03 agosto 2020

A decadência das artes numa civilização em colapso



De Mário Vargas Llosa, numa entrevista que li no El País tempos atrás: 

A cultura em que nos movemos tornou-se algo frívolo e banal até converter-se em alguns casos num pálido arremedo do que nossos pais e avós entendiam por essa palavra. (...) Tal transformação significa uma crescente deterioração que nos adiciona a uma crescente confusão do qual um mundo sem estética poderia resultar, a curto ou a longo prazo, no qual as artes e as letras - as humanidades - teriam se tornado pouco mais que formas secundárias de entretenimento.

A propóstico, Paulo Leônidas, arquiteto, escritor, diretor de cinema e TV, em artigo no Jornal de Artes ago/17, de Porto Alegre, escreveu o seguinte: 

Como diz o filósofo Michel Onfray em seu livro “A Força de Existir”: “As galerias de arte contemporânea exibem com complacência as taras de nossa época.” A arte “contemporânea”, de maneira geral, manifesta e reforça um aspecto doentio de nossa época e como tal significa um retrocesso na inteligência humana. O desprezo endêmico que tem pela beleza, a perseguição que realiza contra o talento, o menosprezo pelas técnicas e pelo trabalho manual, pelo passado, está reduzindo a arte a uma deficiência inimaginável de nossa civilização.

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