13 maio 2021

Nazismo | O segregacionismo racial foi inspirado nas leis norte-americanas

 



Na revista Piauí de abril, uma reportagem tendo como título Os nazistas e a aceleração das castas, Isabel Wilkerson mostra como a legislação norte-americana influenciou o III Reich (1933-1945). Em 5 de junho de 1934, um comitê nazista reuniu-se para debater o arcabouço jurídico do novo regime implantado na Alemanha e na pauta constava a discussão sobre como outros países protegiam sua pureza racial. Nesse sentido, as leis de segregação racial norte-americanas, na época em vigor, ganharam destaques, principalmente quanto à imigração e casamentos inter-raciais.

Por ocasião da I Guerra Mundial, conta a reportagem, a Sociedade Alemã da Higiene Racial teceu elogios à "dedicação com que os norte-americanos patrocinam pesquisas no campo da higiene racial e transpõem o conhecimento teórico para a prática". O movimento eugenista nos EUA estava em moda e figuras conhecidas como o inventor Alexander Graham Bell e o magnata da indústria automobilística Henry Ford estavam entre seus principais seguidores.

Hitler era um admirador dos EUA e elogiava o genocídio dos indígenas norte-americanos e a criação de reservas para aqueles que sobreviveram. Deu no que deu. Ironicamente, apesar dos elogios às leis de segregação racial estadunidenses, os nazistas consideravam como exageradas os rigores em relação da classificação das pessoas no quesito ser ou não ser negro, segundo James Q. Whitman, citado na matéria, historiador de direito da Universidade Yale.

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