12 setembro 2022

SEMIÁRIDO: voto por comida | Política sem submissão à economia | "O mal não está nos torturadores"

 




ELEIÇÕES | Voto por 
comida - A cada eleição, repete-se a prática clientelista da troca de voto por um benefício  qualquer prometido por políticos da região, principalmente no Semiárido brasileiro, vasta região que equivale a 12% da superfície total do país e que engloba os nove estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais, incluindo ainda o Vale do Jequitinhonha. A época das eleições coincide com o período das secas, o que favorece o costume. Chega o político num pequeno lugarejo e monta um esquema de carros-pipa para a distribuição de água, ainda mais agora em que o programa de instalação de cisternas promovido pelos governos do PT foi interrompido por Bolsonaro. O rol de favores prometidos pelos candidatos ainda inclui coisas diversas, como um novo reboco na casa, um banheiro, uma consulta ou exame médico, um saco de cimento ou alimentos, estes principalmente em tempos de estiagem. 

ASA - Associação do Semiárido lançou recentemente mais uma edição de sua campanha Não Troque Seu Voto, no sentido de orientar as pessoas sobre a importância do voto. Muitos advogam a necessidade de que os movimentos sociais e sindicais façam um trabalho permanente de conscientização das pessoas para que não vendam seu voto. "Se não trabalhar nas escolas com as crianças, que serão adultos no futuro, a gente vai continuar transferindo o problema de pai para filho e nunca vai acabar essa alienação das pessoas que vendem o voto", opina Urbano Carvalho, coordenador da Fundação de Apoio aos Agricultores Familiares do Semiárido. Para Conceição Borges, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana, o trabalho de conscientização da pessoas deve ser feito "no dia a dia, na igreja, na escola, no sindicato".

Fonte: Cabresto maquiado, reportagem de Fabíola Mendonça publicada em CartaCapital de 07/set/22.


Cabeças Pensantes | A política não deve se submeter à economia, e esta não deve se submeter aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia. Ao pensar no bem comum, hoje precisamos imperiosamente que a política e a economia, em diálogo, se coloque devidamente a serviço da vida, especialmente da vida humana. (Papa Francisco, em sua encíclica Laudato Si (2015) *** O mal não está nos torturadores e sim nos homens de mãos limpas que gera um sistema que permite que homens banais façam coisas como a tortura. (Hannaj Arendt) *** Porque este sistema de vida que se oferece como paraíso, fundado na exploração do próximo e na aniquilação da natureza, é o que está fazendo adoecer nosso corpo, está envenenando nossa alma e está deixando-nos sem mundo. (Eduardo Galeano)


Mafalda



- Pelo visto, a lata de lixo da História 
vai feder mais ainda...

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