Reportagem da revista Superinteressante de janeiro dá conta que existem quase 400 campos de concentração na China, chamados oficialmente de "campos de reeducação", nos quais são alojados os uigures, povo muçulmano que vive em vários países asiáticos, principalmente na região autônoma de Xinjiang, no noroeste do país. Neles, as pessoas são torturadas, obrigadas a trabalhos forçados, sofrem de lavagem cerebral e são submetidas inclusive a experiências médicas.
Os uigures estabeleceram-se há milhares de anos na Ásia Central, criaram poderosas cidades-estado entre os séculos 9 e11, converteram-se ao islamismo e começaram cair sob o domínio chinês a partir do séc. 17. Promoveram rebeliões contra a situação em 2009 e 2014, o que motivou a criação por parte do governo chinês dos tais campos.
Relatório divulgado pelo antropólogo alemão Adrian Zenz, presidente de uma ONG holandesa de ajuda aos uigures, as duas maiores cidades da região de Xinjiang estão sofreram uma violenta queda de 84% da população nos últimos anos em função de colocação forçada DIU, abortos forçados e cirurgias de esterilização nas mulheres.
Em outubro de 2020, um grupo de 39 países liderados pela Alemanha, apresentaram um protesto na ONU conclamando a China a respeitarem "os direitos humanos, particularmente os direitos de pessoas pertencentes a minorias religiosas e étnicas, especialmente em Xinjiang e no Tibete".
Referência:
CORDEIRO, Tiago; GARATTONI, Bruno. Campos de concentração na China. Superinteressante, São Paulo, jan. 2021, p.36.
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