04 dezembro 2022

Origens da TATUAGEM | E tudo vai ficar por isso mesmo? | O "soccer" nos EUA | O exército de homens-macacos

 


Tatuagem |

Certa vez um aluno perguntou-me em aula se eu não teria interesse em fazer uma tatuagem. Respondi-lhe negativamente, mas acrescentei que se tivesse que fazer uma, seria a de um sol estilizado, pequeno, na parte superior do braço, à altura do ombro. Afinal de contas, é o regente de meu signo astrológico... O fato é que a prática popularizou-se como nunca nos dias que correm, mas poucos sabem que sua origem é bastante antiga. Segundo a historiadora e antropóloga inglesa Jane Caplan, "a tatuagem surgiu em diversos lugares do mundo, em épocas diferentes e de forma independente uma das outras".
O homem tatuado mais antigo que se conhece viveu cerca de 5.300 anos atrás, cujo corpo congelado foi descoberto nos Alpes entre a Itália e a Áustria em 1991. Ao todo, Ötzi, como foi chamado, tinha 57 tatuagens ao longo do corpo e acredita-se que tinham significados religiosos ou místicos. Já a mulher, no caso uma princesa egípcia, Amunet, teria vivido por volta de 2000 a.C e era sacerdotisa de Hathor, deusa do Amor. Sobre seu corpo mumificado, havia vários desenhos entre eles uma elipse tatuada na barriga, que acredita-se que esteja relacionada com algum símbolo de fertilidade.
A palavra tatuagem provém do inglês tatoo, que por sua vez procede de tatau, termo com o qual os nativos do Taiti referiam-se à prática, conhecida por eles. Em 1769 o navegador e explorador inglês James Cook (1728-1779) chegou a essa ilha da Polinésia e deparou-se com estranhos desenhos que os nativos apresentavam sobre o corpo. Descobriu que eram feitos por ocasião de um ritual sagrado e ao mesmo tempo doloroso em que os bravos guerreiros taitianos cutucavam-se entre si, com uma ferramenta de madeira e um pente de ossos afiados com os quais furavam a pele do companheiro e acabavam fazendo desenhos. Muito tri. Em função do som que produziam (tá-tá, tá-tá, ta-tá), originou-se o nome.

FONTE: À flor da pele, reportagem de Celso Miranda 
publicada na  revista Aventuras da História, edição 234.

Secos & Molhados |

Temo que a lata de lixo da História transborde. *** Não sigo ismos, sigo ideias. *** Medalha de ouro para a torcida argentina da Copa: a mais vibrante. *** Falta uma seleção no torneio: a Itália, para animar ainda mais a festa. *** O futebol mundial se nivela. Algum dia teremos um campeão asiático ou africano. *** O fato é que a Arábia Saudita nunca perdeu uma final de copa. Isso é o que eu chamo de "pensamento independente" particular. *** Interessante de fazer um torneio de jogadores que jogam em gramados europeus divididos por nacionalidade. *** O soccer desenvolve-se nos EUA. Mas é provável que o norte-americano médio ainda o encare como um esporte "próprio para mulheres", meio sem graça pela raridade dos pontos marcados, e isso quando são...


E tudo vai ficar por isso mesmo?

A história brasileira da conciliação é um desastre. A conciliação dos escravocratas teve como herança um dos países mais racistas do mundo. A conciliação da ditadura teve como herança Forças Armadas despudoradamente antidemocráticas. O Brasil cordial vai se impor de novo? O Brasil cordial vai tentar esquecer um dos períodos mais vergonhosos de sua história recente? Que a lei se imponha. Odiar um país, tentar destruí-lo, não pode sair de graça.

> Esther Solano, doutora em Ciências Sociais, 
em sua coluna na CartaCapital de 07/dez/22


Aconteceu na História |

Na Bahia, a luta pela independência do Brasil durou mais tempo. Em 8 de novembro de 1822, 4 mil portugueses cercaram 300 brasileiros em Pirajá. O comandante brasileiro determinou a retirada, mas Luís Lopes, que nem era o corneteiro, chamou o toque de avanço da cavalaria (os brasileiros não tinham cavalaria). Os portugueses fugiram temendo a chegada de reforços. 

*** Um projeto que contava com a simpatia de Josef Stálin: um especialista em reprodução de cavalos tentou inseminar chimpanzés com esperma humano para formar um exército de homens-macacos. (As Histórias mais Bizarras da História, edição especial da revista Aventuras na História)

Nenhum comentário:

Postar um comentário