20 junho 2022

1889: a imprensa republicana/ "Macaco", não! (2)/ Deu no Twitter/ Do dicionário de Porto-Alegrês/ Humor: leis básicas da Ciência

 





HISTÓRIA | Dias finais do Império,
dias iniciais da República (5)

Em 1889 havia no país quase 250 clubes republicanos, 204 deles no Sul e no Sudeste. 74 jornais pregavam o fim do regime monárquico, com destaque para a Gazeta de Notícias, o Diário de Notícias, o qual tinha Rui Barbosa como colaborador, e O País. Nos pasquins e publicações satíricas, Pedro 2º era chamado de Pedro Banana e Pedro Caju. Tempos sem censura, o que se devia à maneira de pensar do Imperador. Com o advento da República, no dia 16 de novembro de 1889, o jornal A Federação, de Porto Alegre, órgão do Partido Republicano Rio-Grandense, não deixou por menos:
"A República está proclamada! A unidade da Pátria está salva! Tudo em plena paz. Eis a eterna glória, a glória sem egual d'este grande povo, que assim realisa o solemne e commovente espectáculo, nunca d'antes presenciado, de operar em seu systema de governo uma profunda revolução, incruenta, sem effusão de sangue, immaculada, em meio do mais expontaneo regozijo nacional. Exemplo único em toda a história, este que offerece a nossa amada Pátria."

Iniciava assim a chamada República Velha - quarenta anos de descalabros de toda ordem. Um episódio que não deixa de ter seu lado curioso: a população da antiga Desterro, capital de Santa Catarina, era predominante monarquista, contrária à República. No mandato de Floriano Peixoto (1839-1895), a cidade fazia forte oposição ao seu governo, marcadamente de traços ditatoriais. O que fez Floriano? Acionou o Exército para acabar com isso, o que resultou no fuzilamento de 300 habitantes da cidade. Além do mais, Desterro viu-se forçada a mudar de nome. Como castigo, iria ironicamente passar a se chamar Florianópolis, designação até hoje contestada pelos que propugnam a volta do antigo nome.


Fontes | 1889, de Laurentino Gomes

O Longo Amanhecer do Sul, O. Soria Machado

Wikipédia - Florianópolis: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Florian%C3%B3polis






RACISMO | "Macaco", não! (2)

Costumo dizer que não tenho nada contra os brancos. Minha desavença é com os racistas. Ou melhor: com o racismo que está impregnado em nossa sociedade e se manifesta nas situações mais comuns. Nem sempre as pessoas que expressam preconceito desejam realmente discriminar. Muitas vezes, agem por impulso, sem perceber a imensa dor que causam. Chamar negros de macacos pode não parecer tão ofensivo para um branco. Há quem ache que o xingamento é uma brincadeira. Estão redondamente enganados. Nenhum branco faz ideia do que os negros sentem quando são desumanizados.
Mario Aranha, ex-jogador de futebol, atualmente atuando em um cargo administrativo no Mogi Mirim, clube paulista da quarta divisão. Abandonou as chuteiras há quatro anos.


IMPERIALISMO | Deu no Twitter




Relatório norte-americano de maio de 2022 afirma que a segurança alimentar da China é uma ameaça à segurança dos EUA. Impressionante. Nem disfarçam mais... Fernando Horta, historiador. @FernandoHortaOf


LÍNGUA | Do dicionário
de Porto-Alegrês




Dsê-bobo - A pronúncia real de "Deixa de ser bobo": Dsê-bobo, guri!

Guri que deu bom! - Pode haver elogio maior do que esse para um cara já adulto?

Patente = vaso sanitário. Termo usado apenas em contextos mais informais...

Pé-na-bunda = Expressão não muito delicada para designar o ato de ser mandado embora, dispensado do emprego: Tanto aprontou que acabou levando um pé-na-bunda da guria.

Fonte | Dicionário de Porto-Alegrês, de Luís Augusto Fischer, professor de Literatura da UFRGS e escritor



HUMOR | Leis básicas
da ciência moderna

- Se mexer, pertence à Biologia.
- Se feder, pertence à Química.
- Se não funciona, pertence à Física.
- Se ninguém entende, é Matemática.
- Se não faz sentido, é Economia ou Psicologia.
- Se mexer, feder, não funcionar, ninguém entender e não fizer sentido é Informática.

Autor não identificado


Mais |

CEM IDEIAS | Isabel Allende: "Violeta"/ Mario Aranha, Rafael Ramos: racismo no futebol/ Ucranianos no Brasil: onde vivem?


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