21 julho 2022

EDUCAÇÃO no Brasil: Raízes do Atraso (1) | A história de Mafalda, de Quino | Quando as ilusões desmoronam

 



EDUCAÇÃO | Raízes 

do atraso (1)

Entre os brasileiros de 15 anos ou mais, 3 em cada 10 são analfabetos plenos ou funcionais, mesma proporção em relação àqueles que sequer completaram o ensino fundamental. Apenas  dados como estes já são suficientes para ilustrar o atraso histórico da educação no Brasil, desde sempre, ainda mais agora nestes tempos em que até mesmo a educação pública sofre ameaças por um governo que privilegia acima de tudo os interesses privados. Nestes tempos bicudos de desmonte das estruturas públicas, um ministro chegou a afirmar que quem não tem condições de pagar uma universidade, que desista da ideia.

Mas enfim, o desleixo com a educação pública não é de hoje. Começou com os jesuítas da Companhia de Jesus, que chegaram ao país em 1549. 

"Os colégios fundados por eles tinham como função principal a formação de religiosos, mas, como eram os únicos existentes, também atraíam os filhos da elite que buscavam o acesso às universidades europeias, especialmente a de Coimbra." -

afirma Antônio Gois em matéria na revista Piauí de junho, sob o título O longo atraso, do qual extraí alguns dados. Com a expulsão dos jesuítas 210 anos depois, o sistema implantado por eles foi substituído pelas chamadas aulas régias, ministradas por aqueles que eram autorizados pelo Estado a assumir a condição de professores, sem caracterizar de fato um sistema de ensino.

"Cada aula régia constituía uma unidade de ensino, com professor único, instalada para determinada disciplina. Era autônoma e isolada, pois não se articulava com outras nem pertencia a escola alguma, nem mesmo a nenhum plano geral. Não havia currículo, no sentido de um conjunto de estudos ordenados e hierarquizados (...)." (Valnir Chagas, em seu livro Educação Brasileira: O Ensino de 1º e 2º Graus: Antes, Agora e Depois). 

O autor acima ainda esclarece que tais professores em geral eram bastante desqualificados, improvisados e nomeados por indicação ou concordância de bispos, com salários baixos (claro...). Um verdadeiro contraste com a América Espanhola, com suas instituições até mesmo de ensino superior, como o Peru (desde 1551), México (1553), Colômbia (1580) e Argentina (1613). Esta última praticamente 200 antes do Brasil, cujos primeiros cursos surgiram apenas com a vinda da família real em 1808, principalmente para atender aos interesses da Corte. O povo? Ora, o povo... Cont.



Buenos Aires

TIRINHAS | Mafalda

O argentino Quino (1932-2020) foi um dos mais importantes cartunistas de sua geração e atingiu a consagração mundial através de sua personagem Mafalda, criada em 1962 inicialmente para uma peça publicitária no jornal Clarín. Seu nome foi inspirado numa novela intitulada Dar la cara, do escritor David Viñas e suas feições foram inspiradas em uma das avós do cartunista. Sua primeira tirinha, para uma revista, data de 1964. Dois anos depois, já era sucesso em boa parte da América Latina. Muito perspicaz, extremamente crítica da realidade social, seu humor inteligente acabou conquistando fãs em todo o mundo, sendo que suas tirinhas foram publicadas até 1973. Era fã dos Beatles e do Pica-pau. Odiava sopas. Em seus quadrinhos, contava com a participação de outros personagens secundários, como o pai, a mãe, Felipe, Manolito, Susanita, Miguelito e Guile, seu irmão caçula.

Fonte: https://www.facebook.com/notaterapia

ASTROLOGIA | Quando as ilusões

desmoronam  

Do seu lado negativo, Netuno propicia a desconexão com a realidade. Escapismo, conspiracionismo, delírio persecutório, síndrome do inimigo comum e negações da realidade são desordens psíquicas representadas pela energia de Netuno. Quando o mundo das ilusões dessas pessoas desmoronam, elas reagem com negacionismo e violência.

> Carlos Hamitt, professor e astrólogo


Foto de Mafalda: Patricio Espigares, CC BY 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/2.0>, através da wiki Wikimedia Commons


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