Acompanho pela revista Piauí sua série sobre Amazônia, com longas matérias sobe os riscos em relação à própria sobrevivência da grande floresta. Na edição de dezembro, um dos entrevistados é Simon Levin, diretor do Centro de Biocomplexidade do Instituto Ambiental de Princeton, em Nova Jersey. "Do ponto de vista da compreensão, os ecossistemas tropicais representam um desafio comparável ao entendimento do universo. A complexidade da floresta é infinita" - afirma ele.
Em outras palavras, rola um complexo sistema de interdependência que o leigo sequer pode imaginar. A ecóloga Joice Nunes Ferreira chama a atenção para o fato de que a floresta vive de si mesma, em função da pobreza do solo. Vive da serrapilheira, ou seja, "a camada formada pela deposição de restos de plantas e acúmulo de material orgânico vivo em diferentes estágios de decomposição que reveste superficialmente o solo", no caso (Vikipédia).
Assim, problemas relacionados com incêndios, além da seca, causam um dono terrível. "O fogo produz uma quebra de ciclo: reduz a presença de mamíferos, o que reduz as fezes, o que reduz os besouros, o que reduz a mistura de nutrientes do solo", alerta o responsável pela matéria. Extinção em cascata, no linguajar dos ecologistas. Uma tragédia só.
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