03 julho 2023

MARIA QUITÉRIA, heroína na Guerra da Independência | Da fala de Lula em Paris | Terror nos estádios | Do porto-alegrês

 



O celular é a heroína do século 21.

Marc Masip, psicólogo espanhol
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personalidade | Maria Quitéria,
heroína na Guerra da Independência

Jaques Wagner, atualmente líder do governo no Senado, em sua última coluna em CartaCapital, ao discorrer sobre os desafios do governo Lula, relembra o 2 de Julho, "a maior data da Bahia e o momento em que consolidamos a verdadeira independência do Brasil". Foi na Bahia em que os brasileiros expulsaram de vez as tropas portuguesas ainda no País. Wagner relembra, entre outras figuras históricas femininas, o papel de Maria Quitéria (1792-1853), que como militar foi figura ímpar na Guerra da Independência ocorrida em solo baiano.

Nascida em Feira de Santana, em 1821 fugiu da fazenda em que morava com os pais e assumiu uma identidades masculina para poder alistar-se no Batalhão de Voluntários do Príncipe, onde atuou no regimento de artilharia, tendo sido condecorada por Pedro 1º, ao final da guerra, com a Imperial Ordem do Cruzeiro, além de ter ganho um soldo vitalício de alferes. Considerada como a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar das Forças Armadas, em julho de 2018 seu nome foi incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, além de outras duas mulheres: Sóror Joana Angélica e Maria Filipa de Oliveira. Sem acesso a uma educação formal, era analfabeta e aprendeu apenas a escrever seu nome.

Em setembro de 1822, seu pai recebeu em sua fazenda a visita de um emissário provavelmente enviado por parte da Junta de Governo instalada em Cachoeira, cidade a 120 km de Salvador, com o objetivo de recrutar voluntários para engrossar os batalhões reunidos no Recôncavo contra as tropas portuguesas. Segundo consta, o pai de Maria Quitéria já era idoso e não tinha nenhum filho homem para oferecer-se como voluntário. Sem ser propriamente um adepto da Independência, para ele o importante era que o sistema escravocrata continuasse em pé. Maria Quitéria, em visita à irmã, já casada, disse-lhe que se fosse homem, gostaria de alistar-se por puro patriotismo. A irmã acabou emprestando-lhe roupas do marido e assim pôde ingressar no Regimento de Artilharia. 

De acordo com a historiadora inglesa Maria Graham, que chegou a ser acompanhante da Família Real, o disfarce de Quitéria foi descoberto um ano depois. Por seus atos de bravura e heroísmo em batalhas, o fato não interferiu em sua permanência no exército, tendo ganho dois saiotes, fardeta de polícia e espada, já como cadete. Mais tarde, casou-se e teve uma filha. Aos 61 anos, veio a falecer em Salvador vítima de uma inflamação hepática.

fonte A verdadeira independência, artigo de Jaques Wagner publicado em CartaCapital de 28/jun/23.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Quitéria

imagem Domenico Failutti, Public domain, através da wiki Wikimedia Commons

ideias | Da fala de Lula em Paris

Não é possível que, numa reunião entre presidentes de países importantes, a palavra desigualdade não apareça. A desigualdade salarial, a desigualdade de raça, a desigualdade de gênero, a desigualdade na educação, a desigualdade na saúde. Ou seja, nós somos um mundo cada vez mais desigual, e cada vez mais a riqueza está concentrada na mão de menos gente, e a pobreza concentrada nas mãos de mais gente. Se nós não discutirmos essa questão de de desigualdade, e se a gente não colocar isso com tanta prioridade quanto a questão climática, a gente pode ter um clima muito bom e o povo continuar morrendo de fome em vários países do mundo.

> Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, por ocasião de sua fala, dia 23/jun último, em Paris, por ocasião da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global. 



futebol | O terror nos estádios

Entramos numa etapa diferente da violência no futebol brasileiro, a última antes dos assassinatos descarados, cometidos por autores convictos da impunidade e, pior, se alimentando dela. Como é possível alguém entrar com bomba no mesmo estádio em que é proibido ingressar com guarda-chuva ou jornal? Células de terror ameaçam o futebol brasileiro e tentam se impor pelo medo.

> Diogo Olivier, jornalista esportivo, em sua coluna em Zero Hora de 24-25/jun/23

língua | Do dicionário de porto-alegrês

Batuqueiro = Adepto de religião afro-brasileira. Com frequência, com sentido pejorativo.

Correr = Correr com alguém, ou seja, mandá-lo embora energicamente. "Correu com o vendedor lá de casa."

Dar força = Apoiar, prestigiar alguém.

fonte Dicionário de Porto-Alegrês, de Luís Augusto Fischer (L&PM)


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Postagem 782

3 comentários:

  1. Cem Ideias sempre brilhante em suas postagens e com temas de real reflexão Parabéns para o redator.
    Meu amigo querido que nos trás sempre boas putas para não ficarmos alienados do que temos pelo mundo .

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