinha nenhuma consciência de que estava dando o pontapé inicial da Civilização. Esse sim é digno de estátua pública.
Esta civilização baseada na competitividade já deu o que tinha que dar. Prazo de validade vencido. As próximas décadas, penso eu, vão empurrar o homem para a necessidade de ajuda mútua para a sobrevivência. Isso dará as bases do amanhã: um civilização alicerçada na solidariedade entre os povos e não esse joguinho egoísta do quem pode mais.
No meu tempo, baile de máscaras era outra coisa.
Grande magazine da cidade anuncia sua automatização de atendimentos ao cliente em suas lojas. Isso significará menos empregos. Há quem aprove a ideia, já que apenas olha para o próprio umbigo.
Lido por aí: "O tipo mais desprezível de religioso é aquele que ameaça a gente com a ira do Senhor, como se Deus fosse jagunço pessoal dele."
E o aí o gaúcho velho, frequentador de CTGs, orgulhoso de sua vestimenta típica, olhou para seu lenço vermelho no pescoço, herança simbólica dos antigos maragatos (*) e pensou o seguinte: A la pucha, tchê, mas isso é coisa de comunista!
No programa #provoca (Cultura, dom., 20h), agora apresentado por Marcelo Tas, o navegador brasileiro Amyr Klink contou que tempos atrás foi acusado por um bozista de charlatão. Ora, ficar dizendo por aí que deu a volta ao mundo duas vezes! Afinal, a Terra é plana.
E como diria certo pastor: "Armai-vos uns aos outros."
Ser professor de português é passar a vida inteira corrigindo o derrepente.
O Capitalismo é cada vez mais uma máquina de moer esperanças.
Sartre disse que o inferno era os outros. E isso que não vivia na era do negacionismo mais imbecil.
As redes sociais precisam urgentemente de uma regulamentação séria e responsável, de combate sem tréguas contra as chamadas fake news. Já não basta a democracia ser solapada tradicionalmente pelo poder econômico, em última análise?
Nunca um ano passou tão depressa quanto 2021, pelo menos para mim. E olha que nestes tempos pandêmicos, de nenhum modo posso achar que minha vida de aposentado seja uma correria! Sim, porque é essa a explicação que muitos dão para a sensação de passagem mais rápida das horas e dias.
(*) Maragatos representavam uma corrente política que no RS insurgiu-se em armas contra o governo central, numa revolução contra os chimangos (1893), liderados pelo governador da província Júlio de Castilhos, aliado ao poder federal. O lenço vermelho no pescoço era o símbolo dos revolucionários.
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