
Porto Alegre, 19 de setembro de 2025
Duas questões
sobre a Revolução Farroupilha |
1. Porto Alegre sitiada (1836-40) | Isso não se aprende nas escolas: Porto Alegre nunca aderiu à Revolução Farroupilha (também chamada de Guerra dos Farrapos), pois tinha boas relações comerciais com o Sudeste, notadamente com o Rio de Janeiro. Não é por acaso que seu brasão ostenta o título de "leal e valorosa" dado pelo governo imperial (1841). A briga dos revolucionários eclodiu em função das altas taxas que o charque gaúcho sofria por parte do governo central, maior do que aquela aplicada aos uruguaios, p. ex., ou seja, uma briga da agropecuária interiorana. Neste contexto, por quatro anos 1836-40), com algumas interrupções, a cidade foi sitiada pelas tropas de Bento Gonçalves e seus comandados. Disso resultou, entre outras dificuldades, o fato de os porto-alegrenses terem vividos até mesmo situações de fome. As lideranças citadinas que se empenharam em sanar, tanto quanto possível, as dificuldades vividas pela população foram simplesmente esquecidas pela historiografia tradicional...
Fonte | Porto Alegre Sitiada, de Sérgio da Costa Franco (Ed. da Cidade, Letra & Vida, 2011)
__________
2. O massacre de Porongos | "O Massacre de Porongos marcou um dos últimos capítulos da Guerra dos Farrapos (1835-1845). Mais de cem soldados negros, que lutavam ao lado dos rebeldes, foram assassinados em uma emboscada das tropas imperiais. Embora haja divergências sobre as circunstâncias, documentos históricos apontam que a traição aos Lanceiros Negros foi o resultado de um acordo prévio entre chefes farroupilhas e o Império, abrindo o caminho para o massacre daqueles que haviam confiado na promessa de liberdade." > Marihá Maria em Porongos: filme dá protagonismo aos Lanceiros Negros e revisita massacre, artigo publicado em sul21.com.br datado de 14/set.
______
O Bolsonarismo é uma seita extremista que hospeda o pior do ser humano: o fanático religioso, o militar miliciano, o rico racista e o pobre ignorante. > Emir Sader
_____________
"Sua vida me pertence":
a primeira telenovela brasileira |
Sua vida me pertence, transmitida pela antiga TV Tupi entre 21 de dezembro de 1951 e 8 de fevereiro de 1952, foi a primeira telenovela brasileira e também do mundo. Contou com 15 capítulos apenas e era transmitida ao vivo, duas vezes por semana, às 20h, tendo Walter Forster como diretor além de atuar como o protagonista ao lado de Vida Alves. Tinha apenas dois cenários: o de um quarto e o de um jardim numa praça. Nela, ocorreu o primeiro beijo da TV brasileira, muito discreto, com um leve encostar de lábios. Só foi possível a cena sob a autorização do marido da artista protagonista. Lima Duarte fez parte do elenco.
> Fonte | pt.wikipedia.org
Umas & Outras |
Um real está cotado em 271 pesos argentinos. ***
"Um colega é alguém que lê (legere) com você; um companheiro é alguém que divide o pão (panem); um cônjuge é alguém que está sob o mesmo jugo (!)" Fonte: Na ponta da língua, o nosso português da cabeça aos pés, de Caetano W. Garlindo (Companhia das Letras) *** O primeiro dicionário polonês (1746) incluía definições como: "Cavalo: todos sabem o que é um cavalo." *** Num concurso sobre o melhor palíndromo sobre as primeiras palavras ditas por Adão a Eva, ganhou este: "Madam, I'm Adam." ("Madame, sou Adão" em inglês). Moedas brasileiras: Real Português (1568-1833), Real Brasileiro (1833-42), Cruzeiro (1942-67), Cruzeiro Novo (1967-70), Cruzeiro (1970-86), Cruzado (1986-89), Cruzado Novo (1989-90), Cruzeiro (1990-93), Cruzeiro Real (1993-94) e Real (1994 em diante). *** Quanta energia gasta neste país para lidar com a malignidade de uma só pessoa! *** Nunca se queixe de um dia ventoso. Em Netuno, os ventos podem atingir mais de 2.000 km/h.
Do dicionário de gauchês (1) |
Cusco - Cão de raça ordinária. O mesmo que guaipeca.
Embarrigar - Engravidar.
Fazer uma vaquinha - Contribuir com determinada quantia de dinheiro.
Ficar buzina - Irritar-se, zangar-se.
Oigatê! - Expressão de admiração, espanto, alegria.
Fonte | Dicionário de Regionalismo do Rio Grande do Sul, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes (Martins Livreiro Ed.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário