22 setembro 2022

O MITO do agronegócio | Às voltas com o imperativo | Do anedotário da vida de Mário Quintana | Mafalda

 




ECONOMIA | O mito
do agronegócio - Para muitos, "o agronegócio é o Brasil que dá certo", como afirmou o economista Roberto Gianetti da Fonseca em uma palestra na Agrishow, tida como maior feira de tecnologia agrícola do hemisfério sul, em Ribeirão Preto (SP). "Cresce com uma taxa positiva, fantástica. Um sucesso absoluto", acrescentou. Alardeia-se, aliás, aos quatro cantos, o dado segundo o qual o agro é responsável por 27,4% do PIB nacional. Na verdade, as coisas não são bem assim. Segundo o IBGE, os índices, a rigor, não passam de 7%. Por quê? Simplesmente porque a metodologia aplicada aos 27,4% baseia-se naquela adotada pelo agribusiness norte-americano, que leva em conta toda a cadeia econômica envolvida no campo. "Por toda a cadeia econômica entenda-se até prego enfiado no mourão da cerca. Até o medicamento do cavalo, a gasolina do caminhão que vai para o porto. Até o empréstimo que a fábrica de móveis contraiu" - exemplificou Marcos Emílio Gomes em sua matéria "O agro é top", publicada na revista Piauí de outubro.

LÍNGUA | Às voltas com o imperativo... - De há muito que o paradigma dos pronomes pessoais do português brasileiro é o seguinte: eu - você (tu) - ele/ela - nós - vocês - eles/elas. Não há nenhuma razão para continuar sendo apresentado com a presença do pronome "vós", um arcaísmo na língua. É compreensível que se leve em conta sua existência para os alunos, mas como observação à parte. Ele é um corpo tão estranho que em cenas de  novelas, minisséries e filmes de época, como observei outro dia, na minissérie Inteligências, da TV Cultura, nem os atores, que deveriam memorizar previamente as formas do imperativo, dão conta do recado.


Mafalda
 

- Hoje de novo é dia de TDF - 
Tensão Pré-Datafolha!


HUMOR 😀 | Quintana,
o espirituoso - Luis Fernando Verissimo conta que certa vez encontrou-se com Mário Quintana no hotel Canadá, em Copacabana, onde este sempre se hospedava quando ia ao Rio. O poeta, sempre espirituoso, contou a ele que a coisa de que mais gostava na cidade era entrar em túnel, uma oportunidade de descansar da paisagem... *** Certa vez perguntaram a Quintana por que tinha saído de Alegrete, cidade onde nasceu. "Lá quem não é estancieiro é boi. Como não tenho nenhuma vocação para as duas coisas, vim para Porto Alegre!" - respondeu. *** Em 1967 Mário Quintana foi ao Alegrete, na época já um poeta bastante conhecido. Acabou encontrando-se ao acaso na rua com um general, um tipo conhecido pela sua grosseria. "Então, Mário, quem te viu, quem te vê! Ontem as borracheiras, hoje um poeta nacional! - exclamou o homem, tentando ser gentil e sabendo que Quintana no passado apreciava uma boa bebida. Mário não gostou da alusão e respondeu: "Então, general: quem te viu e quem te vê: sempre a mesma coisa!"

Fonte: Ora Bolas, de Juarez Fonseca (L&PM, 2007)


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História versus mitos
 

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