26 janeiro 2023

ÁGUA do mar para beber | Centenário da Revolução de 1923 | Valorize-se o meio-campista | Andanças literárias. E mais.



Governo Bolsonaro cometeu crime 
de lesa-pátria, com propósito genocida.

Marina Silva
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Andanças literárias |

Em minhas andanças literárias, encontro-me atualmente em Paris, em meio às páginas de 
A elegância do ouriço, de Muriel Barbery (Companhia Brasileiras de Letras). A trama reúne uma zeladora de condomínio residencial em um bairro elegante de Paris, uma adolescente que já planejou o dia de aniversário de 13 anos para dar cabo de sua vida e um japonês idoso "misterioso e sorridente", sem falar em outras figuras moradoras no prédio.

 Anteriormente, pobre de mim, encontrava-me na Londres da primeira metade dos anos 40, em meio às páginas de A Última Livraria de Londres, de Madeleine Martin (Ed. Arqueiro), numa cidade às voltas com os bombardeios aéreos da Alemanha Nazista vomitando bombas sobre ela e seus efeitos terríveis sobre a população e prédios diversos. Grace, a protagonista, é uma jovem funcionária de uma livraria, que aprende amar os livros e se ocupa em ler histórias para as pessoas alojadas em abrigos noturnos, enquanto lá fora o mundo parece que vai acabar.


HISTÓRIA | Cem anos 
da Revolução de 1923

"Somos um Estado de muitas guerras civis: tivemos a Revolução Farroupilha (1835-1845), que perdemos, fingimos que empatamos e comemoramos como vitória; a Revolução Federalista (1893-1895), em que 10% dos combatentes, de ambos os lados, foram degolados, um método limpo de não gastar pólvora com chimango nem com maragato; a Revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas, também ensaiou uma guerra civil, que não foi longe: essa nós ganhamos, mas não comemoramos" -

lembra o jornalista e escritor Juremir Machado da Silva em uma de suas últimas crônicas na revista digital Matinal, que também faz alusão ao nosso último conflito bélico de caráter regional: a Revolução de 1923 entre borgistas (chimangos), liderados por Borges de Medeiros, "eterno" presidente da província, e assisistas (maragatos), sob o comando de Assis Brasil, líder da oposição. Nesta semana, é lembrado seu centenário de ocorrência, pois teve início em 25 de janeiro de 1823, dia da posse de Borges para mais um mandato. Porto Alegre reverencia a memória dos dois líderes, que dão nome a importantes artérias da cidade: av. Borges de Medeiros (Centro Histórico) e av. Assis Brasil (Zona Norte). E mais: o lenço vermelho dos maragatos faz parte da indumentária típica do gaúcho.


IDEIAS | Reagindo à pequenez - Quanto mais fraco, inculto, solitário e desesperado for o sujeito, como já percebia Freud, maior será o desejo de integrar movimentos autoritários que prometem redimi-lo de sua insignificância, pequenez e frustrações cotidianas.

> Rubens R. R. Casara, juiz de direito do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro



TECNOLOGIA | Água do mar
para beber

Segundo estudo publicado na revista Nature, cientistas norte-americanos criaram um sistema de captação da umidade oceânica com o objetivo de transformá-la em água potável. "Em vez de se perder na atmosfera, o ar saturado de água seria capturado por estruturas de extração, situadas nos litorais, para depois de ser condensado e transportado em dutos para depósitos adequados", explica matéria publicada na Folha de S. Paulo de 08/jan. E com a vantagem de o líquido perder quase que por inteiro seu sal natural.



FUTEBOL | Pela valorização
do meio-campista

Os técnicos brasileiros adoram a contratação de atletas hábeis, dribladores, velozes, atacantes, especialmente os que jogam pelos lados, mas raramente procuram ótimos meio-campistas, organizadores, que jogam de uma intermediária à outra. Os dois são importantes. Os jovens, desde a categoria de base, sabem que quem joga no ataque é mais valorizado e procuram se adaptar àquela posição. O futebol brasileiro corre muito, mas pensa pouco e possui pouca lucidez nas decisões técnicas.

> Tostão, em seu artigo Os limites humanos, publicado na Folha de S. Paulo de 08/jan.23.



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