27 março 2023

MUSEU NACIONAL: destruição e reconstrução | Estratégias de dominação | Água potável pra lavar carro??? | O "al" de algodão...

 



Palácio de São Cristóvão/ Museu Nacional, Rio de Janeiro


A competição é a lei da selva, 
mas a cooperação é a lei da civilização.

Peter Kropotkin
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Museu Nacional:
destruição e reconstrução

No festival de tragédias que assolou o país nos últimos quatro anos, sobrou até para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, atingido por um  incêndio em 2 de setembro de 2018, que destruiu parte do prédio central, o Palácio de São Cristóvão, sendo que 85% de seu acervo foi perdido. Começado a ser construído em 1808, situa-se na Quinta da Boa Vista e no passado serviu como residência oficial tanto da Família Real Portuguesa bem como da Família Imperial Brasileira. Coube a Pedro 2º diversas reformas, incluindo embelezamentos do jardim. Durante décadas, foi mantido pela UFRJ em péssimas condições, o que foi alvo de denúncias na imprensa. Deu no que deu.

"Já pegou fogo. Quer que eu faça o quê?". Assim reagiu o Inominável, então candidato à Presidência, indagado sobre o incêndio. Em seu desgoverno, sua relação com o  IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) não foi das melhoras. Acabou demitindo diretores do órgão, que determinaram a interrupção da construção de uma filial da Havan em função de descoberta arqueológica. O empresário Antonio Shrader, ligado ao movimento monarquista, acabou assumindo tempos depois a superintendência do órgão no estado fluminense e seria responsável pela restauração do museu. Sua ideia era a de transformá-lo num centro turístico dedicado à família imperial... A ideia não foi adiante. Paralelamente a isso, rolou na internet uma fake news segundo a qual a UFRJ tinha planos de transformar o Palácio de São Cristóvão num shopping em homenagem a Marielle Franco.

O tempo passou, o Brasil voltou, e o sociólogo e gestor cultural Leandro Grass (PV) assumiu a presidência do IPHAN. Além da criação de um comitê de apoio à reconstrução, conta com a captação de recursos pela Lei Rouanet e espera o apoio de empresas. A reabertura do Museu está prevista para 2027.

fonte Escombros e promessas, reportagem de Bernardo Esteves publicada em Piauí de mar/23 ||| https://pt.wikipedia.org/wiki/
Paço de São Cristóvão

Imagem Museu Nacional | Estela Neto, CC BY-SA 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0>, através da wiki Wikimedia Commons



A idiotização 
como estratégia de dominação (1) |

Na Revista Prosa, Verso e Arte (digital), a reprodução de interessante artigo de Fernando Navarro sobre os mecanismos de idiotização da sociedade como estratégia de dominação das massas. "As pessoas estão tão comprometidas com o sistema estabelecido, que são incapazes de pensarem em alternativas contrárias aos critérios impostos pelo poder", diz o articulista logo de início. Para isso ele usa o entretenimento vazio como arma a fim de que as pessoas se acostumem com a vulgaridade e estupidez (tipo BBB...) como algo normal, comprometendo assim uma "consciência crítica da realidade". "No entretenimento vazio tudo é projetado para que o indivíduo suporte estoicamente o sistema estabelecido sem questionar". Assim, livros de autoajuda, que o autor classifica como "autêntica porcaria psicológica" e obras do tipo "como se tornar milionário sem esforço" também servem para criar ilusões. Continua



Secos & Molhados |

Água potável para lavar carro. Algo está errado. *** Perguntar não ofende: pode-se enfrentar a crise climática, com seriedade, mantendo uma economia baseada no consumismo desenfreado? Ora, bolas! Não me venham com essas cúpulas do clima pra inglês ver!

Etimológicas |

Aluno - Do latim alumnus, que por sua vez teve origem no verbo alere = criar, alimentar. as crianças necessitam ser nutridas e cuidadas, não só do ponto de vista físico, mas no sentido de alimento do espírito. Aliás, deve-se ter muito cuidado com pretensas "etimologias" que existem por aí: "aluno" etimologicamente falando não tem nada a ver com "ausência de luz". 

Açúcar, arroz, algodão... - Na língua de Camões, temos muitas palavras que vieram do árabe: alfândega, almôndega, arroz, azeite, aldeia, alface, algema e por aí vai. Nossos antepassados lusos não perceberam que esse "a" inicial tinha a ver com o artigo definido "al" do árabe. Compare açúcar, arroz e algodão com o francês o inglês respectivamente: sucre, rice e cotton/ sugar, rice e cotton.

fonte O prazer das palavras, de Cláudio Moreno (L&PM)


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