21 fevereiro 2022

TELEGRAM, paraíso de fake-news, poderá ser bloqueado no Brasil

 





Na terça-feira 15/fev o TSE - Tribunal Superior Eleitoral assinou acordo com Google, Instagram, WhatsApp, Facebook, TikTok, Twitter e Kwai, que se comprometeram com uma ação mais enérgica contra a disseminação de notícias falsas em suas plataformas neste ano eleitoral. Já o Telegram, aplicativo de mensagens instantâneas baseado em nuvem, com chats e canais, não possui endereço nem representação jurídica no País e se recusa sistematicamente a tentativas de diálogo com o TSE, que estuda a possibilidade de suspender o aplicativo no Brasil.

Nos últimos tempos, virou uma espécie de paraíso de transmissão de mensagens por parte dos bolsonaristas e o próprio presidente mantém um canal com quase 1,1 milhão de inscritos. Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), explicou em reportagem publicada pelo jornal Zero Hora, de Porto Alegre, com data de 19-20/fev, que o Telegram "foi desenhado para não responder a regulações estatais nem entregar dados à Justiça", defendendo uma total liberdade de expressão.



A matéria em questão também reproduziu uma entrevista com Avelino Zorzo, professor e coordenador do grupo de segurança de informação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e membro da comissão especial de segurança da Sociedade Brasileira de Computação, além da participação de Cleyton Salomé, CEO da Sidkron, empresa especializada em segurança da informação.

Informou os entrevistados que o Telegram permite a criação de grupos com até 200 mil pessoas (apenas 256 no Whatsapp) e canais com número ilimitado de inscritos. No mundo, conta com 550 milhões de inscritos, dentre eles 50 milhões somente no Brasil. Há previsões de que ele possa atingir a marca de 1 bilhão ainda neste ano. Cada detentor de canal pode postar mensagens ou promover transmissões ao vivo para um número ilimitado de pessoas e detém a possibilidade de disparar mensagens em massa para participantes de outros grupos.





Cerca de 10 países, diz a reportagem, "já tomaram medidas para restringir o uso do Telegram ou bloquear o aplicativo por completo", como é o caso da Alemanha, que teve problemas com canais desinformativos relacionados com a pandemia ou discursos de ódio e incitação. O aplicativo é proibido na China, Bahrein e Irã, já foi bloqueado por mais de dois anos na Rússia. Em países como Índia, Indonésia, Cuba e Tailândia esteve bloqueado e liberado, mas com restrições. De acordo com Cleyton, "mesmo que consigam bloquear o Telegram aqui no Brasil, dá para utilizá-lo via VPN (Virtual Private Network - Rede Privada Virtual), disponibilizada por empresas.


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Um comentário:

  1. Neste país onde só a mentira importa para os 'cultos', esse telegram faz milagres! Caráter e dignidade desses 'políticos' é manga de colete...

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