LITERATURA | Pompeia - Em minhas andanças literárias, encontrava-me até dias atrás em Pompeia, sul da Itália, em meio às páginas do romance Pompeia, de Robert Harris, e vivendo seus últimos quatro dias de existência antes da grande erupção do Vesúvio que soterrou completamente a cidade romana em 79 d.C., juntamente com suas vizinhas Herculano e Estábia. Na verdade, terceira leitura. Há uma passagem curiosa da obra, na qual Ampliatus, o vilão-mor da história, conta a seus amigos que andou consultando a velha profetisa Biria, no verão, quando tremores começaram a serem sentidos:
"- Ela viu uma cidade, a nossa cidade, daqui a muitos anos. Daqui a mil anos, talvez mais. (...) Ela viu uma cidade famosa no mundo inteiro. Nossos templos, nosso anfiteatro, nossas ruas, cheios de gente de todas as línguas. Foi isso que ela viu nas entranhas das cobras. Muito tempo depois de os césares virarem poeira e o império se acabar, o que tivermos construído irá permanecer."
Secos & Molhados | Para Prêmio Nobel da Paz, a Guardiões da Fiel! *** O galego é o portunhol oficial. *** Neste ano, o Papai Noel que se cuide com sua roupa vermelha. *** O neoliberalismo conhece muito bem a origem etimológica de lucro e logro. *** Essa nova modalidade de viajar-se agarrado na cabine do caminhão, na parte externa, é um tanto desaconselhável. Se chove, como abrir um guarda-chuva? Não aconselho.
LÍNGUA | Etimologias - Bíblia: Os gregos chamavam os livros de biblíon, termo originado de Byblos, nome de uma cidade da Fenícia (atual Líbano) de cujo porto partiam grandes quantidades de papiro para exportação, fundamentais para a produçaõ de livros. O plural de biblíon era biblía. Daí...
>>> Chope: Do francês chope, que por sua vez veio do alemão schoppen = caneca.
>>> Chiqueiro: A terminação -eiro, em PT, além de outros significados, dá a ideia de recipiente, lugar para guardar algo. Assim, chiqueiro é o lugar para guardar os chicos. "Como assim?" - perguntarão curiosos o distinto leitor ou a estimada leitora. O fato é que chico era o nome que os portugueses davam ao porco. O termo parece ter uma origem onomatopeica, pois chico era o grito usado para chamar esses animais.
FONTE: A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta (Campus)
COPA DO MUNDO | O Catar por detrás
dos holofotes - O Catar já investiu mais de 220 bilhões de dólares (o PIB da Nova Zelândia) na Copa do Mundo. Pelo menos 6,5 mil trabalhadores migrantes morreram nas obras. É um dos países que mais agridem os direitos humanos, com a opressão das mulheres, a criminalização da homossexualidade e a exploração do trabalhador migrante, que beira à escravização. Mas nada disso importa, né?
As entidades máximas do esporte mundial são campeãs de corrupção e fraude, Fifa na dianteira (assim como sua subsidiária brasileira, a CBF - cuja camisa oficial, não por acaso, é a vestimenta básica do fascismo nacional). As emissões de carbono antes da Copa e durante vão ser gigantescas. O esporte usado como tapume para crimes contra a humanidade e o meio ambiente é mais uma das caras perversas do capitalismo em sua fase de destruição do planeta.
Uma conferência como a COP 27 empalidece totalmente diante desse poder absoluto e absurdo. "A força da grana que ergue e destrói coisas belas...", cantava Caetano Veloso no final da década de 1970. Passado meio século, a força da grana só destrói - incluindo nessa destruição a beleza do futebol.
> Marcos Bagno, linguista, em sua página no Facebook
Mais |
https://cesardorneles4.blogspot.com/2022/11/038-das-100-musicas-de-que-mais-gosto.html
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