Na contramão de tudo que se apregoa para enfrentar a crise climática já iniciada, projeta-se a criação de uma mina de carvão a céu aberto, em uma área de 4 mil quilômetros entre os munícipios de Eldorado do Sul e Charqueada, às margens do rio Jacuí, a 12 km de Porto Alegre e de sério impacto ecológico para a região. A ideia é a extração de 166 milhões de toneladas de carvão em duas décadas, criando um "lixão químico" segundo o geólogo Rualdo Menegat em função de metais pesados, altamente tóxicos. Na lisa, mercúrio, cádmio, chumbo e arsênio.
"Oito associações médicas já alertaram sobre os danos à saúde humana, pois até a poeira é tóxica e contém metais pesados. O médico Paulo Wageck fez o cálculo: em 20 anos de vida, as explosões contaminantes equivalerão a duas bombas atômicas de Hiroshima", conforme lembrou o jornalista Flávio de Tavares em sua coluna de jornal recentemente. (vide fontes).
A mina, se instalada, prejudicará seriamente as lavouras de arroz da região e os detritos da mina irão parar no rio Jacuí, desencadeando um processo de poluição que atingirá o lençol freático que chega ao delta que forma o lago Guaíba, fonte natural de água potável para cidades à sua margem: Porto Alegre, Eldorado do Sul, Guaíba, Barra do Ribeiro e Viamão. O lago corre o risco de transformar-se numa verdadeira cloaca tóxica.
Fontes |
Novas Façanhas, artigo do jornalista Flávio Tavares para sua coluna de jornal publicada em Zero Hora de 18-19/set/2020.
Mais |
Pampa gaúcho | Ameaça de extinção
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