28 agosto 2023

REALIDADE virtual no tempo das cavernas | RACISMO à francesa | JOGOS de palavras | LAVAR a égua

 



Uma sociedade possuída pelo frenesi
de produzir mais para consumir,
mais tende a converter as ideias, os sentimentos,
a arte, amor, a amizade e as próprias pessoas
em objetos de consumo.

Octavio Paz
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Café & Ideias |

O dia do ato terrorista em Brasília virou Dia do Patriota em Porto Alegre. As trevas esperneiam. *** O cara-de-pau precisava mesmo de uma harmonização facial.*** Por uma nova ordem mundial sem estar sob o jugo de um império. *** A história do Brasil será implacável com certas figuras desta década! *** Tá bem, tá bem, que a prisão fique para o Sete de Setembro, revestindo-se de um caráter simbólico. *** De nada adianta evolução tecnológica sem a contrapartida da evolução ética. A primeira poderá ser usada para a dominação de consciências e opressão. *** Terra plana acho que não existe, mas sol nascer quadrado sim. *** O guitarrista Marcinho Eiras, de São Paulo, diverte-se criando jogos de palavras. Um deles é esta: "Deve ser horrível dar aula de natação. O professor ensina, ensina, ensina e o aluno nada." 




Realidade virtual 
no tempo das cavernas |

A realidade virtual surgiu no paleolítico, no dizer do diretor de redação da Superinteressante em sua última Carta ao Leitor. "Não na acepção moderna do termo, lógico, mas no significado essencial: a capacidade de criar ambientes que não existem na natureza. As pinturas rupestres já eram isso. Ao "decorar" paredes de cavernas com imagens de bichos, nossos ancestrais traziam um pouco do cenário externo para dentro de um espaço inóspito" - argumenta ele.

Racismo à francesa |

"O lema da Liberdade, Igualdade e Fraternidade vale só para os brancos" afirma Maria Massela, 23 anos, formada em Direito e que atualmente estuda jornalismo. Vive na periferia de Paris e sofre na carne os preconceitos de cor desde criança, sendo filha de imigrantes de origem congolesa. Com tristeza e indignação participou da onda de protestos recentes em função do assassinato do jovem Nahel Merzouk, descendente de argelinos e marroquinos.
"A brutalidade [do quebra-quebra] surge como resposta a um chamado de guerra da própria polícia.* Na marcha do Nahel, por exemplo, estava tudo calmo e, de repente, os policiais começaram a lançar bombas de gás lacrimogênio para dispersar a multidão" - disse ela em depoimento à jornalista Sandra Soares Sibaud (vide fonte).

Segundo Maria Massela, nestes momentos deixar uma manifestação rapidamente é complicado: "Fica tudo enfumaçado e confuso e nem sempre existe uma rota de fuga predeterminada".

A jovem conta que aos 13 anos vivenciou sua primeira revolta interior em função de um episódio de discriminação: um amigo de mesma idade e cor teve uma crise de epilepsia quando estava dentro de uma piscina pública. O salva-vidas, branco, recusou-se a socorrê-lo sob o argumento que o menino, juntamente com mais dois garotos que o acompanhavam, tinham se recusado a parar com os gritos enquanto brincavam dentro d'água. Depois, na faculdade, observou que alunos negros recebiam notas mais baixas do que os brancos quando apresentavam trabalhos de mesma qualidade.

* Muitas vezes incitado por brancos de extrema direita, com o rosto ocultado pela camiseta, que queimam carros e depredam lojas impunemente.

fonte "Volta para a África", depoimento de Maria Massela à jornalista Sandra Soares Sibaud e publicado em Piauí de ago/23.

 


Etimológicas |

lápis - Do latim lapis = pedra. Seu grafite é um tipo de pedra. Compare com lápide, a pedra tumular.

lavar a égua - Expressão que significa fartar-se, ter uma grande satisfação. Veio do turfe, no sentido de "ganhar muito dinheiro". O proprietário da égua, quando ganhava muito dinheiro num páreo, dava um banho de chapanha na égua. Provavelmente sendo macho não tinha essa regalia.

manequim - Do francês mannequin, que por sua vez veio do holandês mannekijn, que quer dizer homemzinho: manne (homem) + kijn (-zinho).

fonte A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta (Campus).


Mais |

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