09 julho 2020

Porto Alegre (1863-64): "O maior crime da terra"

Depois de um tremor de terra em 1811, uma portentosa enchente que atingiu o centro da cidade em 1833, em 1864 porto-alegrenses foram abalados com a revelação de crimes que ocorreram entre 1863 e 1864 e que foram cometidos por José Ramos, açougueiro, tendo sua esposa Catarina como cúmplice: o assassinato de uma série de pessoas, que acabaram sendo esquartejadas e mais do que isso: os corpos das vítimas, pelo o que foi apurado, serviam para um crime hediondo: o preparo de linguiças.

Houve exaltação de ânimos, a população revoltada tentou linchar os criminosos que se diziam alemães ou descendentes deles, registrou o jornal O Mercantil na época, no que resultou numa reação ofensiva à população por parte do Consulado Alemão, que foi revidada pelos vereadores do município.

O açougue situava-se na esquina da Rua da Varzinha (hoje Demétrio Ribeiro), na região central da cidade. Catarina, húngara de origem, atraía as vítimas para sua casa, que acabavam sendo degoladas, esquartejadas e descarnadas. Depois os restos mortais eram transformados em linguiça e vendidos no açougue de Carlos Claussner, imigrante alemão.

> Referências:

MACEDO, Francisco Riopardense. História de Porto Alegre. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1999
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crimes_da_Rua_do_Arvoredo



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