Minhas ideias regadas a vinho (16) | O Brasil nas Olimpíadas/ A lista telefônica/ A menina caingangue etc. e tal

 

Chegou agosto, mês de meu aniversário. Quantos anos? 60, pra arredondar.

Fico me perguntando como será o mundo pós-Olimpíadas?... Mas enfim, nunca curti tanto uma olimpíada como essa, apesar da ausência de público para dar mais brilho ao maior espetáculo esportivo do Planeta. O Brasil conquistou um inédito e honroso 12º lugar, com 7 medalhas de ouro, 6 de prata e 8 de bronze, batendo seu próprio recorde em número de premiações. Pelo próprio tamanho da população e pela diversificação de modalidades esportivas praticadas no país, tem tudo para firmar-se mais adiante como a segunda potência olímpica do continente americano, apesar dos sérios obstáculos como falta de um maior incentivo de caráter público e privado. A bela iniciativa de criação do Bolsa Atleta foi abortada pelo desgoverno atual: em 2018, um corte pela metade em termos de verbos, em 2020 sua extinção pura e simplesmente. Mas enfim, tudo se insere dentro do quadro de sérias limitações morais por parte da classe política, que em geral representa os interesses de uma das mais egoístas elites econômicas do mundo.

Número de pessoas que gozam de foro privilegiado: EUA (9), Alemanha (1), Portugal (3). Adivinhe quem é o país com 58.660?

O fenômeno das fake-news é tão velho quanto o mundo. Já no Paraíso, a serpente foi a primeira a se valer do expediente. 

H2O é a fórmula da água. Para os negacionistas, isso é apenas uma questão de opinião.

Nestes tempos de saudosismo em relação ao voto impresso, sou a favor da volta da lista telefônica. Só assim algumas pessoas vão voltar a ler alguma coisa.

Uma menina caingangue de 14 anos foi barbaramente violentada e teve seu corpo dilacerado da cintura para baixo no noroeste do Rio Grande do Sul. Fosse uma adolescente branca, de classe média, como foi observado por alguém, o fato teria causado uma comoção geral na sociedade e fartamente noticiado pela mídia. Mas como se tratava "apenas" de uma indiazinha, indiferença quase que total...

Uma coisa engraçada é o sentido pejorativo que se dá ao verbo politizar: "politizar a greve", por exemplo, como se ela por si só não fosse um ato de natureza política. Está na hora dessa massa de ignorantes de direita e ultradireita comprar um dicionário e examinar detidamente o significado da palavra política. 

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