03 agosto 2020

1971: De como Erico Verissimo driblou a Censura para que "Incidente em Antares" não fosse censurado



Flávio Loureiro Chaves, professor, historiador, ensaísta e crítico literário gaúcho, em entrevista certa vez a um jornal de Porto Alegre, falou sobre a postura crítica de Erico Verissimo diante do Regime Militar de 64. No governo Médici, duas grandes vozes da Literatura se insurgiram contra a censura: Jorge Amado e Erico. Quando Incidente em Antaresúltimo romance do escritor gaúcho, foi lançado em 1971, pela Editora Globo da época, foram impressos apenas mil exemplares, por receio de apreensão do livro. Erico teve a ideia de que se lançasse o livro com uma cinta, com um dizer repetido em outdoors nas ruas: Num país totalitário, este livro seria proibido. Não houve censura. A Ditadura não queria passar por totalitária. Posteriormente, Erico viria a rejeitar o título de doutor honoris causa da UFRGS, em protesto à cassação de professores e alunos.

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