02 setembro 2020

Nheengatu: uma espécie de esperanto no Brasil Colonial



Calcula-se que havia algo em torno de 8 milhões de indígenas vivendo no Brasil nos primeiros tempos da Era Colonial. Os registros falam em dezenas de idiomas e dialetos falados pelos índios na época, todos relacionados com a família linguística tupi-guarani e em consequência disso, tinham vários elementos em comum. Nos séculos 16 e 17, os estudos promovidos pelos jesuítas sobre essa línguas resultaram numa língua geral, uma espécie de esperanto da época, que tinha a estrutura do português como referencial, com um léxico que recebia ainda termos portugueses e espanhóis. Nascia o nheengatu, que em tupi quer dizer língua boa

Dessa língua o português brasileiro herdou mais de de 10 mil palavras, além de influências de ordem fonética, como a pronúncia de vogais mais nítidas. No século 18, porém, a Coroa Portuguesa determinou a proibição de seu uso, em favor do português. Todavia, ainda é falado na região do vale do rio Negro, no Amazonas. Mais sobre o nheengatu pode ser visto em https://pt.wikipedia.org/wiki/Nheengatu.

Referência:
FREITAS, Ana. Nheengatu: a língua (não tão) perdida comum dos índios, dos escravos e dos jesuítas. Disponível em: https://pt.babbel.com/pt/magazine/nheengatu-a-lingua-nao-tao-perdida-comum-dos-indios-dos-escravos-e-dos-jesuitas?fbclid=IwAR1sVmLcuqsIkdLW_yZbwUccBYdI1sJRFlHXukvFc_0qsr3rm1B0m0dqd4U. Acesso: 02.09.2020.

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