A Terra em dores de parto |
"Ninguém pode negar que nosso lar comum, a Terra viva, está se preparando para uma grande transição. O que foi vivido nos últimos séculos, como paradigma de civilização, vale dizer, a forma como habitamos e organizamos a casa comum, à base da ilimitada exploração de seus recursos naturais, não pode mais continuar. Este paradigma esgotou suas potencialidades de realização. Entrou em agonia. Mas esta pode se prolongar ainda por um bom tempo."
Assim Leonardo Boff, filósofo e teólogo, deu início ao seu artigo publicado na revista digital A Terra é Redonda em 31/ago/22. Para ele, a tecno-ciência moderna, de tantos benefícios tornou-se "irracional e enlouquecida". Cita Sartre, que por ocasião das duas bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, afirmou que "nós nos apropriamos de nossa própria morte e podemos pôr fim à nossa espécie".
Diante das múltiplas crises vivenciadas por nós no presente, ele pergunta o que Gaia quer nos comunicar com o efeito catastrófico do Covid-19?, visto como um contra-ataque da Mãe-Terra contra as "sistemáticas violências" que durante muito tempo estamos perpetuando contra ela. Vivemos atualmente a ameaça de um verdadeiro colapso das bases ecológicas que sustentam a vida planetária.
Boff faz uma severa crítica aos chefes de Estados e aos megaempresários, que embora tenham consciência da seriedade da situação,
"não lhe dão importância porque, caso contrário, deveriam mudar completamente o modo de produção, renunciar aos fabulosos ganhos econômicos, mudar sua relação para com a natureza e se acostumar a um consumo mais frugal e mais solidário".
Algo que naturalmente nos diz respeito também.
Cabeças Pensantes |
Existe a chamada "comunidade internacional"? É mais do que apenas um clube de comerciantes, banqueiros e guerreiros? É algo mais do que o nome artístico que os Estados Unidos usam quando fazem teatro? (Eduardo Galeano) *** As crianças pobres são as que mais sofrem com a contradição entre uma cultura que obriga o consumismo e uma realidade que o proíbe. (Idem)
Deu no jornal | 😠
Curiosidades | 😐
O papel, produzido por celulose, foi criado no ano 105 na China. Somente chegou à Europa no séc.12, introduzido pelos mouros, dando-se adeus ao pergaminho.
>>> Já o primeiro livro impresso conhecido, eurocentrismos à parte, foi o Sutra do Diamante, que continha discursos de Buda e surgido em 868, na China. Cada letra era entalhada num bloquinho de madeira com vistas à impressão. No séc. 15, Gutenberg aprimorou a técnica.
>>> A primeira revista do mundo surgiu em 1663, na Alemanha: a Erbauliche Monaths-Unterredungen, ou seja, Discussões Mensais Edificantes. Continha debates sobre poesia e teologia. Com podem ver, não se fazem mais revistas como antigamente. No Brasil, a primeira foi As Variedades, de Manoel Antônio da Silva (Salvador, 1812). Tratava de assuntos ligados à sociedade, textos literários, história, curiosidades e anedotas. Enfim, uma espécie de precursora do Cem Ideias...
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