"a forma perfeita é a masculina, a feminina é imperfeita. O filho é tanto mais perfeito quanto mais se pareça com o pai."
Para Agostinho de Hipona (354-430 d.C), a mulher "é impura por natureza". Foi ela a causadora da queda no Paraíso e dela provém o pecado. Mais tarde, de acordo com o padre português Antônio Vieira (1608-1697), que também atuou com destaque no Brasil, a mulher tinha uma natureza que a levava a inclinar-se ao mal. Deveria permanecer em casa, porque na rua poderia levar o homem à tentação, constituindo-se, diga-se de passagem, numa ideia cristã totalmente contrária aos ensinamentos e posturas do Mestre Nazareno perante as mulheres.
Na obra Mundo Greco-Romano: arte, mitologia e sociedade, organizado por Moacyr Flores, de onde obtive dados para esta postagem, assim como a anterior, sobre a mulher romana, a historiadora Hilda Agnes Hübner Flores menciona, justamente discorrendo sobre O helenismo e a mulher, além de desenvolver em artigo a questão da mulher tanto na Grécia Antiga quanto em Roma, cita um exemplo entre nós de um fato ocorrido em 1901: o jornal Corimbo, da cidade de Rio Grande, reproduziu o artigo Original Contrato de Casamento, baseado nas ideias positivistas que iriam dominar o meio político gaúcho por décadas, composto de 24 itens, sendo que um deles fala sobre a total obediência que a noiva deve ao seu futuro esposo, um pré-requisito para que o casamento efetivamente venha a se concretizar...
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