15 fevereiro 2022

ARMAZÉM DORNELES | "Os Bruddenbrook," de Thomas Mann/ Lula sobre Alckmin/ A língua basca etc. e tal

 



Secos & Molhados


Os Buddenbrook

Acabei ontem de reler Os Buddenbrook (1901), o primeiro romance que o alemão Thomas Mann escreveu quando tinha 25 anos de idade. Notável! Mann é mais conhecido entre nós por ter escrito A Montanha Mágica. De qualquer forma, pelo menos em seu país, Os Bruden... é o mais popular de seus romances, segundo posfácio da edição que li, da Companhia das Letras. Foi mais uma releitura que fiz nos últimos tempos (a primeira foi Dom Casmurro). Tempos atrás já tinha começado a relê-lo, mas desisti logo nas primeiras páginas. Desta vez, devorei o livro. Interessar-se por uma leitura depende de muitos fatores, inclusive nosso estado de espírito no momento, outros interesses de leituras mais urgentes et coetera. Mas enfim, Os Buddenbrook narra a vida e peripécias de quatro gerações de uma abastada família de comerciantes de trigo, com o enfoque maior no processo de paulatina decadência da empresa da família, que não soube se adaptar a novos arranjos do capitalismo crescente no séc. 19. O romance termina com a morte do último herdeiro, um adolescente filho único de saúde frágil desde sempre.

Chamariam a atenção dos espíritas, em particular, um fato curioso que aconteceu com a matriarca da família, a consulesa Elisabeth Kröger Buddenbrook, já sem seu leito de morte. Em seus estertores, ela visualiza parentes já falecidos, principalmente o marido, e diz aos familiares presentes no quarto que "eles" vieram buscá-la. Sorriu e em seguida vai a óbito. 


Minhas ideias regadas a vinho



No Brasil chama-se de regional tudo aquilo que não estiver relacionado com São Paulo e Rio de Janeiro, como não se tratassem igualmente de regiões deste país-continente. Jorge Amado e Erico Verissimo eram escritores de literatura regional, Machado de Assis não. Um professor meu de literatura, séculos atrás, já chamava a atenção para isso.


Gaia, pelo visto, vai pôr o homem em seu devido lugar.


Ter ou ser? Faça sua escolha nestes tempos de transição planetária.


Lula, caso eleito e empossado, o que é o mais importante, terá um saco de batatas quentes nas mãos. Poderá fazer alguma coisa para que o Brasil volte a sonhar. De qualquer forma, é sempre bom lembrar que o verdadeiro Salvador da Pátria é um povo que desperta para mais seriedade e espírito de grupo. Vai demorar.


Deu no Twitter


Falta eu me definir como candidato e Alckmin escolher partido. Se o Alckmin como meu vice me ajudar a governar, não vejo nenhum problema dele ser meu vice. As divergências serão colocadas de lado, porque o desafio, mais que ganhar, é consertar o Brasil. (Lula)


Mundo Curioso



"Es ist mir Wurst!" = "Pra mim é linguiça!" em alemão, ou seja, "pra mim tanto faz!", "não dou a mínima!", "não tô nem aí!".



Segundo pesquisadores britânicos, o basco, falado numa região entre a França e a Espanha, é a língua mais difícil do mundo para aprender. Além da estrutura em si, seu vocabulário sofre constantes variações em função do acréscimo de afixos.


O distinto leitor ou a querida leitora (estou imitando o Karnal) por acaso sabe a origem da expressão "de meia tigela"? Não? Pois então vamos aos devidos esclarecimentos. Na monarquia portuguesa, os funcionários da corte eram alimentados de acordo com o grau de importância da função que exerciam. Os mais graduados ganhavam uma tigela inteira de comida na hora do almoço. Os menos graduados, meia tigela. Nada mais justo...


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Ainda esta semana em Cem Ideias |

16/fev - 4ª-feira: Das 100 músicas de que gosto mais
17/fev - 5ª-feira:  Cabeças Pensantes
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