TECNOLOGIA | Automação
versus desemprego
As novas tecnologias ao promoverem a automação de fábricas e serviços está acarretando riscos sociais cada vez maiores em termos de desemprego. Entrevista recente de Marcelo Gleiser, físico e professor, ao jornal Zero Hora, de Porto Alegre, discorreu sobre a questão. Segundo ele
"as empresas que estão criando essas novas tecnologias estão pouco ligando para esse problema. Está virando um problema político e causa divisões sociais muito grandes. (...) Isso afeta muita gente. Por exemplo, a questão dos carros, caminhões, ônibus autônomos. O que vai acontecer com caminhoneiros, motoristas de ônibus, ônibus escolares, táxi e Uber? O trabalho deles fica cada vez mais obsoleto porque teremos, essencialmente, veículos robotizados."
Milhões de pessoas perderão o emprego cada vez mais, num processo que já começou, fazendo com que as elas deixem de serem produtivas, tendo como consequência a perda da identidade e sentido de dignidade. E o que isso acabará gerando? Depressão, raiva, violência, ressentimento e violência, alerta o entrevistado.
"O ponto é que com essa evolução, temos de ter também uma evolução moral na sociedade para entender que não só precisamos atender as necessidades de bens, mas também cuidar das pessoas que vão sofrer com esse tipo de desenvolvimento", afirma Gleiser.
Na verdade, a discussão deverá se aprofundar até mesmo em relação a um nível de questionamento do próprio sistema econômico vigente, que em última análise está a serviço da exclusão e concentração de renda nas mãos de poucos cada vez mais, em nível global, ao mesmo tempo em que continua vendendo a ilusão de que é preciso "crescer o bolo para dividi-lo", velha conversa fiada pra boi dormir. Claro, tal abordagem foi deixada de lado na matéria...
do cigarro eletrônico
Em sua coluna recente de jornal, o médico e cientista Dráuzio Varella chama a atenção para a ameaça dos cigarros eletrônicos, cujo uso cada vez maior atinge até mesmo a criançada. "Os cigarros eletrônicos estão criando uma legião de novos dependentes da nicotina. Vamos perder décadas de trabalho educativo no combate ao fumo", afirma logo no início de seu artigo. Alerta para o fato de que a indústria do fumo está criando novos dispositivos para administrar a nicotina, incluindo essências perfumadas para disfarçar o odor e atrair não só adolescentes como também crianças. "Sorrateiramente, como costumam agir os criminosos" - observa ao final do texto.
IDEIAS | Escravidão moderna/
Fome x votos
Da seção de cartas de CartaCapital: "Quartinho de empregada e elevador de serviço, dois retratos da escravidão moderna, duas aberrações normalizadas." (Tânia Zamberlalam) *** "Quem tem fome se submete. Quantos votos, neste país de coronéis, foram trocados por cestas básicas? (Maria Lúcia)
Tre interesaj blogajhoj!
ResponderExcluirDanke!
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