"Quando faltavam índios para lhes servir, os espanhóis caíam como demônios sobre povos indefesos, acorrentavam os homens, violavam e raptavam as mulheres, matavam ou abandonavam as crianças e, depois de roubar os alimentos e os animais domésticos, queimavam as casas e as lavouras. Faziam com que os índios carregassem mais peso que o humanamente possível (...) para não cansar seus cavalos."
> Fragmento do romance Inês da minha vida, de Isabel Allende, inspirado no processo de fundação do reino do Chile.
500 anos depois, no Brasil, o desrespeito pelos povos originários parece não ter fim. Segundo o relatório "Violência contra os povos indígenas no Brasil", elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em 2023 houve 208 assassinatos de indígenas, 150 conflitos por direitos territoriais, 276 invasões possessórias, 850 casos de omissão e morosidade estatal na regularização de terras, 208 homicídios e 180 suicídios, a maioria de jovens.
As unidades federativas nas quais enfrentam uma onda maior de violência são, pela ordem, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. No MS, milícias são contratadas "para invadir a terra atirando, batendo nas pessoas, expulsando na marra". Tudo isso em meio à histórica impunidade que se vive neste país em muitos casos.
"À noite, as mulheres não conseguem dormir, porque têm de cuidar das suas famílias. Enquanto os filhos dormem, ficamos acordadas na beira do fogo para manter nossos filhos vivos" - depoimento de Vilma Vera, liderança da terra indígena Tekona Guasu Guavirá, no Paraná, por ocasião da divulgação do relatório.
Até quando?
Fonte | Marcha Genocida, reportagem de Fabíola Mendonça publicada em CartaCapital de 31/jul/24.
Seleção masculina de vôlei:
faltou renovação |
A coisa, pelo visto, deixou a desejar na seleção de vôlei masculino brasileira. Em Paris, dos quatro jogos da fase inicial, o Brasil venceu apenas uma partida, contra o Egito, o mais fraco do grupo, lembra a matéria da qual retirei alguns dados (vide fonte), sendo que depois de 24 anos, é a primeira vez que o país fica fora das semifinais, ao contrário da equipe feminina neste ano, diga-se de passagem. Bernadinho, o técnico, apostou na experiência e deu às costas para a renovação, que não houve. Deu no que deu. Do plantel disponível em 2024, apenas três estavam abaixo dos 30 anos. O desempenho de Bruninho, por exemplo, vem sido questionado já há algum tempo. Aliás, foi sua quinta olimpíada. Depois da disputa, três jogadores - Lucão, Bruninho e Leal - anunciaram sua aposentadoria.
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