"Minha mãe supervisionava minha reza antes de dormir: eu devia saber rezar em espanhol, porque as orações em inglês podiam ser heréticas e vai saber se eram entendidas no céu."
Por que em inglês? Por que sua preceptora era supostamente inglesa, contratada pelo seu pai e vindo diretamente de Londres...
Mas enfim, Violeta, nome da protagonista, nasce em 1920 e só vem a falecer em 2020, um século depois. Sua vida transcorre em meio à Gripe Espanhola, à Grande Depressão, na qual seu pai perde toda sua fortuna, bem como outros acontecimentos históricos como as duas Grandes Guerras, além de outros tantos, até chegar à Pandemia do Covid-19, sem falar em seus encantos e desencantos amorosos, bem como seu processo de conscientização política, na qual o golpe de Pinochet (sem referência ao nome) terá um papel importante, e fará com que ela se engaje na luta pelos direitos das mulheres ao mesmo tempo em que sofre com a perseguição sofrida por um de seus filhos por parte de um regime militar perfeitamente identificado pelo leitor.
IDEIAS | "Macaco", não!
Na revista Piauí de junho, um artigo sob a forma de carta do ex-jogador Mario Aranha endereçada ao jogador corinthiano Rafael Ramos, que sofreu recentemente um ato de racismo por parte de um jogador do Internacional, em jogo no Beira-Rio.
Aranha, ao longo de sua carreira, também foi vítima de atitudes racistas. Vale lembrar o lamentável episódio envolvendo a torcida do Grêmio, em disputa pela Copa do Brasil de 2014. Teve que ouvir gritos de "preto fedido" e "macaco". O STJD - Supremo Tribunal de Justiça Desportivo, como punição, excluiu o clube da Copa do Brasil, decisão que acabou sendo revogada, graças ao famoso jeitinho brasileiro, neste país em que a impunidade rola solta.
Num dado momento, narra o que aconteceu com ele numa ocasião, durante uma viagem de avião:
"Quando jogava pelo Santos, peguei um voo comercial. Durante a viagem, uma passageira branca perguntou para um segurança negro do clube: 'Aquele é o goleiro Aranha?' O segurança confirmou. A passageira logo emendou com uma observação surreal: 'Não sei por que o cara reclamou tanto dos torcedores que o chamaram de macaco. Um bicho tão simpático, tão fofinho..." Sem elevar a voz, o segurança retrucou: 'A senhora gostaria que a chamassem de vaca ou de galinha? Também são bichos simpáticos, fofinhos...'"
Enfim, está na hora de o brasileiro começar a deixar de lado os velhos mitos de "democracia racial", "povo fraterno" e ter a coragem de assumir suas sombras de frente e buscar a cura, sem subterfúgios, naturalmente que num longo processo de conscientização. Enfim, amadurecer como povo e dar efetivamente sua contribuição na construção de um mundo melhor.
IMIGRAÇÃO | Ucranianos
no Brasil
O Brasil abriga a maior comunidade ucraniana na América Latina, cerca de 500 mil a 600 mil pessoas. A maioria está no Paraná. No Estado [RS], boa parte vive em Canoas. São cerca de 50 famílias. (...) [No RS] há ucranianos em Ivoti, Porto Alegre, em Canoas [segundo entrevistada para uma reportagem de jornal]. (Zero Hora)
Imagem | Parque Ucraniano: fotografo Jean Servais Henri Colemonts, CC BY-SA 3.0 <http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/>, através da wiki Wikimedia Commons
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CEM IDEIAS | Rio 40 graus/ Ideias/ O blefador da República/ Loiras de cabelo escorrido/ Imposto sobre a barba/ Kilt
https://cesardorneles4.blogspot.com/2022/06/cem-ideias-rio-40-graus-ideias-o.html
Sempre na vida vamos sofrer uma forma de preconceito por ser negro, pobre ou por ter ideias diferentes dos outro por educação, por ser politizado ou não vejo que a nossa evolução ainda está muito primária.
ResponderExcluirMas que consigamos crescer.
Exato.
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