14 maio 2023

RITA LEE: Irreverência e talento | A moda na hipermodernidade | Anistia e impunidade | Etimologias de "gari" e "Omo"

 



[Quando morrer] quem sabe deem
meu nome para uma rua sem saída.

Rita Lee
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personalidade | Rita Lee: 
Irreverência e talento

Impossível não escrever sobre Rita Lee ainda que seja para exprimir o que muitos outros já fizeram. Todos nós, da minha geração, fomos Rita Lee em algum momento. Ou quisemos nos sentir como ela. Rita Lee era a liberdade, a autonomia, a irreverência, o talento e o mérito. Andava com quem queria e não se importava com as reprimendas. Cantava o que a gente sentia com uma simplicidade que parecia impossível.

> Juremir Machado da Silva, jornalista e escritor, em sua crônica Rita Lee, primeira e única publicada no saite Matinal Jornalismo 
em 11/mai/23

foto Alexandre Cardoso, CC BY-SA2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>através da wiki Wikipedia Commons





costumes | A moda 
na hipermodernidade

A moda por definição é o que não dura, o que passa, o efêmero. Há, porém, uma nova sensibilidade no ar, que valoriza a permanência, a sustentabilidade, o durável. A moda, contudo, desde a Idade Média, tem a ver com o frívolo, com o passageiro, com detalhes que podem ser alterados a qualquer momento. Na hipermodernidade, a própria indústria da moda deixa espaço para a customização. Cada um pode acrescentar algo ao que adquire de modo a se sentir diferente, singular, único. Não vejo como a moda possa continuar a ser moda se ela se tornar o oposto da lógica de mudança.

> Gilles Lipovetsky, filósofo francês, teórico da Hipermodernidade, em entrevista a Juremir Machado da Silva e publicada no saite Matinal News em 12/mai/23.


justiça | Anistia e impunidade

"Chile e Argentina, quando derrubaram suas ditaduras", comenta Luigi Mazza na reportagem A fila da reparação, publicada na Piauí de maio, "criaram comissões para investigar e punir militares que participaram direta e indiretamente de violações e direitos humanos. Nesses países, falava-se mais em justiça do que em reparação. O Brasil tomou o caminho oposto." O famoso jeitinho brasileiro, diria eu. Para Paulo Abrão, professor de direito, especialista em direitos humanos, que presidiu a Comissão de Anistia, citado na matéria, foi uma opção nem pior nem melhor. 

A Lei de Anistia (1979) optou pelo sentido de reparação, mas ao mesmo tempo garantiu a impunidade dos militares envolvidos. Em 2011, graças à Comissão Nacional da Verdade, houve uma tentativa de "esclarecer os crimes da ditadura e apontar os culpados, mas seu relatório final "resultou em poucos desdobramentos práticos" - observa Luigi Mazza.


língua | Etimológicas

Gari = Em 1876, o imperador Pedro 2º, preocupado com lixo que o Rio de Janeiro produzia, contratou o francês Aleixo Gary para cuidar da limpeza pública da então capital do país. Adivinhe de onde veio a palavra gari.

Omo = Como marca registrada, Omo surgiu em 1908, como amaciante de roupas da empresa Lever Brothers. A origem da marca tem a ver com o acrônimo Old Mother Owl (velha mãe coruja, símbolo de desvelo e dedicação maternos). Lançado no Brasil em 1957.

fonte A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta (Ed. Campus)





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3 comentários:

  1. Anônimo12:26

    Muito bom👏👏👏

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  2. Cem Ideias cheio de tópicos importantes, como não falar de Rita Lee seu cheiro próprio de ser sem se importar com o que vestia era moda ou não ela fez os nossos corações rirem ,chorarem com duas belas melodias .
    E o jeitinho Brasileiro de transformar tudo em virada de jogo. Anistia e Impunidade é algo que mais desejo que se termine.

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