11 maio 2023

1967: MARCHA contra a guitarra elétrica | Coachers & ilusões | Pseudopatriotas: horror à modernidade | Invenção do salto alto

 



O homem começa a morrer
quando perde o entusiasmo.

Balzac
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história | 1967: Marcha contra 
a guitarra elétrica

Olhar para o passado é perceber muitas vezes o quanto a mentalidade se transformou. Em 17 de julho de 1967, no centro de São Paulo, em plena ditadura militar, uma marcha contra a guitarra elétrica foi capitaneada por Elis Regina e contava ainda com o apoio de Jair Rodrigues, Edu Lobo, Geraldo Vandré e MPB-4. O objetivo era defender a música brasileira contra o perigo de uma "americanização"... "Defender o que é nosso" foi o slogan usado e o evento contou com um número razoável de pessoas presentes. 

Três meses depois, ocorreu o III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, vencido pela música Ponteio, de Edu Lobo. Além de outros artistas, contou com a participação de Caetano Veloso (com Alegria, Alegria), Chico Buarque (Roda Viva) e Gilberto Gil (Domingo no Parque), este se apresentando com Os Mutantes, todos novos na carreira e que acabaram influindo nos novos rumos da música brasileira. Quanto à guitarra, bem, esta se impôs. 
fonte  
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_contra_a_Guitarra_El%C3%A9trica *** https://novabrasilfm.com.br/especiais/mpb/conheca-a-historia-por-tras-da-marcha-contra-a-guitarra-eletrica-liderada-por-elis-regina/

ocupações | Coaches & ilusões 

Com tantos coaches prometendo sucesso e fortuna para seus seguidores, a maioria deles vendendo cursos e apostilas que ensinam qualquer um a ficar rico, era para o Brasil ser um país de milionários, numa hora dessas. As fórmulas são sempre parecidas, comece com um real e acumule um milhão rapidinho. Basta investir na bolsa ou em bitcoins ou o que estiver na moda - não raro a péssima pirâmide que já raspou as economias de muita gente.

> Claudia Tajes, escritora, em sua crônica Vencendo pelo fracasso, publicada em Zero Hora de 6-7/mai/23.



obscurantismo | Os pseudopatriotas 
e seu horror à modernidade

Os pseudopatriotas desfilam o antimodernismo, apoiados em um anticientificismo e em um anti-intelectualismo, vista à desqualificação do Estado e das religiões civis, tipo o Instituto Butantan e a Fundação Fiofruz, cujos templos são os laboratórios de pesquisa. O desconforto com a modernidade deve-se ao reconhecimento da igualdade de gênero, de raça e da homoafetividade. Daí a corrida aos braços de um regime medieval. A metafísica de hospício, porém, não convence.

> Luiz Marques, docente de Ciência Política na UFRGS, ex-Secretário de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, em seu artigo O ciclo da insanidade à barbárie, publicado no saite Sul21 em 05/mai/23



espirituosidades | O que eles disseram

No Brasil, a política se resume a não deixar a onça com fome, nem o cabrito morrer. (Stanislaw Ponte Preta) *** Política é esperar o cavalo passar. (Getúlio Vargas) *** Nunca fui pornográfica. Talvez seja pornofônica. (Dercy Gonçalves) *** Está morto. Podemos elogiá-lo à vontade. (Machado de Assis) *** O salto alto foi inventado por uma mulher que só tinha sido beijada na testa. (Christopher Morley)


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