25 dezembro 2023

A ÁFRICA e o português coloquial brasileiro | O terror na morte de crianças | A origem de "Noite Feliz". E mais.

 


Por tão poucos terem tanto,
é que tantos têm tão pouco.

Eduardo Marinho
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LÍNGUA |
Influência das línguas africanas
no português coloquial brasileiro

Da chamada Costa dos Escravos na África foram trazidas levas de povos africanos escravizadas, destacando-se no Nordeste os falantes de iorubá por parte dos nagôs. Na música, na culinária e na religião temos palavras de origem africana como orixá, axé, vatapá, além de termos das chamadas línguas de santo. Já no Sudeste, o que prevaleceu foi a presença de falantes de línguas bantas. Originárias deste grupo de línguas temos palavras como quitanda, carimbo, caçula, cafuné.

No período colonial, "o contingente numericamente dominante de africanos, indígenas e mestiços é que vai dar o tom da língua que se instalará", afirma Caetano W. Galindo em seu livro Latim em pó: um passeio pela formação de nosso português.* Vale lembrar que formavam a maioria dos habitantes da colônia. Além disso, a sucessão de diferentes ciclos econômicos vai determinar grandes deslocamentos dessa população, principalmente aquela formada por escravizados. Do Nordeste açucareiro para o Sudeste cafeeiro, por exemplo. Isso pode ter determinado uma relativa homogeneidade do português falado pelas massas, que determinou uma tendência a se enxugar as regras de concordância nominal e verbal, sempre alteradas "desde o latim clássico". 

"Os menino caiu" é exemplo de construção nesse sentido. Algo que lembra o inglês: "The boys fell", onde só existe apenas uma marca de pluralidade. Além disso, em geral, nas línguas bantas, as sílabas das palavras são constituídas pelo esquema consoante + sílaba, sem encontros consonantais nem sílabas terminadas por consoante. Isso explicaria no português popular construções do tipo rítimo, téquinico, catá, fazêmedi, sem falar em palavras com dois encontros consonantais, que acabam sendo pronunciadas com apenas um: própio, pobl(r)ema, dible.

* Ed. Companhia das Letras




MÚSICA |
A origem de "Noite Feliz"

Em 24 de dezembro de 1818, Orberndorf, uma pequena aldeia da Áustria, estava coberta de neve. O órgão da Igreja de São Nicolau estava seriamente danificado. Naquela noite, Franz Gruber, o organista da Igreja São Nicolau, sugeriu ao vigário, Joseph Mohr, a criação de um novo cântico. Este escreveu a letra de "Stile Nacht" ("Noite Silenciosa" em alemão) e Gruber compôs a melodia... A música acabou sendo apresentada na mesma noite pelos dois, acompanhados de uma guitarra e ouvida por um grupo de aldeões. Ela foi tão bem aceita que espalhou-se por outros lugarejos e cidades até ganhar o Mundo... Em português, "Noite Feliz".

Fonte | Origem da música "Noite Feliz", artigo de Sonia Machado publicado no saite https://folhadolitoral.com.br/, s/d.



GUERRA |
A mortandade de crianças
também é uma forma de terror

A reação desproporcional de Israel, acompanhada de uma retórica igualmente desproporcional, só aumenta o prestígio do Hamas. A ação do Hamas foi terrorista, tem de ser condenada, é preciso encontrar formas de se evitar que ela se repita no futuro, mas a resposta israelense certamente não é boa, não só pelos prejuízos imediatos, mortes e terror, pois essa mortandade de crianças também é uma forma de terror.

> Ex-chanceler Celso Amorim, em entrevista 
à CartaCapital de 27/dez/23




Café & Ideias |

E aí o Capitali$mo fez do Natal
uma fe$ta do Papai Noel. *** Malafaia não deve ter feito direito seu jejum. Flávio Dino assumiu.
*** Verdadeiros zumbis transitam pelas ruas de Nova York, movidos por drogas de toda espécie. O Império sucumbe. *** A impiedosa matança de crianças também é um forma de TERROR! ***
Não entendi por que o YouTube sugere para mim tantos vídeos contra Lula e seu governo. 
Aí tem coisa... *** Indultos por quê? A Lei não é igual para todos? *** Afinal, a ONU serve pra quê se não tem autonomia?




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