18 agosto 2024

Reconstrução X burocracia | Pesquisas privilegiam o corpo masculino | A economia do absurdo | Alhos & Bugalhos

 



Num mundo onde mentiras são regras,
falar a verdade é provocação.

Autor não indicado




Reconstrução X burocracia |

Como se não bastasse a gigantesca crise climática sofrida pelo Rio Grande do Sul, ainda tem-se que enfrentar os tentáculos da burocracia, tipicamente brasileira, na obtenção recursos prometidos pelo Governo Federal notadamente com vistas ao soerguimento do Estado. Mencionarei duas situações diferentes como exemplo do que está acontecendo. O trabalhador rural, tanto o grande quanto o pequeno, conta com um período do ano para o plantio e outro para a colheita. Sofre hoje, principalmente a Economia Familiar, com o excesso burocrático para a obtenção de recursos altamente necessários para manter seu trabalho em dia. 

Além do mais, tem-se que enfrentar a demora no cadastro das famílias atingidas, tarefa sob a responsabilidade dos municípios. As prefeituras muitas vezes alegam dificuldades técnicas e força de trabalho suficientes para dar conta do recado. Pois que contratem empresas, de forma emergencial, para dar conta do recado, como sugeriu um colunista de jornal.

 


Umas & outras |

E se foi um gigante
da TV brasileira.

Em Vitória (ES), numa determinada praia, foi instalado um outdoor, por parte de um saite evangélico, com uma pequena mensagem relativa a Maria, mãe de Jesus. Ao lado, como ilustração, uma reprodução de Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.

Aos 95 anos de idade, Nathalia Timberg volta 
ao teatro na peça "A mulher da Van", no Sesc Pinheiros, São Paulo.
 
De acordo com pesquisa do Instituto AtlasIntel, no quesito de avalição o governo de Eduardo Leite (RS) conta 16% de bom/ótimo, 52% de regular e 18% de ruim/péssimo. 

Não dá para admitir que a turma do Congresso, considerado o pior da História, diga-se de passagem, disponha de quase a metade do orçamento da União para a distribuição de verbas sem nenhum critério, numa espécie de "sequestro do orçamento", como classificou Lula. Vive-se hoje uma espécie de parlamentarismo orçamentário que desrespeita o presidencialismo vigente.

Nas ditaduras, direita e esquerda
se parecem.

De acordo com o MEC, apenas 40,6% das escolas de educação básica no país possuem quadras e materiais adequados para a prática da educação física dos alunos. Pretende-se que o Brasil tenha maior destaque nos esportes olímpicos de que maneira?

Sobre o assunto, sugiro a leitura de artigo 
publicado recentemente no saite Sul21: 

Pesquisas médicas e farmacológicas 
privilegiam o corpo masculino |

Até 2016, o manual de dissecção de cadáveres da Faculdade de Medicina de Cambridge não mencionava sequer a anatomia das mamas. Apesar de as mulheres representarem metade da população mundial, elas estão sub-representadas em estudos, e as doenças que mais afetam as mulheres recebem menos financiamento para pesquisa. A medicina e a farmacologia têm sido predominantemente moldadas com base em corpos masculinos. Isso significa que as doses de medicamentos estão sendo otimizadas para corpos maiores e mais pesados, com diferentes níveis de gordura, metabolismo e hormônios.

> Cristina Borobino, em seu artigo Igualdade publicado no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, em 15/ago/24.

A economia do absurdo |

Foi realizado em Porto Alegre, dia 15/ago último, o 5º Fórum Internacional de Mudanças Climáticas e Descarbonização da Economia*, que contou com a participação de Josep Burgaya, decano da Universidade de Vic, em Barcelona. É autor do livro La Economía del Absurdo. Em entrevista à imprensa local (vide fonte), referindo-se à relação entre a "economia do absurdo" e a crise climática, afirmou o seguinte: 

[A economia do absurdo] é um tipo de economia que não internaliza os efeitos ambientais. Ou seja, socializa os efeitos ambientais. É uma indústria que vai para países onde não existe legislação ambiental, onde os impactos são grandes. A globalização e a construção de uma economia baseada em um fluxo de bens e matérias- primas só são sustentadas quando o custo ambiental não contabilizado.

* Uma promoção do Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável e do Ministério Público do RS.

Fonte | "A tragédia é uma grande oportunidade de fazer melhor", entrevista de Josep Burgaya à coluna Informe Especial, do jornalista Rodrigo Lopes, e publicada no jornal Zero Hora (Porto Alegre) de 15/ago/24.
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