Como se não bastassem as ameaças de sobrevivência da floresta amazônica, as queimadas do Pantanal e outras tantas calamidades em termos ecológicos por este país afora, em nome de um sistema econômico depredador da Natureza, temos a situação cada vez mais crítica do Pampa gaúcho, conforme alertou Julia Dantas, escritora, em sua última coluna quinzenal no jornal Zero Hora de Porto Alegre.
Como dados coletados pelo Inpe em 2016, o Pampa já perdeu mais da metade de sua área, sendo que o ritmo de destruição, tal como o da Amazônia, é a cada vez maior. Embora ocupe apenas 2% do território brasileiro, proporcionalmente falando ele apresenta a maior biodiversidade país, salienta Julia, sendo que num único metro quadrado de campo nativo pode haver 57% espécies diferentes de plantas.
Suas áreas destruídas atendem aos interesses ligados ao setor agrícola, leia-se monocultura da soja, que muitas vezes não respeita áreas protegidas por lei, sem falar na criação de florestas de eucalipto e pinus bem como de projetos de mineração, que resultam em forte agressão ao bioma, que, vale lembrar, abriga o aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do planeta. Uma situação catastrófica ainda mais levando-se em conta que apenas 5% das transgressões legais em relação ao uso da terra resultam em multa ou embargo no país da impunidade.
Fonte |
"Lembremos do Pampa", artigo de Julia Dantas publicado no caderno Doc, em Zero Hora de 26-27 de junho de 2020
Mais |
https://cesardorneles4.blogspot.com/2021/06/amazonia-o-mercurio-do-garimpo-esta.html
Imagem |
Fernando Barcellos, Public domain, via Wikimedia Commons
Afemaria, judiaçãooo!
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