07 dezembro 2024

(07/12) Os franceses (1) | A morte de Rubens Paiva | Professora baiana é agredida e humilhada | Plataformas digitais: impunidade não!

 




Quando eu tinha nove anos de idade, Star Trek estreou. Eu assisti e saí gritando pela casa: "Vem aqui, mãe! Todos venham rápido! Há uma mulher negra na televisão e ela não é empregada!" Eu soube ali e então que eu poderia ser qualquer coisa que eu quisesse ser." > Whoopy Goldberg 



POVOS | Os franceses (1)

A torre Eiffel > Dentre os inúmeros monumentos de Paris, o mais popular e admirado é sem dúvida a torre Eiffel, embora tenha sido construída para durar apenas o período de duração da Exposição Universal de 1889, ao mesmo tempo em que se celebrava o centenário da Revolução Francesa em grande estilo. Assim, foi montada no Campo de Marte, à margem esquerda do Sena. Durante a construção, não foi bem aceita por muitos arquitetos e artistas da cidade, que a classificaram como uma simples excrescência do parte de Gustave Eiffel, seu construtor. Um manifesto publicado em jornal expressava a indignação contra a torre, que "ameaçava" a história da arte francesa, taxando-a de "inútil e monstruosa". Todavia o sucesso popular foi tão grande que o projeto de desmonte foi deixado de lado e, mais do que isso, acabou virando um símbolo não só de Paris como da França.

Fonte | Os franceses, de Ricardo Corrêa Coelho (Contexto, 2007)

Na sequência: a origem gaulesa do povo francês


HISTÓRIA | A morte de Rubens Paiva

O então deputado federal Rubens Paiva, em 1º de abril de 1964, discursou na Rádio Nacional em favor do presidente João Goulart. Uma fala corajosa em favor da legalidade e contra o golpe cívico-militar já em andamento. Não faltou ainda uma crítica ao então governador Ademar de Barros, de São Paulo, que aderiu ao golpe. Além disso, conclamou trabalhadores e estudantes pela defesa da ordem democrática. Seu destino, se sabe: ser preso, torturado e morto, sendo que seu corpo foi jogado ao mar, a partir de um helicóptero.



FANATISMO | Professora baiana
é agredida e humilhada

Sueli Santana, professora da rede municipal de ensino  de Camaçari, município baiano, adepta do candomblé, sofreu hostilidades por parte de três alunos da mesma família. Além de ser chamada de "bruxa", "demônia", "macumbeira", "satanás" e "feiticeira", faziam questão de colocar uma bíblia em sua mesa, escrever versículos bíblicos no quadro e por dois meses, como se não bastasse, foi apedrejada por elas. Certo dia, ouviu dizer em sala de aula por uma das irmãs: "A única coisa que os negros trouxeram para o Brasil foi a macumba e a maconha". O fato de os pais terem sidos chamados à escola de nada adiantou. Sueli registrou boletim de ocorrência por lesão corporal e injúria, além de encaminhar denúncia ao Ministério Público.

Fonte | "Demônia": Professora é vítima de intolerância religiosa por estudantes em escola na Bahia, matéria publicada no saite de CartaCapital em 27/nov/24.



INTERNET | Plataformas digitais:
impunidade não!

"O discurso da defesa de liberdade de expressão para justificar a circulação de mensagem fraudulenta e de ódio não se sustenta mais. A prerrogativa de opinar é um sustentáculo da democracia e deve ser defendida. Mas tem limites. Mesmo assim, tornou-se um princípio usado de forma distorcida para deixar impune a violação a outros direitos individuais e difusos", afirma editorial recente de jornal. As chamadas big techs não podem, de maneira alguma, continuarem se omitindo diante dessa aberração. Chega de impunidade!

Fonte | Big techs devem ser responsabilizadas, editorial do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, em 02/dez/24


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(30/11) Tradição de impunidade | O Zequinha de Porto Alegre | Como será o governo Trump? | Dissonância cognitiva




3 comentários:

  1. Anônimo10:13

    Negroj tamen formas grandan parton de nia brazila kulturo. Bonegan parton! Ni multe shuldas al ili! (PSViana)

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  2. Cem Ideias sempre maravilhoso. Temas incríveis para reflexão.

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  3. Anônimo15:27

    Muito bom 👏👏

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