A França teve um Mirabeau, mas é o no Brasil que se passam as coisas mais mirabolantes.
Barão de Itararé
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Mahommah G. Baquaqua,
o escravizado que fugiu e virou escritor |
Em 1845, quando a prática já havia sido criminalizada, Mahommah Gardo Baquaqua, nascido em uma região que hoje faz parte do Benin, foi levado à força para o Brasil, onde penou na condição de pessoa escravizada por dois anos. De família muçulmana, falava duas línguas, entre elas o árabe. Vendido inicialmente para um padeiro de Pernambuco, foi obrigado a construir um prédio de pedra. Devido à crueldade de seu dono, além de tentativas de fuga, chegou até mesmo a pensar em suicídio ou matar seu "dono". Acabou sendo vendido para um capitão de barco no Rio de Janeiro, igualmente maldoso para com ele.
Sua sorte mudou por ocasião de uma viagem a Nova York, na qual acompanhou o capitão, que transportava um carregamento de café. Sua tentativa de fuga foi bem sucedida e assim alcançou a tão sonhada liberdade. Tempos depois, foi para o Haiti, onde aprendeu francês e o criolo haitiano. Esteve no Canadá e entre 1850 e 1853 estudou na Faculdade Central de Nova York, já de volta aos EUA. Em 1854, Baquaqua escreveu uma autobiografia em que narra seus infortúnios como uma pessoa submetida à escravidão. Em 2008 sua vida foi tema de enredo de carnaval através do G.R.E.S.V Recanto do Beija-Flor, em Serra/ES.
fonte https://observatorio3setor.org.br/noticias/bilingue-ele-foi-escravizado-no-brasil-conseguiu-fugir-e-virou-escritor/
Imagem | Mahommah G. Baquaqua: Bruno Veras, Public domain, através da wiki Wikimedia Commons
Todo adolescente brasileiro tem direito a um Ensino Médio com história, filosofia e sociologia. Não ter é sabotagem. *** E chegou o outono. Ora se faz de verão, ora de inverno. Não sabe muito bem o que quer da vida. De qualquer forma, é minha estação preferida. *** Por apenas 110 reais você distinto leitor e estimada leitora pode adquirir o sabonete da purificação espiritual! Achou meio carinho? Que nada! Isso é pouco quando se abre os caminhos do Nirvana tomando-se um belo de um banho! *** Estou inclinado a participar em setembro da 46ª Feira Internacional do Livro de Montevidéu 2023. Livros, conferências, cursos, oficinas, mesas redondas, seção de autógrafos, música, poesia, teatro e leituras, sem falar em Montevidéu em si, que há um bom tempo não visito. *** Segundo pesquisa recente do Ipec, 31% dos brasileiros acham totalmente possível de o Brasil tornar-se um país comunista. 13% desconfiam que sim. E o pior é que nem sabem direito o que seja o tal de comunismo, transformado numa espécie de Bicho Papão para adultos.
No fim das contas, você [Glória Maria] fez história. Tornou-se a primeira - e, por muito tempo, a única - repórter negra da televisão brasileira. Também foi a primeira negra a apresentar o Fantástico. Você entrevistou celebridades como Michael Jackson, Freddie Mercury e Madona, além de chefes de Estado. Peitou o presidente João Baptista Figueiredo com perguntas incômodas em plena ditadura militar. "Não deixem aquela neguinha da Globo chegar perto de mim", ordenava o general sempre que te avistava entre jornalistas.
> Hélio de la Peña, em Gente, é muita emoção!,
matéria publicada em Piauí de mar/23.
Do fazer literário |
O professor conserva os olhos desviado de Chinita. À porta, estende uma mão frouxa para a despedida.
- Até outra vez! E me desculpe, sim, professor?
- "Desculpe-me" - corrige Clarimundo. - O imperativo exigem pronome enclítico. Desculpe-me. Dê-me. Faça-me. Diz isso sem olhar para a interlocutora. Uma mulher com calças de homem! Caminhando pela alameda de palmeiras que conduz ao portão, Clarimundo vai verberando mentalmente os costumes do mundo moderno.
> Fragmento de Caminhos Cruzados, de Erico Verissimo (1935)
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