31 agosto 2020
Gremista diz cada uma!... :-)
Há uns dois anos atrás, vinha eu subindo a Av. Borges de Medeiros, em Porto Alegre, nas proximidades da Esquina Democrática, bem no centro da cidade, quando ao passar por uma revistaria ouvi casualmente um gremista conversando com o jornaleiro e falando mal dos colorados, que desdenhavam, segundo ele, do título regional, que o Grêmio acabara de conquistar, se não me engano. Foi aí que ele proferiu uma frase inesquecível: Eu é que não desdenho dessa porcaria!
29 agosto 2020
Boas risadas com "Modern Family"
28 agosto 2020
Zygmunt Bauman: "Somos aquilo que podemos comprar"
26 agosto 2020
Wilhelm Breitenbach, um viajante alemão na Porto Alegre do séc. 19
Tal como Auguste Saint Hilaire (1779-1853), que dá nome inclusive a um parque no município de Viamão, cidade vizinha a Porto Alegre, Wilhelm Breitenbach (1856-1937) foi um dos inúmeros viajantes e observadores europeus que vieram ao Brasil no século 19 que deixaram em seus diários, memórias e reportagens relatos sobre suas viagens, de valor histórico inestimável para os pesquisadores de hoje. Wilhelm Breitenbach foi um biólogo e zoólogo alemão que veio ao Brasil em 1880 e que atuou como jornalista e professor na capital gaúcha até 1883, quando voltou ao seu país. Na cidade colaborou com os jornais em alemão Deutsche Zeitung e Koseritz Deutsche Zeitung. Era um colecionador de insetos e publicou vários ensaios sobre zoologia, etnologia e outros assuntos. Em sua obra Aus Süd-Brasilien: Erinnerungen und Aufzeichnungen (Do Sul do Brasil: lembranças e apontamentos), de 1913, dedica várias linhas para registrar suas observações sobre Porto Alegre, cidade que ele admirava. Vejamos algumas delas, de maneira resumida, extraídas da obra Os viajantes olham Porto Alegre: 1754-1890, de Valter Antonio Noal Filho e Sérgio da Costa Franco:
Referências:
NOAL FILHO, Valter Antonio; FRANCO, Sérgio da Costa. Os viajantes olham Porto Alegre: 1754-1890. Santa Maria: Ana Terra, 2004.
VILHELM BREITENBACH. In: Vikipedia: die freie Enziklopädie. Disponível em: https://de.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Breitenbach. Acesso em: 16.08.2020.
24 agosto 2020
A obsessão por ser feliz o tempo todo
A obsessão por ser feliz o tempo todo faz as pessoas se sentirem péssimas. Nos últimos anos as redes sociais influíram bastante; ver as caras sorridentes dos outros, suas idílicas relações a dois, um trabalho exemplar. Quando sentimos tristeza ou ansiedade, essas imagens reforçam nossa ideia de que estamos fazendo algo de errado. Mas nada disso é real, todos vivemos numa montanha russa emocional. É inevitável, e não é ruim.
> Tal Ben-Shahar, doutor em Psicologia e Filosofia pela Universidade de Harvard, pesquisador sobre a felicidade
Referência:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/10/03/estilo/1570124407_210391.html?%3Fssm=FB_BR_CM&fbclid=IwAR28dUVGoB20TmZ3VdUpFnTI5_aZgHEg-jnbDEyOnnhFhSj5EqiCikesBCc
"Rato de biblioteca" em outras línguas
Como se diz rato de biblioteca em outras línguas?
Inglês - verme de livro
Alemão - rato de leitura
Francês - bebedor de tinta
Dinamarquês - cavalo leitor
Referência:
https://www.facebook.com/babbel.por
19 agosto 2020
Porto Alegre: 9 mil anos de ocupação indígena
Análises arqueológicas dos sítios arqueológicos em Porto Alegre relativos aos índios que habitavam a região antes da chegada do elemento europeu dão conta que os guaranis já haviam se estabelecido há vinte séculos onde hoje é o município. Os mesmo tipo de estudo concluiu que os caçadores-coletores, anteriores à vinda dos guaranis, fixaram-se no que hoje é o município há 9 mil anos atrás, muito antes dos guaranis, procedentes da Amazônia e que com o tempo migraram em direção ao sul. Quando o português chegou à região, as sociedades indígenas presentes eram formadas não só por guaranis, bem como charruas (vindos do Uruguai), minuanos e caingangues. Um dos sítios arqueológicos dos caçadores coletores pré-coloniais encontra-se no bairro Lami, na região sul a cidade, sobre uma duna.
Referência:
Catálogo da exposição Porto Alegre: Uma história em três tempos promovida pelo Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo (1998), Secretaria Municipal da Cultura.
18 agosto 2020
A contribuição dos vikings na língua inglesa
14 agosto 2020
13 agosto 2020
Conselhos à boa esposa nos anos 50/60...
10 agosto 2020
Candidate-se...
> Millôr Fernandes
07 agosto 2020
Origem das palavras "aluno" e "etiqueta"
Um pouco de etimologia:
Aluno: A primeira informação que tive na vida sobre a origem etimológica da palavra aluno dava conta de que ela teria vindo da ideia de junção do prefixo latino a- (que não tem) com lumen (luz). Aluno por conseguinte significaria aquele que é desprovido de luz, à espera, portanto, de um professor para iluminá-lo com sua luz... Ledo engano! A típica etimologia de caráter popular, sem um caráter científico. O Prof. Cláudio Moreno, em um dos volumes de sua série O prazer das palavras, de onde peguei as informações para este texto, nesse sentido dá como exemplo a ideia de que morte teria vindo do latim morsus (mordida), um legado de Isidoro de Sevilha, dicionarista medieval, que se preocupava em criar da própria cabeça etimologias de palavras que reforçassem suas concepções de fé: associar-se a morte com a mordida da maçã por parte de Adão... Mas enfim, na realidade a origem de aluno (alumnus) está ligada ao verbo latino alere = criar, alimentar. Designa a criança que ainda precisa ser nutrida e cuidada - inicialmente no sentido de alimento físico, passando mais tarde ao sentido de alimento do espírito - explica o Prof. Moreno.
Etiqueta: Do francês etiquette (antigo estiquete, que deu origem ao inglês ticket). A palavrinha tem uma origem muito curiosa, como ocorre no mundo das etimologias do vernáculo. Em sua origem, tem a ver com o nome de um pequeno pedaço de papel que que era afixado a um saco ou a um pacote para identificar o seu conteúdo (Moreno). Na corte francesa, durante o Absolutismo, em meio ao emaranhado de normas de conduta nos ambientes da Corte, aristocratas e burgueses passaram a ganhar um bilhete com normas de conduta diante do rei, em situações distintas, como na hora do banho real, de seu almoço, de um passeio qualquer e por aí vai. Com o tempo, etiquette passou a designar normas de conduta social pura e simplesmente.
Referências:
MORENO, Cláudio. O mundo das palavras. Porto Alegre: RBS Publicações, 2004
MORENO, Cláudio. O prazer das palavras: volume 3. 1. ed. Porto Alegre: L&PM, 2013.
05 agosto 2020
De minhas leituras da revista Piauí de julho
04 agosto 2020
Talian, um dialeto ítalo-brasileiro no sul do Brasil
03 agosto 2020
A versão suméria sobre a história do Dilúvio
Na antiga Suméria, civilização que floresceu entre o Tigre e o Eufrates no séc. 4º a.C., desenvolveu-se o mito do Dilúvio, que depois foi retomado no Gênesis pelos antigos hebreus. Para os sumérios, os homens teriam sido criados para que os deuses não precisassem trabalhar. Com o crescimento da população humana, os deuses começaram a ter problemas com eles e em função disso houve muitas tentativas sem sucesso por parte de Enlil, o deus supremo, para exterminá-los. Até que teve a ideia de um grande dilúvio como solução. Um outro deus, Enki, por compaixão aos seres humanos, aconselhou a Atramhasis, uma espécie de Noé sumeriano, a construir um barco e salvar-se juntamente com sua família.
Referência: revista Clío, Espanha
Borges e a sabedoria sueca
Na novela "Escrava Isaura" (1976-7), a palavra "escravo" foi proibida...
Toda ditadura tem seu lado quixotesco. Entre 1976/1977, a novela "Escrava Isaura" alavancava o ibope no horário das 18h na Globo. O autor, Gilberto Braga, foi convocado a Brasília pela Censura, que o proibiu de continuar a usar o termo "escravo" nos diálogos do folhetim sob o argumento de que isso iria estimular a subversão do povo.
1912: "Correio do Povo" de Porto Alegre noticia o aniversário do esperanto
Na sala nobre do palacio da intendencia, celebrou-se uma sessão publica, que foi aberta, pelo presidente do grupo berlinense, dr. Schiff, com effusiva saudação feita em esperanto.
O dr. Schiff fez depois uma descripção do desenvolvimento da lingua internacional auxiliar para cuja propagação trabalham actualmente dois mil associados espalhados pelo mundo inteiro.
> Correio do Povo, de Porto Alegre, de 21/07/1912.
1971: De como Erico Verissimo driblou a Censura para que "Incidente em Antares" não fosse censurado
Português: empréstimos enviesados...
Empréstimos
são palavras tomadas de outras linguas, adaptadas à ortografia. P. ex.
"futebol", "abajur". Estrangeirismos são palavras
incorporadas, mas que conservam sua grafia original: "show",
"shopping". O vocábulo "montanha-russa" é fruto de um
equívoco: vem do alemão "Rutschberg"("montanha de
escorregamento"). Os franceses tomaram-no emprestado, mas traduziram
"Rutsch" como se fosse "russa": "montagne russe".
O português foi na onda. A palavra "outdoor" em inglês significa
"ao ar livre". Nós a usamos para designar painel de rua usado para
publicidade. O português "feitiço" deu origem ao francês
"fetiche", que voltou à língua de Camões com outro sentido.
Como seriam os títulos de filmes se fossem rodados nos pampas?
Uma Linda Mulher > Uma chinoca
buenacha
Os Sete Samurais > Sete Gaudérios
ca's Vista Estreita
Godzila> A la Fresca, que Baita
Lagarto!
Mamãe faz Cem Anos > A Veia tá
cheirando a Defunto
Guerra nas Estrelas> Peleia no
Firmamento
Os Filhos do Silêncio> Boca Fechada
não entra Mosca
Corra que a Polícia vem Aí> Vamo
saindo fedendo que vem vindo os Milico
E o Vento Levou > Oigalê! O Minuano
Levô!
O Naufrágio> Mais Perdido que Cusco
em Tiroteio
7 Anos no Tibet> 7 Anos no Tio Beto
O Homem Bicentenário> Guasca de
Ferro
Noves Meses> Tá Prenha!
Querida, Encolhi as Crianças!> China
Veia, Encolhi as Cria!
O Poderoso Chefão> O Bagual
Cuiudo
Martha Medeiros: pobre de quem não faz parte do rebanho!
A distorção de valores chegou a
tal ponto, que pessoas discretas são consideradas arrogantes, os modestos são
vistos como dissimuladores e os que não se rendem a modismos são tachados de
esnobes. Ser autêntico (...) virou ofensa. Ou a criatura faz parte dor rebanho,
ou é um metido a besta.
> Martha Medeiros
A decadência das artes numa civilização em colapso
Como diz o
filósofo Michel Onfray em seu livro “A Força de Existir”: “As galerias de arte
contemporânea exibem com complacência as taras de nossa época.” A arte
“contemporânea”, de maneira geral, manifesta e reforça um aspecto doentio de
nossa época e como tal significa um retrocesso na inteligência humana. O
desprezo endêmico que tem pela beleza, a perseguição que realiza contra o
talento, o menosprezo pelas técnicas e pelo trabalho manual, pelo passado, está
reduzindo a arte a uma deficiência inimaginável de nossa civilização.
Da propaganda antidrogas nos EUA dos anos 40...
"Feliz Natal" e outros nomes inusitados de cidades brasileiras...
A revista Exame elaborou tempos atrás uma lista de 15 municípios brasileiros com nomes inusitados. Vejam só: Alumínio (SP), Anta Gorda (RS), Baía da Traição (PB), Bofete (SP), Curral Velho (PB), Feliz Natal (MT), Fruta de Leite (MG), Gado Bravo (PB), Não-Me-Toque (RS), Passa e Fica (RN), Pendências (RN), Tio Hugo (RS), Varre-Sai (RJ), Venha-Ver (RN) e Xique-Xique (BA).
Ítaca
pede que o caminho seja longo,
cheio de aventuras, cheio de experiências.
Não temas aos lestrigões nem aos ciclopes,
nem ao colérico Possêidon,
tais seres jamais acharás em teu caminho,
se teu pensar for elevado, se seleta
for a emoção que toca teu espírito e teu corpo.
Nem aos lestrigões nem aos ciclopes
nem ao selvagem Possêidon encontrarás
se não os levares dentro de tua alma,
se não os ergue tua alma diante de ti.
em que chegues - com que prazer e alegria!-
a portos antes nunca vistos.
nácar e coral, âmbar e ébano
e toda sorte de perfumes voluptuosos,
quanto mais abundantes perfumes voluptuosos possas.
Veja muitas cidades egípcias
a aprender, a aprender de seus sábios.
in: O Quarteto de Alexandria - trad. José Paulo Paz.
01 agosto 2020
"Somnium", de Kepler: a primeira obra de ficção científica da História
NOGUEIRA, Salvador. A ficção científica é a história do futuro. Mais respeito por ela, Superinteressante, São Paulo, mar. 2020. p. 8-9.
Quadros são emprestados de museu para museu. Menos Mona Lisa!
ROSSINI, Maria Clara. A vida secreta das obras de arte. Superinteressante, São Paulo, mar. 2020. p. 51.