1971: De como Erico Verissimo driblou a Censura para que "Incidente em Antares" não fosse censurado
Flávio Loureiro Chaves, professor, historiador, ensaísta e crítico literário gaúcho, em entrevista certa vez a um jornal de Porto Alegre, falou sobre a postura crítica de Erico Verissimo diante do Regime Militar de 64. No governo Médici, duas grandes vozes da Literatura se insurgiram contra a censura: Jorge Amado e Erico. Quando Incidente em Antares, último romance do escritor gaúcho, foi lançado em 1971, pela Editora Globo da época, foram impressos apenas mil exemplares, por receio de apreensão do livro. Erico teve a ideia de que se lançasse o livro com uma cinta, com um dizer repetido em outdoors nas ruas: Num país totalitário, este livro seria proibido. Não houve censura. A Ditadura não queria passar por totalitária. Posteriormente, Erico viria a rejeitar o título de doutor honoris causa da UFRGS, em protesto à cassação de professores e alunos.
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