IDEIAS | Regadas a vinho
Só gostaria de saber se em algum outro país possa existir por parte de um governo a figura de um "orçamento secreto". *** Fico imaginando quantos livros não serão escritos mais adiante a respeito do período em que se vive, que aliás bem que poderia merecer o título de Era das Trevas, em que até mesmo a Ciência, a Saúde, a Educação e a Cultura sofreram ataques e empecilhos de toda ordem, sem falar no processo de desmonte de instituições públicas, com o escandaloso apoio de uma camada da população de consciência política zero. *** Como bom sulista, uso o pronome pessoal tu em meu dia-a-dia. Só que nas redes sociais, apelo para a expressão de tratamento você (que na verdade acabou virando um verdadeiro pronome pessoal no português brasileiro), mesmo para as pessoas que trataria por tu (parentes, amigos...), na comunicação por escrito, por um motivo muito simples: teria que fazer a concordância correta: tu gostas, tu sabes, o que para mim soa totalmente estranho. Assim apelo para o você, e o verbo fica tal como falo: gosta, sabe. De tanto usar o você na escrita, já me surpreendi usando-o até mesmo na fala comum... Acostuma. Até porque, já de há muito tempo, costumo empregar naturalmente o você ao dirigir-me a uma pessoa desconhecida ou não-íntima. *** No cartório, um semialfabetizado que atendia registrou meu nome como Cesar, sem acento. Sempre levo em conta o que disse o ilustre Prof. Pedro Celso Luft, certa vez, em aula: deve-se usar o prenome (no caso) de acordo com a maneira correta de escrevê-lo e empregar a grafia errada apenas em documentos oficiais. É o que faço.
HUMOR | A criação
dos franceses
Deus criou o Céu e a Terra e o Dia e Noite e deu nome às plantas, aos bichos e as coisas. Mas também era preciso dar nome aos sentimentos e às emoções, à perplexidade e a situações inusitadas, sentindo despreparado para a tarefa, Deus criou os franceses.
> Luis Fernando Verissimo, em sua crônica Helás
de horrores
"Em que pese o assinalamento, a história da infância é estarrecedora", afirmou Paulo Rosa, pediatra e psicanalista, em seu artigo O destino na ponta do pincel, publicado recentemente em jornal (vide fonte). Cita dados do livro The History of Childwood (1974), que surgiu a partir de uma investigação aprofundada da história da infância na civilização "cristã". Um dos exemplos tem a ver com o fato de que 800 anos
"o recém-nascido foi visto como fruto de relação pecaminosa, o que deu base para a licença de espancar bebês e se praticar, como decorrência natural, o infanticídio especialmente com meninas. Nesse contexto, o batismo era entendido, pasmemo-nos, como um exorcismo",
conta o articulista.
Fonte: Paulo Rosa, em O destino na ponta do pincel, artigo publicado em Zero Hora de 18-19/jun/22, no caderno Doc
IDEIAS | Mafalda
- "Democracia racial" e racismo estruturado: pode isso, Arnaldo?
IDEIAS | Deu no Twitter
Talvez tenha sido dado ontem em Foz do Iguaçu o primeiro tiro da guerra civil que pode caracterizar a eleição deste ano. Durante guerra civil não há terceira via. Cristovão Buarque, senador. @Sen_Cristovam
É muito triste. Quem defende o "bolsonarismo" está do lado do mal. Não já justificativa moral para defender a covardia, a ignorância, a boçalidade. Espero sinceramente que o Brasil se salve, pois vivemos tempos sombrios. Rafael Leitão. @RafPig
LÍNGUA | Do dicionário
de porto-alegrês
Não vale o feijão que come = Expressão que denota um juízo sumário sobre alguém.
Noia = Apelido de Novo Hamburgo, em função do alemão Neu Hamburg (pronuncia-se nói-hámburc). Também tem a ver com paranoia, num sentido aproximado de neura, num sentido mais difuso de jeito desagradável.
Vila = Favela, "comunidade"...
Fonte: Dicionário de Porto-Alegrês, de Luís Augusto Fischer - edição ampliada e revisada (LP&M, 2022)
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AUTOMAÇÃO X DESEMPREGO | Ameaça do cigarro eletrônico | Escravidão moderna | Fome x voto | Lei das filas e outras mais
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