30 junho 2022

AMAZÔNIA entregue ao crime | Realidade brutal | Menos carne, mais floresta | Estilo de vida europeu | Duelo nas alturas | Piolhos reais

 



Amazônia


HORRORES | A Amazônia

entregue ao crime

Reportagem de capa da edição de CartaCapital de 22/jun último trata da criminalidade livre e solta, cada vez maior, que campeia na Amazônia. A autora da matéria, Fabíola Mendonça, ilustra como exemplo o Vale do Javari, terra indígena localizada no oeste do estado de Amazonas que atualmente se encontra cada vez mais sob o domínio da criminalidade. Vejamos um trecho:

"Aiala Colares, professor da Universidade do Pará e pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destaca a existência de uma rede criminosa transnacional, conectando grupos locais, geralmente pescadores e caçadores ilegais, que se assomam a grandes facções criminosas como o Comando Vermelho e o PCC, e com grupos peruanos e colombianos que vivem nos dois países que fazem fronteira com o Vale do Javari."

Assim, o tráfico internacional  de drogas, armas, animais e pessoas ocorre livremente e os povos indígenas da região estão à mercê da bandidagem, sem nenhuma política pública de proteção e enfrentamento do gravíssimo problema, que inclui a defesa da soberania nacional, em última análise. É bom lembrar que a Amazônia também pertence à humanidade, conforme o Princípio 2 da Declaração do Rio (1992), "que estabelece o direito soberano aos recursos naturais desde que seu uso seja responsável e não venha a afetar direitos internacionalmente estabelecidos", conforme lembra outra matéria da publicação, sobre o assunto.


ESTATÍSTICAS |  Realidade brutal

Segundo levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, 58% da população convive com algum grau de insegurança alimentar. (...) Em 2021, o País registrou mais de 56 mil estupros, um a cada dez minutos. (...) Da mesma forma, foram registrados 1.319 casos de feminicídio no Brasil, um a cada sete horas. 

> Ana Paula Gussen, em Mulheres na mira, matéria em CartaCapital de 22/jun/22 


ECOLOGIA | Menos consumo de carne:

a floresta agradece


Aqui na Alemanha, a carne é como as armas nos EUA: ninguém quer saber de mexer no assunto. Eu sou vegetariano, mas não vejo problema nenhum no fato de as pessoas quererem comer carne. O problema é a quantidade, e também o fato de querermos criticar o desmatamento em países como o Brasil quando continuamos a consumir essa quantidade. Vamos ter de que escolher: mais floresta ou mais carne.

> Peter Vohlleben, em seu livro A Sabedoria Secreta da Natureza


VIVÊNCIAS | O que mais me encanta
na Europa

Também acho uma beleza a Torre Eiffel, o Big Ben e a Fontana de Trevi, mas o que mais me encanta na Europa não são as  atrações turísticas, e sim o estilo de vida. Lá o transporte público é levado a sério, carro não é símbolo de status. Como os prédios antigos não têm garagem, a população procura se locomover de bicicleta, ônibus e metrô, nos casos em que não dá para ir a pé. As mulheres não são julgadas pelas suas rugas e estado civil. (...) A nudez não escandaliza. Nas praias, o topless é considerado uma atitude naturalista, e até nos parques o pessoal tira a roupa sem constrangimento, é uma saudação ao sol. (...) O corpo despido nem sempre está associado ao sexo, denudar-se em público tem nada de erótico. Está tudo certo, ninguém agride, ninguém reprime.

Martha Medeiros, em sua crônica Passagem para outro país, em Zero Hora de 25-26/jun/22


CURIOSIDADES | Duelo
nas alturas

Em 1808 dois franceses resolveram duelar pelo amor de uma mulher, coisa que pelo visto saiu de moda. Mas enfim, até aí, nada demais, a não ser o local da demonstração de hombridade: um balão. Já com os dois nas alturas, um dos balões furou por causa do tiroteio, perdeu altitude e seu ocupante morreu na queda. 

Piolhos reais


Ainda em 1808, a família real portuguesa fugiu às pressas para o Brasil para não cair nas mãos das tropas napoleônicas. Antes do desembarque na Cidade Maravilhosa, a mulherada a bordo teve que raspar a cabeça em função de piolhos! A solução foi usar um turbante na cabeça, as cariocas acharam que era a última moda europeia e aderiram.

> Fonte: Revista Mundo Estranho, de out/17



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