18 fevereiro 2021

De meu diário íntimo... (5) | Eu e o Golpe de 1964




Em 15 de novembro de 1963 meu pai registra que fui acometido de caxumba. Duas semanas depois, foi a vez de meu irmão Édison, com seis anos e meio. Eu tinha nove.

Em 13 de dezembro, escrevo sobre os resultados finais na escola: Passei para o 3º ano B. Meu aproveitamento foi ótimo, média geral 92. Tirei o 1º lugar nos exames. Solange [filha de um vizinho] passou para o 2º ano primário. O prefeito de Pôrto Alegre agora é Sereno Chaise.

Lembro que por ocasião da entrega dos boletins ao final do ano letivo, os alunos, perfilados no pátio da escola, diante do pavilhão principal, aguardavam serem chamados para receber o seu. Uma professora chamava os alunos, primeiramente os que tinham alcançado médias finais mais altas, do 1º ao 5º, se não me engano... De minha turma, sempre fui o 1º da classe, pelo menos até o 4º ano.


Estudava no então Grupo Escolar Desidério Finamor, no bairro Agronomia, zona leste de Porto Alegre. O bairro tem esse nome em função da Faculdade de Agronomia da UFRGS. Como já escrevi em outra postagem, morávamos no Morro Santana, no então Curso de Iniciação Agrícola, que posteriormente recebeu a designação de Colégio Agrícola Senador Pinheiro Machado. Muitos funcionários, como meu pai, tinham uma casa à disposição para morarem com suas famílias. No nosso caso, éramos cinco pessoas: meu pai Edmar, minha mãe Zélia, eu, meu irmão Édison e uma jovem chamada Ceci, que tinha sido criada por minha avó materna, em Alegrete, e que agora residia conosco em Porto Alegre.

Em 18 de maio escrevo no diário que o prefeito de Porto Alegre chamava-se Célio Marques Fernandes (interventor, ao que parece). O presidente deste Paíz é o general Humberto de Alencar Castelo Branco. - informo...


Mais em: https://cesardorneles4.blogspot.com/2021/02/de-meu-diario-intimo-4-minha.html



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