14 dezembro 2024

(14/12) Os franceses (2) | ONU: vetos em mãos eternas? | Crianças portuguesas e o português brasileiro | Violência policial | E mais.




O branco acha que o ambiente é "recurso natural" como um almoxarifado aonde você vai e tira as coisas. Para o indígena, é um lugar onde você deve pisar suavemente, porque está cheio de outras presenças. > Ailton Krenak



POVOS | Os franceses (2)

Origens gaulesas > Os franceses consideram os antigos gauleses como seus antepassados e não é por acaso que os romanos designavam o território como sendo a Gália, que acabaram ocupando no séc. 1. "No Segundo Império, sob Napoleão III, o chefe militar gaulês Vercingetorix, que encabeçou a mais resistência à invasão da Gália pelas regiões romanas comandadas por Júlio César, foi transformado em herói nacional (...)." De qualquer forma, antes da existência dos gauleses, a região já havia sido habitada por outros povos desde o Paleolítico, segundo estudos. Em 1940, a 150 km de Bordeaux, quatro rapazes acabaram descobrindo uma caverna com notáveis pinturas pré-históricas de animais, provavelmente de 15.000 a.C. Atualmente a região conta com outros sítios arqueológicos.

Os gauleses era um dos povos celtas e falavam uma língua indo-europeia. Espalharam-se por toda a Europa, chegando até a mesmo à Irlanda. Chamava-se de "gaulês" os povos que habitavam o que atualmente é a França, Bélgica, extremo oeste da Alemanha e norte da Itália. "Uma certa propensão para a exaltação e altercação verbais dos gauleses ainda permanece viva no francês de nosso tempo". Eram grandes bebedores de cerveja, tal como o Asterix das histórias em quadrinhos. Se os franceses de hoje preferem vinho, é por influência dos antigos romanos. Graças aos gauleses, foram inventados o colete de malha de ferro, a espada longa, a invenção do barril e do sabonete, sem falar nas calças compridas - desconhecidas dos romanos, p. ex., que vestiam-se com túnicas. 

Fonte | Os franceses, de Ricardo Corrêa Coelho (Contexto, 2007)

Na sequência: A língua francesa





ONU | Poder de veto 
em mãos eternas?

Como lembra Eduardo Galeano, em seu livro O teatro do bem e do mal: "O poder de veto significa, em última instância, todo o poder. (...) Na ONU, os Estados Unidos compartilham o poder de veto com a Grã-Bretanha, França, Rússia e China: os cinco maiores fabricantes de armas, que graças aos céus zelam pela paz mundial." Pois está na hora de uma democratização do Conselho de Segurança  da entidade, né não? Torná-lo mais representativo em escala mundial. Afinal, por que razão não haja uma cadeira nele para pelo menos um país representante da América Latina e outro da África? A Segunda Guerra se encaminha para um século que aconteceu, senhores!



LÍNGUAS | Curiosidades linguísticas

Não existe, na língua tupi, pronomes possessivos para palavras não possessivas. Não existe, por exemplo, "minha terra", "minha árvore". Porque, para os tupis, não há posse humana de algo que pertence à natureza. As línguas originárias são sábias como seus falantes.
> Franthiescho Ballerini

Algumas línguas, como o francês, baseiam seu sistema numérico no conceito de que temos 20 dedos, o que não é o caso do inglês, que faz distinção: "fingers" = dedos da mão, "toes" = dedos dos pés. Assim, "oitenta" em francês é "quatre-vingts" (quatro vintes) e "noventa" é "quatre-vingt-dix" (quatro vintes dez), o que lembra o antigo conceito gaulês de contagem por vintes. 

Fonte | As línguas do mundo, de Charles Berlitz (Nova Fronteira, 1988)

VIOLÊNCIA Até quando?
"A violência das polícias militares brasileiras já ultrapassou o limite suportável de um estado civilizado. A truculência usual deu lugar à brutalidade letal que é aceita e às vezes estimulada por alguns governadores e desejada por parte da população que se transformará em suas vítimas prediletas." > Celso Augusto Schröder




Crianças portuguesas
empregam termos do português brasileiro |




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